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Fuerza Solidaria | 30 Janeiro 2011
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
O caso de Alejandro Peña Esclusa está se convertendo em um escândalo internacional.
O dirigente político venezuelano, Alejandro Peña Esclusa, respondeu hoje à decisão do Tribunal Sexto de Caracas, de ordenar um julgamento contra ele pelo presumível cometimento dos delitos de "tráfico de armas de guerra sob a modalidade de ocultação e associação para delinqüir".
Peña Esclusa declarou ao sair dos tribunais: "É óbvio que isto é uma montagem, e assim demonstraram meus advogados de defesa durante a audiência preliminar. Sou vítima de um complô do governo venezuelano pelas graves denúncias que venho fazendo sobre os nexos de Hugo Chávez com as FARC. No momento de minha detenção eu estava à frente de uma equipe internacional de juristas, para acusar Chávez ante a Corte Penal Internacional por delitos de lesa-humanidade".
Peña Esclusa assegurou que "o complô conta com três fatores: primeiro, o Diretor de Inteligência do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN), David Colmenares, que ordenou e coordenou a "plantação" de explosivos em meu apartamento. Segundo, o fiscal Didier Rojas, que se prestou para a manobra ilegal, por sua incondicionalidade com o Regime e, terceiro, o juiz Luis Cabrera, que está a serviço do governo, assim eu reclamei diretamente em sua cara, durante minha exposição na audiência, justo antes de recusá-lo, mas ele foi tão descarado que decidiu sobre sua própria recusa ao declará-la inadmissível".
O presidente de UnoAmérica acrescentou que "meu caso demonstra que na Venezuela não há justiça e que a perseguição política está na ordem do dia, como assinalaram recentemente a Comissão Interamericana de Direitos Humanos, Human Rights Watch e muitas outras organizações internacionais".
Peña Esclusa disse que, durante o julgamento, utilizará seu caso como ferramenta "para mostrar ao mundo a corrupção do sistema judiciário venezuelano. Um sistema que encarcera gente inocente, persegue os opositores, ratifica as confiscações ilegais do governo e que está repleta de funcionários corruptos, testemunhas falsas e extorquidores profissionais".
O caso de Alejandro Peña Esclusa está se convertendo em um escândalo internacional. Parlamentares da Europa e da América Latina assinalaram publicamente que trata-se de uma perseguição política. O Vice-Governador de São Paulo e o Governador do Alabama escreveram cartas a Chávez exigindo sua libertação, e a Igreja Católica venezuelana considera que Peña Esclusa é inocente.
Tradução: Graça Salgueiro
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