terça-feira, 9 de setembro de 2008

Aquecimento global: realidade discorda dos alarmistas

Aquecimento global: realidade discorda dos alarmistas

09 September, 2008 01:24:00 Geraldo Lino

4/set/08 (Alerta em Rede) - A despeito do gigantesco esforço de influentes setores políticos, econômicos, acadêmicos e midiáticos, no sentido de sustentar o alarmismo em torno do aquecimento global, tratando de todas as formas de pintá-lo como uma emergência planetária a exigir ações draconianas e imediatas, o mundo real parece estar se reservando ao direito de discordar do cenário catastrofista. Nos últimos meses, uma pletora de evidências contrárias ao “catastrofismo” têm sido divulgadas, demonstrando de forma inequívoca que as mudanças climáticas em escala global são parte integrante da dinâmica natural que o planeta vem experimentando há centenas de milhões de anos – ou seja, que as emissões de carbono dos combustíveis fósseis nada têm a ver com isso. Vejamos algumas delas:

As medições da temperatura atmosférica feitas por satélites (as mais precisas disponíveis) mostram que as temperaturas do planeta deixaram de subir desde 1998, embora, no mesmo período, as concentrações de dióxido de carbono (CO2) tenham aumentado, de 368 ppmv (partículas por milhão por volume) para 384 ppmv (novembro de 2007). Além disto, outro gás de efeito estufa, o metano, teve a sua concentração aumentada em 0,5% em um único ano, entre 2006 e 2007.

  • Em 2007, a temperatura média da Terra sofreu uma brusca e inesperada queda de 0,7oC, “zerando” de fato praticamente todo o aquecimento atmosférico alegadamente constatado desde 1870 (0,6-0,8oC), um dos principais pretextos para todo o alarido em torno do assunto.

  • Em 20 de agosto último, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou que o primeiro semestre de 2008 foi o mais frio dos últimos cinco anos e, possivelmente, desde 2000 (Reuters, 21/08/2008).

  • Um relatório do Centro Nacional de Dados sobre Neve e Gelo (NSIDC), divulgado no início de setembro, mostra que a cobertura de gelo no Ártico este ano aumentou em 700 mil quilômetros quadrados em relação a 2007. Em entrevista ao sítio Daily Tech (www.dailytech.com, 3/09/2008), William Chapman, pesquisador do Centro de Pesquisas do Clima Ártico da Universidade de Illinois, afirmou que o Ártico está “definitivamente mais frio” do que em 2007. Tanto pior para os ruidosos informes midiáticos sobre o derretimento da banquisa de gelo da região.

  • O inverno de 2007-08 foi o mais frio na China em um século, enquanto o Nordeste da América do Norte experimentou níveis recordes de nevascas. Nas Ilhas Britânicas, a primavera e o verão foram os mais frios em décadas, tendo as temperaturas de junho-julho raramente subido acima dos 16oC (deixando muitos britânicos aspirando por um autêntico aquecimento). Na Austrália, Sydney experimentou o seu agosto mais frio desde a década de 1940.



A explicação para tais fatos talvez seja proporcionada por cientistas que, em número crescente, prognosticam uma queda nas temperaturas para as próximas décadas, correlacionando-as muito mais à influência das radiações cósmicas e solares do que às atividades humanas. Um desses cientistas é o geofísico mexicano Victor Manuel Velasco Herrera, do Instituto de Geofísica da Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM). Em uma recente conferência, que teve repercussão mundial, ele afirmou que em uma década a Terra entrará em uma “pequena era glacial” causada pela redução da atividade solar (Milenio, 19/08/2008).

Segundo o cientista, em geral o Sol “nunca é visto como um agente de resfriamento, somente de aquecimento, mas ele tem os dois papéis”. No momento, afirmou, o mundo passa por uma fase de transição em que a atividade solar está diminuindo consideravelmente, “de modo que, em aproximadamente dez anos, haverá uma pequena idade do gelo, que durará de 60 a 80 anos”, com conseqüências imediatas, como secas. Entretanto, disse, o período de resfriamento pode até mesmo já ter começado a partir de 2005.

Velasco Herrera é um crítico dos prognósticos alarmistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas, cujos relatórios têm sido o principal combustível do “catastrofismo” climático em vigor. De acordo com ele, tais prognósticos “são incorretos porque estão baseados somente em modelos matemáticos e apresentam resultados em cenários que não incluem, por exemplo, a atividade solar”.

Um contundente crítico do IPCC e seus métodos é o físico brasileiro Dr. José Carlos Azevedo, ex-reitor da Universidade de Brasília, que tem se manifestado publicamente em vários artigos publicados na imprensa. No mais recente, publicado na Folha de S. Paulo de 1º. de setembro (“O efeito e a causa”), ele não dá trégua ao órgão da ONU:

Apesar dos US$ 50 bilhões que IPCC e adeptos consumiram, eles nada comprovaram sobre a influência do CO2. Falam em indícios, vestígios, impressões, sinais, modelos e prognósticos sobre o que ocorrerá em cem anos, quando nenhum de nós estará vivo para conferir. As “projeções climáticas por computador” são falhas, os modelos climáticos são incompletos, não incluem fenômenos físicos importantes e a teoria matemática está errada.

Os adeptos da versão irracional do “CO2 antropogênico”, aí incluídos os poetas parnasianos, que ofendem e ameaçam pessoas, fazem afirmações irracionais... [deveriam] se lembrar de que crime contra a humanidade é gastar US$ 50 bilhões e não chegar a nenhuma conclusão. E que esse dinheiro bastaria para exterminar a Aids, a malária e livrar milhares de mulheres e crianças da morte por inanição em países miseráveis.


De nossa parte, subscrevemos as palavras do Dr. Azevedo e esperamos que iniciativas como a dele contribuam para esclarecer a opinião pública sobre as reais motivações da agenda ambientalista.

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