sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Viver de Novo
Por Arlindo Montenegro
O fim de todas as utopias, tanto as que privilegiam a organização coletivista das sociedades, como as outras enunciadas nas formas de democracia liberal, parece ser mesmo a lata do lixo! É bastante perceber que em todas as tratativas entre governantes, identificados à esquerda ou direita, o fator decisório da paz ou da guerra, envolve o comércio ou o controle de riquezas minerais, botânicas, patentes, tecnologias avançadas.
Um amigo cristão e idealista, lembrou recentemente o recado de um mártir do pensamento, que sofreu na propria carne o isolamento, numa das frias prisões siberianas para os dissidentes da velha União Soviética, Alexander Soljenitsin, autor do "Arquipélago Gulag", livro que saiu clandestinamente, foi publicado e aclamada no ocidente.
Soljenitsin, dirigiu-se aos pensadores, intelectuais de esquerda e estudantes de vanguarda, americanos, alemães, franceses, grafando que toda sua obra não teria importância até o momento em que: "vocês ouvirem a ordem: "mãos para trás!" e começarem a marchar em direção ao arquipélago. Então vocês começarão a entender".
Hoje é possível começar a entender. Os negócios envolvendo armas, minerais, tecnologias, aeronaves, tanques e navios, mísseis, minas, vacinas e sementes contaminadas, drogas, mentes científicas, ignoram partidos ou cores politicas, direitas ou esquerdas, centros mais prá lá ou pra cá. Os governantes têm como prioridade, os negócios que rendem lucros e propinas.
Nihil novi sub sole! Nenhuma novidade sob o sol. O conto sobre os idealismos e ideologias, como suporte da ação governamental, perde a credibibilidade, mais ainda quando um Monteiro Lobato, entre nós é excluído como referência de literatura infantil, argumentando-se uma frase de racismo. Preconceituosas e mentalmente racistas são as obras "modernas, progresssistas" que recomendam na atualidade.
Lobato valoriza a autoridade da família e a riqueza criativa do universo infantil. Isto atrapalha a disseminação dos conteúdos ideológicos da cultura globalizada, feita sob medida para conduzir-nos todos ao "gulag" mental da economia globalizada – um fato que submete todas as nações.
Os negócios privados entre nações "civilizadas" (colonizadoras) e governantes corruptos, ditatoriais é lugar comum. Os subalternos com poder, dispostos a prostituir-se a serviço (para o lucro) de governantes e comerciantes, estão cada dia mais ativos, em toda parte.
As culturas nacionais e religiosidade, atrapalham a Assembléia da Onu e suas agências, que em nome de uma pretensa paz e defesa de direitos humanos, atuam de verdade como laboratório mundial para mobilizar as mentes em favor de uma autoridade mundial única, na verdade comercial, determinante sobre a produção e distribuição de alimentos (codex alimentarius), sobre a utilização do solo e biodiversidade do planeta.
Estes agentes dos governantes-comerciantes, têm a tarefa urgente de agir sobre a educação e costumes, crenças e valores, abrindo espaço para a submissão de todas as nações. Estão reunidos mais uma vez, lançando o "Ano Internacional da Juventude", acenando com a educação amoral sobre sexo e drogas, direitos específicos para o desrespeito à família, às religiões e responsabilidades individuais, colunas mestras do pouco que a humanidade firmou como valores da civilização.
O Projeto Nacional de Direitos Humanos no Brasil, cuja visão curta os legisladores analfabetos funcionais não alcança, tem embutido todo o ambiente para a execução, melhor dizendo, imposição dos objetivos do milênio da Onu: para facilitar a fixação do assassinado de nascituros, a "ONU Mulheres" já conta com 1 bilhão de dólares. Obama já prometeu 64 bilhões para o planejamento familiar.
Isto interessa para o comércio do aborto, preventivos, medicamentos, pornografia, drogas... para fixar a dissolução da instituição familiar e destruir os freios religiosos, que limitam a irracionalidade e a violência contra a pessoa. A Unesco já ensaia o debate sobre a clonagem humana. Assim a concepção natural, que mobiliza para a constituição familiar vai ser jogada no lixo.
Aqui nos deparamos com a grande pressão dos objetivos do milênio quanto à educação sexual das crianças – já presente na literatura de referência das nossas escolas – facilitando a dissolução de costumes e a substituição da autoridade da familia, da religião e dos professores, pela autoridade do estado, com punição para os pais que quiserem educar seus filhos segundo a tradição.
Estes comerciantes já estão mobilizando seus agentes governamentais, para criar um imposto mundial – vai doer no bolso dos que trabalham! - para sustentar a ONU. Assim estamos diante da sombra de uma nova ideologia que se impõe: a ideologia dos negocios e dos lucros. Ou a ideologia das bolsas e dos bancos. Socialismo light. Escravidão total. "Mãos para trás!" Já está em curso a marcha para o grande gulag global.
Montenegro
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