CARTA A ELIANE CATANHEDE
Prezada jornalista Eliane Catanhede,
Em seu artigo Guerra de 8 do corrente a senhora afirma que o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra é um torturador.
Baseada em que a senhora faz tal afirmação? Na afirmação de sua colega Bete Mendes que diz ter sido torturada por ele? Ou nas aleivosias da camarilha que quer por que quer abrir uma ferida já cicatrizada? Interessa ao Brasil a reabertura de um processo doloroso sobre acontecimentos ocorridos há três décadas atrás onde as perdas ocorreram de ambos os lados mas que teve o mérito de evitar que o Brasil se transformasse numa imensa Cuba? A senhora já imaginou o que teria acontecido caso os comunistas em armas tivessem ganho e deposto o governo militar? Teriam eles, por acaso, tido a coragem de promulgar uma lei de anistia isentando os militares daquilo que eles chamam até hoje de golpe sem jamais admitir que na verdade foi uma contra-revolução para barrar as intenções do comunismo internacional comandado por Moscou? Ou teriam, a exemplo de Fidel Castro que era o ídolo deles, levado todos ao paredão para serem fuzilados?
Nesta hipótese, a senhora já parou para pensar em qual teria sido a reação dos Estados Unidos? Aceitariam eles de braços cruzados que a maior nação sul-americana se transformasse numa potência comunista quando eles já tinham ido à beira da guerra nuclear em setembro de 1962 por causa da extrema ousadia de uma ilha insignificante como Cuba, hecatombe que só não aconteceu porque Moscou meteu a viola no saco e saiu da festa?
É preciso muito cuidado, cara jornalista Eliane, ao analisar certas coisas e, mais ainda, ao julgar personagens de um drama que poderiam ter provocado uma tragédia para o nosso país de conseqüências imprevisíveis porque um grupelho de brasileiros traidores da pátria resolveram embarcar numa aventura financiada por um país com o qual não temos a menor afinidade, a ex-União Soviética. Traidores estes que, anistiados e perdoados pelos seus adversários num ato de extrema generosidade, esperaram três décadas alimentando um ódio insano, injustificado e irracional para, a pretexto de punir aqueles que lhes perdoaram, aos quais acusam de torturadores, colocam novamente em risco o futuro do Brasil. Será que já não é bastante para comprometer o futuro do Brasil essa administração incompetente, irresponsável, caótica e extremamente corrupta? Querem o que mais? Sangue?
Será que não perceberam que aquilo que eles ainda cultuam, o regime comunista, caiu de podre sem que fosse necessário os americanos darem um tiro sequer? Gente desse tipo é portadora de uma patologia incurável chamada idiotia crônica onde os expoentes mais notáveis são Tasso Genro, Marco Aurélio Garcia e Franklin Martins, dentre muitos outros. Além de idiotas, são reles traidores da pátria.
Faço-lhe aqui algumas perguntas e peço-lhe respostas sinceras: seqüestrar representantes estrangeiros, assaltar bancos matando pessoas inocentes, praticar atos de terrorismo em locais freqüentados por quem não tem nada a ver com a insanidade dos terroristas, como aconteceu no aeroporto dos Guararapes em Recife, matar friamente a coronhadas de fuzil um oficial da Polícia Militar de São Paulo como fez Carlos Lamarca, dentre outros atos bárbaros que resultaram em mortes de inocentes, tudo isto não são também atos de tortura? Manter o embaixador da maior potência mundial com uma arma apontada para sua cabeça esperando apenas uma ordem para fuzila-lo caso o governo não atendesse as exigências dos seqüestradores, não é também um ato de terrorismo? O senhor Franklin Martins, hoje ministro do governo Lula, foi um terrorista torturador ou não foi?
Ah, mas de acordo com a novilíngua "os crimes que praticamos são para o bem do povo, enquanto que os mesmos crimes praticados pelos nossos adversários, não passam de crimes comuns". Assim Stalin e Gramsci os ensinaram. Como também a roubalheira promovida por este governo é exaustivamente justificada pela roubalheira promovida por Fernando Henrique Cardoso & Cia. Haja canalhice!
Sabe o que eu acho, cara jornalista? Está na hora dos militares começarem a trazer à público a folha corrida de todos aqueles que participaram daqueles episódios, divulgando os mínimos detalhes, alguns que ainda estão inclusive sob sigilo, a começar por pessoas como Franklin Martins, Dilma Rousself, José Dirceu e outras pústulas que hoje estão sendo premiados com vultosas indenizações e generosas pensões a título de reparação pelos pretensos prejuízos por terem participado de uma luta armada que eles espontaneamente começaram, provocando uma reação que não poderia ter sido outra senão o enfrentamento. E está na hora também de a imprensa brasileira que tem compromissos com o povo e com o futuro do Brasil parar de endeusar um bando de assassinos terroristas. É isto o que a maioria de brasileiros sensatos, responsáveis, trabalhadores, honestos, honrados e cumpridores de seus deveres para com a nação espera. Nada mais que isto.
Infelizmente, cara jornalista, para a desgraça do Brasil, não se fazem mais generais como Humberto de Alencar Castelo Branco e outros e jornalistas como Carlos Lacerda e outros. Foram homens de uma época em que os objetivos dos homens de bem se pautavam pela honradez, o que não é o caso da maioria dos governantes e jornalistas de hoje. Os governantes de hoje mais roubam do que trabalham, e os jornalistas mais confundem do que informam. E mentem muito. Mentem no atacado.
Aguardo a gentileza de suas respostas aos meus questionamentos.
Respeitosamente,
Otacílio M. Guimarães
Carta de Otacílio M Guimarães
http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=240
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