sábado, 4 de julho de 2009

História que a mídia não conta - II

Sábado, 4 de Julho de 2009


Alerta Total

Por Arlindo Montenegro

Conheça o Guevara que a mídia esconde. Leiam o livro “O verdadeiro Che Guevara, e os idiotas úteis que o idolatram” – Editora “É Realizações”, São Paulo.

Reveja o artigo de ontem: História que a mídia não conta

Em 1958, o Presidente Juscelino enviou uma carta ao Presidente Eisenhower, demonstrando que o desenvolvimento “econômico e social da América Latina” era um problema político e estratégico para a segurança dos Estados Unidos. Propunha a “Operação Pan Americana” porque a propaganda comunista neste continente criava animosidades para com os EUA. A mensagem era: "Ajudem-nos ou não poderemos resistir ao comunismo!"

Em Janeiro de 1959, os guerrilheiros chegavam ao poder em Cuba. No Brasil, Juscelino tocava seu plano de “Avançar 50 anos em 5”. A indústria automobilística alemã, norte-americana e outras empresas multinacionais começaram a chegar, abrindo postos de trabalho e com isenção de impostos por 10 anos... Em Cuba, depois de fuzilar alguns milhares, sem julgamento, Guevara fechava fábricas e recebia os soldados russos. Nikita Kruchiov gritava lá da URSS: “Se vocês atacarem Cuba, mando mísseis sobre Nova Iorque!”

O guerrilheiro “comandante” Marks, “o açougueiro” era um bandido sentenciado nos EUA e tornou-se, por sua ferocidade, homem de confiança e padrinho de casamento de Guevara. Era o encarregado dos tiros de misericórdia depois dos fuzilamentos. Foi substituído pelo “comandante” Ramon Mercader, o mesmo que tascou um machado na testa de Trotsky, por ordem de Stalin. Matar vicia! O jornal New York Times, repetiu exatamente o que já tinha feito, na década de 1930, encobrindo os crimes do regime de Stalin.

Enquanto isso, milhares de brasileiros se deslocavam em “paus de arara” por estradas de terra, migrando de todo lado para trabalhar na construção de Brasília ou nas fábricas de São Paulo. Asfalto só havia mesmo na Dutra, entre São Paulo e Rio. Mas sobrava orgulho, entusiasmo, fé e esperança em dias melhores. Em Cuba, Guevara enviava aqueles guerrilheiros que chegaram a Havana estuprando e saqueando, “como revolucionários” para matar inimigos na Republica Dominicana, Haiti, Panamá, Nicarágua... onde foram dizimados. E surgiam as Ligas Camponesas no Brasil, financiadas por Cuba!

A URSS armou Cuba com ogivas atômicas. Crise! Os russos retiram as ogivas negociando com os EUA que a ilha não seria tocada. Só então, Kennedy lançou a “Aliança para o Progresso” numa reunião em Punta del Este, um programa de desenvolvimento com muita grana, para manter a América fora da influência comunista. Guevara estava em Punta del Este. Em seu discurso criticou a proposta de Kennedy. Logo depois foi recebido por Frondizi, Presidente da Argentina. De Buenos Aires foi para Brasília onde Jânio Quadros o condecorou com a “Ordem do Cruzeiro do Sul”.

Uma semana depois, Jânio renunciava sob fortes ataques. Frondizi foi derrubado sete meses depois. E mais tarde, Kennedy foi alvo do atentado em Dallas. Todos queriam as Américas como bloco democrático e desenvolvido. Depois de muito matar, desorganizar a economia de Cuba, Guevara lançou na Conferência Tricontinental, em Havana, seu grito de guerra para acabar com o imperialismo mundial, espalhando a guerra de guerrilhas em todos os continentes seguindo o exemplo de Cuba e do Vietnam.

Fidel começava a fritar seu concorrente. Como não podia dar bilhete azul ao argentino que já não era útil em Cuba, onde entrava em rota de colisão com outros membros do governo. Aquele concorrente em popularidade, que se dizia “sedento de sangue”, santificado pela mídia européia e norte americana, abandonou Cuba e à frente de alguns soldados cubanos para fazer guerrilha no Congo. Fracassou. Foi expulso da África.

Mas Castro não o queria de volta. Então reuniu em Havana os chefes e representantes de todos os grupos armados que atuavam nas Américas num seminário que chamou “Organização Latino Americana de Solidariedade”. Guevara estaria no comando da guerra de guerrilhas “em algum lugar da América do Sul”. Fidel sabia que os “comandantes” guerrilheiros no Brasil, na Venezuela, na Colômbia, no Peru, no Equador, eram tão incapazes militarmente quanto Guevara. Que não contavam com recursos, nem ajuda das populações.

Mas aquela jogada era excelente para a propaganda cubana. E uma maneira de realizar finanças entre simpatizantes americanos, europeus e cobrar mais benesses da União Soviética. Naqueles dias uniam-se as estratégias de longo prazo dos controladores mundiais: o Kremlin, Londres, Pekim, ganhavam tempo com a violência espalhada e a instabilidade das economias menores, enquanto elaboravam os planos de globalização econômica.

Aquelas guerrilhas que entusiasmaram tantos jovens, resultaram no descrédito da metodologia guevarista. Logo após fracassar no Congo, ele morreu na Bolívia, abandonado pelos comunistas, abandonado por seu companheiro Castro. A “tão falada habilidade tática e estratégica encontra-se guardada junto com seus demais méritos, ou seja, na propaganda”, mobilizando a imprensa e intelectuais da Europa e das Américas. O mito cresceu para o consumo, gravado até em biquíni desfilado por Gisele Bundchen.

E esta mesma propaganda, abraçada pela “guerrilha” do PT, mobiliza jovens universitários, camponeses pobres e ongs para defender o socialismo no Brasil, defender o bolivarianismo, defender as farc, a cocaína e a maconha. Depois do panamericanismo, os poderosos dos EUA contaram com Fernando Henrique, Luis Inácio e outros brasileiros no “Diálogo Interamericano” para defender com unhas, dentes e muita grana, seus interesses por aqui.

O Conselho de Relações Exteriores (CFR) domina a imprensa. As fundações Ford e dezenas de institutos continuam espalhando a guerrilha cultural e ideológica, nas Universidades, no cinema, na tv... e no guevarismo lulista, agora com grana e apoio internacional.

Fontes de referência:

- Artigo de Paulo Zamboni, no site “midia@mais;

- Humberto Fontova, “O verdadeiro Che Guevara, e os idiotas úteis que o idolatram” – Editora “É Realizações”, São Paulo;

- Rev. bras. polít. int. vol.51 no.2 Brasília July/Dec. 2008, Antonio Carlos Lessa

Arlindo Montenegro é Apicultor.

Alerta Total de Jorge Serrão

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