Mídia Sem Máscara
22 outubro 2008
Editorias - Comunismo, Cultura, Estados Unidos, Política
O colapso do socialismo real na Europa Oriental não acabou todas as esperanças (socialistas) e aqui e ali elas existem, aguardando silenciosamente uma nova forma.
JOSEPH Cardeal RATZINGER
Truth and Tolerance, 2003
Como a lenta metamorfose de um monstro de um filme de horror, a Esquerda vem se recriando desde a década de 60 com tanto sucesso que hoje reaparece mais forte do que nunca (…). Sua ressurreição não trará exércitos revolucionários às ruas (…), envolverá uma ofensiva de ‘progressismo’ cujos alvos são o Partido Democrata, a Igreja, as Universidades e outras instituições liberais.
PETER COLLIER & DAVID HOROWITZ
Destructive Generation
Novas formas esperam o surgimento de novos líderes para serem bem sucedidas, como Barack Obama, o maior risco de suicídio coletivo em toda a história daquele país e do liberalismo econômico mundial. Obama está jogando pesado a crise no colo de Bush e dos Republicanos, mas seu objetivo não é a economia; é, através dela, provocar uma gigantesca reestruturação cultural em todo o mundo. Não há chances de grandes mudanças econômicas em curto prazo, tanto pelo gigantismo da economia americana, quanto pela crise financeira mundial; pode-se mesmo esperar uma guinada em direção a um protecionismo exagerado. Não é à toa que ele é o queridinho da esquerda mundial – os que se autodenominam “progressistas”. Parece que numa eleição mundial McCain só ganharia na República da Georgia e em Belarus, que ainda lembram os sofrimentos do brutal regime comunista.
Obama é o típico intelectual americano reciclado pela Perestroika. No Capítulo VIII do Eixo do Mal descrevo com mais detalhes a arrasadora vitória da estratégia da Convergência – sblizhenie – entre a intelectualidade americana nas décadas de 60 e 70. Tendo mudado na aparência o objetivo de defender o regime comunista – que se tornara antipático pelas denúncias dos crimes de Stalin – para a defesa da “Paz” absoluta, o maior bem da humanidade, os antigos adversários passaram a ser vistos como possíveis aliados em direção à convergência. Eram “povos amantes da paz”, que somente precisavam se desenvolver com a tranqüilidade que os “belicosos” conservadores americanos não permitiam. O primeiro resultado foi a eleição do “apaziguador” Carter, que não só abandonou a luta contra o comunismo, como tornou-se seu cúmplice ao ajudar a derrubar regimes leais aos EUA – como Irã e Nicarágua – e a perseguir os “direitos humanos” em outros – Brasil e Chile – deixando de lado totalmente a crueldade de seus cúmplices que exterminavam todos os dissidentes.
Um dos slogans preferidos na época era “não podemos pretender dar lições de moralidade aos outros enquanto houver em nosso país uma criança faminta, um adulto pobre ou um imigrante analfabeto” – mais modernamente, “não podemos condenar ninguém por manter prisioneiros políticos sob tortura enquanto tivermos Abu Ghraib ou Guantánamo”. Obama é fruto desta época. Suas ligações com Saul Alinsky, o pai dos organizadores comunitários aos quais Obama se orgulha de pertencer, faz a esquerda mundial ter orgasmos “sociais”! Em Rules for Radicals, escrito após a derrota na Convenção Democrata de 68, Alinsky recomendava: “Façam uma destas três coisas. Um, procurem um muro de lamentações e sintam pena de si mesmos. Dois, fiquem loucos e comecem a jogar bombas – o que fará com que as pessoas se inclinem mais para a Direita. Três, aprendam a lição: vão para casa, se organizem, tornem-se poderosos e, na próxima convenção, vocês serão os delegados. Um mundo melhor é possível se os vencedores forem aqueles que querem mudar o mundo do que ele é, para o que acreditam que ele deveria ser. Portanto, acalmem-se. Esqueçam de querer derrubar o sistema. Organizem-se. Organizem-se. Organizem-se. Trabalhem dentro do sistema. Tornem-se os Delegados”. A décima regra “ética” de Alinsky era: “faça o que pode com o que você tem e disfarce-o com disfarces morais”.
