sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Revanchismo

Sexta-feira, Agosto 08, 2008

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Revanchismo

Apesar dos protestos ontem de militares da reserva, com o apoio da ativa, os revanchistas no desgoverno Lula não baixam a bola.

Os ministros Tarso Genro (Justiça) e Paulo Vanucchi (Direitos Humanos) orientaram a AGU (Advocacia Geral da União), alvo de ação civil pública, a admitir que houve crimes de tortura durante a dita-dura militar.

Na ação, os procuradores da República pedem que os militares reformados Carlos Alberto Ustra e Audir Santos Maciel, ex-comandantes do DOI – Codi, sejam responsabilizados por desaparecimento, tortura e morte de 64 pessoas.

Nada a declarar?

O principal alvo dos revanchistas é o coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de chefiar um dos principais centros de tortura e assassinatos durante o regime militar, o DOI-Codi.

Ontem, Ustra sentou nas primeiras filas do auditório do Clube Militar no centro do Rio.
Na saída do evento, cercado por jornalistas, Ustra repetiu por oito vezes que não tinha nada a declarar.

Ustra pelo menos poderia ter recomendado aos jornalistas dar uma lidinha em seu livro “A Verdade Sufocada” ou no link: http://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_

Batalha ideológica

Reunidos na tarde desta quinta no Clube Militar, no Centro do Rio, cerca de 600 militares, em sua maioria da reserva, protestaram contra a revisão da Lei de Anistia.

No começo do encontro, uma carta assinada pelos clubes do Exército, Marinha e Aeronáutica deu o tom das discussões, chamando a proposta de "extemporânea, imoral e fora do propósito".

Em outro trecho, sem citar nomes, a nota critica que a declaração de Tarso e do secretário de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi, "foi um desserviço prestado ao Brasil e, com certeza, ao próprio governo a que pertencem".

A nota sugere que se houver interesse em debater problemas nacionais, "os dois ministros deveriam optar por algo mais atual e que incomoda em maior intensidade: os inúmeros escândalos protagonizados por figuras da cúpula governamental, ou ainda mais recente, a gravíssima suspeita de envolvimento, de alguns deles, com as Farcs (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)".

Leia a íntegra do documento: A Defesa da Lei de Anistia

Terroristas no poder

Mais cedo, o General da reserva Sergio de Avellar Coutinho listou diversos atentados que teriam acontecido durante a ditadura por parte de militantes de esquerda, reunidos clandestinamente no que classificou de “organizações terroristas”.

Autor do livro "A Revolução Gramcista no Ocidente", Coutinho comentou que a lei da anistia "não cita os nomes de terroristas que ensangüentaram nosso País, matando mais de 100 inocentes".

Segundo ele, "todos sabem quais são, muitos dos quais estão ocupando cargos importantes no governo".

Pede para sair

No seminário, o ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça, Waldemar Zveiter, fez duras críticas a Tarso Genro, e à defesa que ele fez da punição a torturadores que atuaram durante a ditadura militar.

Ao discursar no simpósio, o ex-ministro chegou a pregar que Tarso deve deixar o cargo

Vejam os senhores com que responsabilidade está atuando o governo ao tentar reabrir discussões e feridas absolutamente sem qualquer fundamentação jurídica, ética e muito menos moral. O que se pretende é uma imoralidade. Nós estamos num ano eleitoral, eles estão jogando para a platéia. Nós vamos tirar o senhor ministro da Justiça de lá. Ou ele sai pelo voto ou porque nós vamos para a praça pública e para a frente do Palácio do Planalto. Fora com os golpistas. Já tiveram um segundo mandato. Querem um terceiro e não vão levar”.

Waldemar Zveiter também é o Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro.

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