Mídia Sem Máscara
| 12 Junho 2009
Artigos - Governo do PT
- É democrata nada, respondeu Antonio. Viu o número dois dele, o Aloysio? O cara era bandidão, assaltou o trem-pagador, terrorista da pesada. Pior que a Dilma. Ele manda no Serra. Além do mais, é genro do Allende, toda gente esquece. Comunista de quatro costados.
A discussão estava acirrada. Antonio, o advogado grandalhão, ironizava a indignação de Paulo, o economista, sobre o movimento em favor da re-reeleição de Lula Lá. Quinho ouvia a todos em silêncio.
- É golpe, sublinhava Paulo, é golpe contra o Serra. A raça do PT não tem ninguém fora o Lula para puxar voto. Então querem porque querem rasgar a Constituição para se perpetuarem no poder
- Não faz diferença nenhuma, caro Paulo, replicou Antonio. Serra é também um socialista. E tem o agravante de não ser um conciliador, tem índole autoritária muito perigosa. É o proibidor de quentão em quermesses, falou ironizando. Proibiu o cigarro, coisa de totalitário. Nem Hitler.
- Não acho, replicou Paulo. Serra é um democrata, combateu a ditadura e amargou o exílio. Tem participado do jogo democrático desde sempre. É um democrata. Esse negócio de quentão está certo, é álcool, proibido. E cigarro dá câncer.
- É democrata nada, respondeu Antonio. Viu o número dois dele, o Aloysio? O cara era bandidão, assaltou o trem-pagador, terrorista da pesada. Pior que a Dilma. Ele manda no Serra. Além do mais, é genro do Allende, toda gente esquece. Comunista de quatro costados.
Nesse ponto eu falei: "Mas isso é passado, teve a Anistia e todo mundo agora atua na legalidade".
- É, mas os comunas não esquecem jamais. Ficam perseguindo gente honrada como o Coronel Ustra. A Anistia só vale de um lado, o deles, falou Antonio. Sem falar nas indenizações imorais que se deram.
- Vai ter terceiro mandato ou não? Perguntei.
- Olha, o prazo para a apresentação da emenda constitucional está se esgotando e acho que não dá mais tempo, falou Antonio. Além do mais, o ministro Gilmar Mendes disse que uma emenda dessas não passa no Supremo Tribunal Federal. Entendo que legalmente não haverá como.
- Também penso assim, falou Paulo. Se os petistas tivessem aprovado a CPMF no Senado o quadro político seria outro. O Serra tem a sua base política forte que vetará a aprovação pelo Congresso.
- O que você acha, Quinho? Perguntei.
- Doutor, em política nada é impossível. É como dizem, tudo muda como as nuvens
- O que acontecerá, Quinho?
- Ninguém sabe, doutor. Quem viver verá.
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