A vida de Obama é um mistério, dentro de um enigma, cercado de mentiras. Nem mesmo sua nacionalidade está certa. Já existem dois processos desafiando Obama a comprovar sua nacionalidade americana: o advogado Democrata Philip J. Berg está processando a ele e ao Comitê Democrata Nacional (DNC) por candidatura fraudulenta (a Constituição exige ser Americano nato e até o momento nem o candidato nem o DNC responderam. O caso está sendo abafado). Em 9 de outubro, Steven Marquis, de Fall City, Washington entrou com um processo na Corte Superior de seu Estado solicitando que o Secretário de Estado Sam Reed determine claramente se Obama é realmente cidadão norte-americano, antes do dia das Eleições. Muitos outros processos podem surgir, pondo em risco as eleições. Até o momento Obama está mudo, a mídia chapa branca nada diz e McCain, surpreendentemente, não aborda o assunto. Olavo de Carvalho tem reiteradamente mencionado estes fatos em seus últimos artigos, principalmente em Silêncio e Mistério e Um Blefe Descomunal. Neste último, investiga-se a ligação de Obama com outro revolucionário, o terrorista William Ayers, razão pela qual me escuso de comentá-la aqui.
OBAMA ENTRA EM CENA
De onde surgiu esta fraude? Ele foi amamentado com marxismo. Seus pais eram “companheiros de viagem” num curso de língua russa na Universidade do Havaí, em pleno pico da Guerra Fria. Seu avô era amigo muito próximo do membro de Partido Comunista Americano, Frank Marshall Davis, recomendando-o como mentor do pequeno Barry (como Obama era chamado na época), mesmo sabendo que Davis era um reconhecido pedófilo, libertino e alcoólatra. Davis mudou-se de Chicago para Honolulu em 1948 e a partir de então os contatos foram freqüentes. Segundo as palavras do próprio Obama, Davis teria dito a ele: “Entenda uma coisa, garoto: você não vai para a Universidade para ser educado. Você vai para lá para ser treinado.”
O treinamento certamente foi perfeito: Obama fez tudo o que Alinsky recomendava: indo para Chicago, onde morava Alinsky e onde Davis havia trabalhado para o Partido Comunista. Obama foi treinado na Industrial Areas Foundation, um instituto de treinamento coordenado por Alinsky. Em Chicago também estava concentrada toda a intelectualidade nacionalista negra, a base das campanhas presidenciais de Jesse Jackson, da Nation of Islam de Louis Farrakhan.
Seu trabalho, juntamente com outros “organizadores” como Mike Kruglick, estava focado na organização dos negros pobres do sul da cidade e trabalhou na ACORN (Association of Community Organizations for Reform Now), a organização que hoje trabalha para ele registrando eleitores nos Estados cruciais através do mesmo Projeto Voto em que ele trabalhara. No último debate com McCain, ele negou peremptoriamente o que está sendo investigado pelo FBI e já aparecem evidências de que o envolvimento é muito maior do que suas negativas veementes ou da própria ACORN.
Numa entrevista para Amir Taheri do New York Post, Jesse Jackson no World Policy Forum em Evian, declarou: “Obama é mudança (…) Preparem-se para uma nova América (…) Nós o ajudamos a começar sua carreira e sempre estivemos a postos para ajudá-lo a avançar. Ele significa nossa luta por justiça não apenas para os negros, mas também para os que foram enganados (…) Hoje, muitos americanos querem mudanças e sabem que só Obama pode realizá-las. Os jovens americanos estão especialmente determinados a assegurar a vitória de Obama (…). Perdemos a confiança em nosso Presidente (como se Jackson alguma vez tivesse apoiado Bush!), no Congresso, em nosso sistema bancário, em Wall Street e em nosso sistema legar para proteger nossas liberdades individuais. Não vejo como recuperar a confiança nessas instituições sem uma mudança radical”. Mas Jackson não fala concretamente sobre quais seriam estas mudanças.
Nem poderia! Jackson e seus asseclas comunistas, inclusive Obama, não querem mudança nenhuma, querem é a destruição de todos os valores que são o fundamento dos Estados Unidos e do Ocidente.
As mudanças na ordem internacional ficam para o próximo artigo. Um aperitivo, ainda da entrevista de Jackson:
“A mudança que Obama promete não está limitada ao que fazemos na América. É uma mudança na maneira com que a América olha o mundo e seu lugar nele (…). A América precisa curar as feridas que causou em outras nações.”
Leia também O suicídio da águia V
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