quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Perdendo a guerra psicológica do terrorismo

Mídia Sem Máscara

É incrível que sem tantos títulos profissionais ribombantes como os que ostentam os funcionários da Chancelaria colombiana creditados no exterior, bandidos como Alfonso Cano, Iván Márquez ou Rodrigo Granda, que não abusam de tanta prosopopéia acadêmica e profissional, tenham mais iniciativa midiática e com uma cínica ousadia publiquem documentários como este.

O anúncio com banda e fanfarra que as FARC apresentaram na Suécia e em outras partes da Europa - como já fizeram na Argentina - de um filme [1] cheio de conteúdo propagandístico e manipulações calculadas de uma imagem bonachona, constitui um exemplo pontual para que o governo nacional, a adormecida Chancelaria, o linguarudo ministro da Defesa, as Forças Militares, as altas cortes, os congressistas, a Igreja Católica, as demais instituições oficiais e privadas, assim como todos os colombianos, reflitamos acerca dos alcances da guerra psicológica desatada pelos terroristas, com o objetivo de buscar a legitimação das FARC, seu status de beligerância, o incremento geométrico e matemático do socialismo do século XXI, e o grave risco em que se encontra a institucionalidade na Colômbia.

Enquanto os politiqueiros de turno continuam obstinados em devorar a dentadas o orçamento nacional na busca de postos públicos nas próximas eleições, em tirar Uribe do caminho e encher suas arcas pessoais, as FARC, fiéis a seu Plano Estratégico e articuladas aos interesses geoestratégicos do Foro de São Paulo e do Movimento Continental Bolivariano, lançam outro mecanismo tático da estratégia pontual que tinham montada com o seqüestro do governador de Caquetá, com a descarada alcagüetagem dos mal chamados Colombianos pela Paz, com o manipulado processo de libertação do cabo Moncayo, adornada com a estupidez funcional de monsenhor Castrillón, o desejo de figuração do bispo de Córdoba e o deslocamento funcional do loquaz ministro Silva, situações que lhes permitiriam protagonismo midiático na Europa, para que lhes retirem o rótulo de terroristas e reconheçam seu status de beligerância.

A conjuntura geoestratégica e a realidade política da Colômbia estão dadas para que, além da necessária pressão militar, pela primeira vez de maneira estratégica e sincronizada, os acomodados funcionários consulares e diplomáticos saiam de seus delicados assentos e rigorosos horários de trabalho, e vão a milhares de lugares do mundo desmascarar as FARC.

É incrível que sem tantos títulos profissionais ribombantes como os que ostentam os funcionários da Chancelaria colombiana creditados no exterior, bandidos como Alfonso Cano, Iván Márquez ou Rodrigo Granda, que não abusam de tanta prosopopéia acadêmica e profissional, tenham mais iniciativa midiática e com uma cínica ousadia publiquem documentários como este.

Também está dada a oportunidade para que o ministro da Defesa repense acerca de seu afã midiático e se dê conta de que, enquanto ele, fiel ao exemplo politiqueiro de seus antecessores anda em busca de publicidade egoísta com fins eleitoreiros posteriores, os cabeças das FARC continuam fiéis às linhas gerais e particulares do Plano Estratégico "fariano", sem buscar protagonismo midiático individual, senão o posicionamento político do grupo terrorista.

O fato inusitado também lembra aos politiqueiros como César Gaviria, Andrés Pastrana, Ernesto Samper, que o problema fundamental não é tirar Uribe da Casa de Nariño mas buscar a solução para bloquear o plano integral das FARC em conluio com Lula, Chávez, Correa, Ortega, Evo, Mujica, Lugo, a Kirchner e a ditadura cubana, que em essência pretende escravizar a Colômbia.

Evidentemente, também é outro buzinaço de alerta para aqueles magistrados que, desleais ao juramento de serviço à Pátria, se converteram em partido de oposição e furibundos defensores dos interesses de seus padrinhos políticos.

