sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

É cômico Lula falando em soberania

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Blog da União Nacional Republicana

Lula: escolha de caças não é só comercial


[inicio lembrando que em 1982 durante a guerra das Malvinas a Força Aérea Argentina utilizava aviões Super Étendard e mísseis EXOCET, ambos de fabricação francesa – os aviões pela DASSAULT e os mísseis em associação daquela empresa com a MBDA.

Logo que a esquadra inglesa chegou na área de operações ocorreram duas missões da Força Aérea Argentina, e foram disparados pelos ‘hermanos’ dois mísseis EXOCET. Saldo: dois navios da esquadra inglesa afundados.

Imediatamente, a Inglaterra – apoiada pelo seu grande amigo e sempre alidado EUA – começou a pressionar a França para passar para os ingleses o código-fonte daqueles mísseis (essencial a orientação dos mesmos) e os franceses (também amigos e aliados da Inglaterra) atenderam o pedido.

Desde então, nenhum míssel EXOCET acertou navio inglês.

Ao mesmo tempo, a França que estava devendo a entrega aos portenhos de vários aviões Super Étendard – já comprados – passou a atrasar a entrega dos mesmos até suspender em definitivo.

Portanto, até que ponto alguém pode confiar sua soberania unicamente aos franceses. Pelo que consta já estamos ‘presos’ aos franceses na questão de submarinos – convencional e nuclear – de helicópteros e agora aviões.

É muita dependência a um só país e não pode ser olvidado aquele velho e sempre oportuno provérbio que desaconselha colocar todos os ovos no mesmo cesto.]

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quarta-feira que a decisão sobre a compra dos caças para equipar a Força Aérea Brasileira (FAB) não seguirá exclusivamente critérios comerciais, indicando sua preferência pelo Rafale, produzido pela francesa Dassault. Para Lula, a compra dos caças é uma questão de soberania nacional e de defesa do território brasileiro, especialmente da Amazônia e do litoral "com pré-sal lá dentro".

No relatório, entregue ao ministro da Defesa, Nelson Jobim, no dia 6 de janeiro, a FAB deixa clara a preferência pelo caça sueco da Gripen , que tem preço menor do que o Rafale e que o F-18, produzido pela Boeing (Estados Unidos).

- Essa questão do caça não é uma questão comercial comum. Não é um acordo eminentemente econômico: eu vou comprar um porque é mais barato. Não. Nós estamos tentando mostrar para a sociedade brasileira que estamos discutindo a soberania do nosso país, inclusive a soberania tecnológica. Obviamente, entra a questão do custo - afirmou Lula.

A Aeronáutica, no entanto, está preocupada com o preço , especialmente porque o custo de manutenção do Rafale é muito elevado. A compra imediata é de 36 aeronaves a serem entregues a partir de 2014 e que voarão até a metade do século. O custo da hora voo do Rafale é de cerca de US$ 14 mil contra US$ 4 mil para o Gripen, o preferido da FAB.

Presidente não descarta abrir debate ao Congresso

Lula disse que, assim que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, lhe entregar o relatório final dos caças, decidirá sobre a convocação do Conselho de Defesa Nacional para discutir o tema. Lula não descarta inclusive abrir o debate ao Congresso também. O presidente afirmou que não decidirá sobre especulações, mas que pretende anunciar sua posição ainda este ano a fim de não deixar a definição para o próximo governo.

- O único que ficou em silêncio até agora fui eu. E fiquei em silêncio porque tenho o poder de decidir e, quem tem o poder de decidir tem mais responsabilidade: não fala o que quer, fala o que pode - afirmou.

[o senhor Lula com sua sabedoria transbordante (ignorante) alega ser a compra dos caças uma questão de soberania e segurança nacional, não sendo uma questão comercial comum

Em principio, a escolha do caça mais caro de todos que concorrem seria aceitável, desde que a superioridade técnica e operacional do escolhido justificasse a superioridade do preço. Só que a preocupação da FAB com o elevado preço e também custo de manutenção dos Rafale não se ateve unicamente ao aspecto preço, analisando outros quesitos que cuidam da parte técnica e operacional.

O senhor Lula deveria antes de envolver o Congresso Nacional no assunto – é matéria técnica e mais de 90% dos parlamentares só entendem do uso e abuso no consumo de passagens aéreas, que são pagas por nós – ou mesmo o Conselho de Defesa Nacional, cuja composição o torna mais um órgão político que técnico aeroespacial. Também não pode o ‘estadista-mor’ olvidar que quem entende de aviões caça é a Força Aérea Brasileira e que seus pilotos não são kamikazes, prezam a própria vida e o investimento que o Brasil está realizando nos meios de defesa e portanto não iriam escolher aviões de performance inferior unicamente por questão de preço.

Qualquer decisão deve ter em conta:

- os caças Rafale nunca foram exportados para nenhum país – qual o motivo da aversão de vários países aos citados caças;

- ano passado, aviões Rafale voando sobre o Mediterrâneo, caírem sem razões sólidas a justificar os acidentes;

- até que ponto a garantia de transferência de tecnologia que a França apresenta é confiável?

Os Gripen NG são resultado de aperfeiçoamentos de versões anteriores que voam desde os tempos da guerra fria e, por representarem um ‘up-grade’ daquelas versões, terão um desempenho, uma performance operacional superior aos das versões base.

Senhor Lula: cuidado com o caro que pode sair mais caro.]

Cezar Henrique

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