Portanto, também é um claro sinal de advertência para a juventude e os grêmios da produção, para onde caminha a Colômbia se cede-se ante as astuciosas pretensões dos que massacram camponeses, seqüestram, violentam, roubam, matam, destroem, amedrontam e têm como veículo o terrorismo, porém que, com cinismo, se associam com membros do Partido Comunista argentino, sócios da alma da presidenta desse país, para publicar uma farsa documentária como é a mentirosa vocação agrícola dos terroristas colombianos.

É hora de reagir, de denunciar as FARC e seus cúmplices com investidura presidencial, ante todas as instâncias judiciais a que tenham lugar, pelo cometimento de atos de barbárie e delitos de lesa-humanidade porque, se continuarem tão modorrentos como têm estado nossos cônsules e embaixadores, as FARC vão sair com as suas e o que é pior: os politiqueiros turvos - como sempre - mudarão a ladainha, não falarão da segurança democrática, senão que do mesmo modo que muitos camaleões equatorianos, venezuelanos, brasileiros, argentinos, uruguaios e paraguaios, deixarão de ser contraditores para ser amigos do socialismo do século XXI, chamarão Chávez de "meu comandante" e se tratarão entre eles de "camaradas"... Para a mostra, alguns botões: Teodora, Toledo, o professor Moncayo e os demais bandidos de colarinho branco, relacionados nos computadores de Reyes.

Assim que, senhores diplomatas, pela primeira vez justifiquem os exagerados salários e a dolce vita que se dão no estrangeiro. Trabalhem pela Colômbia e por desmascarar os inimigos da Pátria que os viu nascer, e da nação que os tem vivendo como reis no exterior.

Por sua parte, ministro Silva, incremente a educação e a ação operacional sistemática em guerra psicológica dentro das áreas de combate. Não basta a conhecida propaganda que convida os terroristas a se entregarem porque uma nova vida os espera. É preciso ir mais além, até desarmar os espíritos com argumentos convincentes.

E, claro, os demais funcionários públicos denunciem os ratos, essas raposas que roubam até um buraco em todos os níveis da administração pública, para que as FARC não encontrem caldo de cultura, para que se reduza a pobreza, para que se fechem as injustas brechas sociais e para que, em paz, a Colômbia se projete livre, soberana e grande no entorno, acima dos vizinhos que andam embriagados na idiotice maquiavélica do comunismo.

Do contrario, as manipulações publicitárias das FARC permitirão que o que os terroristas perdem no campo de batalha, ganhem nos estratos políticos e na imagem internacional que poderia chegar a vê-los como camponeses lutadores agredidos pelo, segundo eles, regime tirânico e injusto. Nem mais nem menos.

Nota da Tradutora:

[1] O vídeo a que se refere o articulista, foi apresentado num festival de cinema no Teatro Gaumont, em Buenos Aires, intitulado "FARC, insurgência do século XXI", cujo trailer pode ser visto aqui: http://www.youtube.com/watch?v=6FELjwKYUZE

É importante salientar que, do mesmo modo que o governo Lula, o PT e outros partidos comunistas brasileiros, ONGs nacionais e internacionais transmitem para o mundo a idéia de que os terroristas do MST (braço armado do PT de Lula) são apenas "camponeses que lutam pela terra para nela plantar e sobreviver", e que seus brutais assaltos, crimes e atos vandálicos cometidos contra fazendas produtivas são "formas de se manifestar contra as injustiças sociais", as FARC encontraram na Suécia (provavelmente com o apoio financeiro e operacional do porta-voz do bando terrorista naquele país, o ANNCOL) quem lhes proporcionasse o mesmo. Apresentá-los como "pobres agricultores que só plantam o necessário para sua sobrevivência", é a mais deslavada mentira, pois não passam de um bando de assassinos terroristas desalmados.

Tradução: Graça Salgueiro

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