quarta-feira, 8 de julho de 2009

Carta aberta aos senadores da República Federativa do Brasil

Mídia Sem Máscara

Senhores

Honoráveis Senadores

Congresso Nacional da República Federativa do Brasil

Praça dos Três Poderes

Brasília.

No próximo dia 9 de julho será discutido o protocolo de adesão da Venezuela ao MERCOSUL, em uma audiência pública que será realizada na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional do Senado. Pelas razões que expomos na continuação, consideramos que permitir o ingresso da Venezuela constitui uma grave ameaça para a Segurança e Defesa do Brasil e de toda a região:

Primeiro: Hugo Chávez mantém estreitos vínculos com o narco-terrorismo colombiano. Quando as Forças Armadas da Colômbia deram baixa ao segundo homem das FARC, Raúl Reyes, Chávez fez um minuto de silêncio em honra de sua memória e enviou tropas à fronteira em sinal de protesto pela Operação Fênix. Os computadores confiscados de Reyes demonstram que as FARC proporcionaram financiamento a Chávez e evidenciam a cooperação que houve entre eles.

Segundo: Chávez promove o fundamentalismo islâmico na América Latina. O governo venezuelano se orgulha de seus nexos com o governo foragido de Ahmadinejad, e foi o mediador para que a Bolívia, o Equador e a Nicarágua assinassem incontáveis acordos com o governo iraniano. É pública e notória a simpatia que o Hezbollah e o Hamas demonstram para com Chávez.

Terceiro: O governo venezuelano é explicitamente anti-semita. Expulsou ignominiosamente o embaixador de Israel e influiu sobre o governo boliviano para que fizesse o mesmo. Permite a profanação de sinagogas. Invade instituições judias.

Quarto: Chávez se constitui em um elemento perturbador na região. Prova disto são as numerosas denúncias contra seu governo por intervir nos assuntos internos de outras nações. Há apenas uma semana, ameaçou enviar tropas a Honduras. Em março de 2008 ameaçou invadir a Bolívia. Chávez envia maletas repletas de petrodólares para financiar ilegalmente seus aliados em outras nações.

Quinto: Chávez comete delitos de lesa-humanidade. Em 11 de abril de 2002, o oficialismo recebeu a tiros uma manifestação gigantesca de cidadãos pacíficos e desarmados; posteriormente, culpou a oposição pelo ocorrido e mantém injustamente no cárcere os que trataram de impedir o massacre, como é o caso do comissário Iván Simonovis.

Sexto: O governo da Venezuela não luta contra o narcotráfico. Durante os últimos dez anos o tráfico de drogas se incrementou notavelmente. Chávez expulsou a agência anti-drogas norte-americana (DEA) da Venezuela.

Sétimo: O governo venezuelano não é democrático. Embora Hugo Chávez tenha chegado à presidência em 1998 por meio de eleições livres e transparentes, seu governo se deslegitimou no exercício do poder. Fechou meios de comunicação, entre eles o canal de televisão RCTV e ameaça fechar mais outros, como ocorre com a Globovisión. Persegue seus adversários políticos, como é o caso de Manuel Rosales, que precisou buscar asilo no Peru, e encarcera outros, como o ex-ministro da Defesa general Raúl Baduel. No momento de escrever estas linhas, o Prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, se encontra em greve de fome no escritório da OEA, em protesto aos atropelos de Chávez.

Oitavo: Chávez ataca a propriedade privada. Seu governo promoveu a confiscação de empresas e a invasão de fazendas, e disse publicamente que a propriedade privada não está garantida. Recentemente confiscou dezenas de empresas petroleiras na Costa Oriental do Lago Maracaibo.

Nono: O governo venezuelano promove uma educação comunista. Desde o ano de 2001 até a presente data, os setores vinculados à educação venezuelana denunciaram as tentativas do governo de modificar as leis e os programas de estudos, para implementar nesse país uma educação ideologizada, idêntica à que existe hoje em Cuba.

Décimo: Este mau exemplo pode contagiar a região. Consideramos que o governo venezuelano pode utilizar a plataforma do MERCOSUL para exportar seu projeto anti-democrático aos países que integram este organismo, particularmente o Brasil, uma vez que o próprio Chávez declarou publicamente sua intenção de replicar o modelo em outras nações.

Por todas estas razões, solicitamos respeitosamente aos honoráveis membros do Senado a adiar o ingresso da Venezuela ao MERCOSUL, ao menos até que se produza uma mudança de governo nessa nação irmã.

Muito atenciosamente,

Heitor De Paola

Maria das Graças Salgueiro

Marcelo Cypriano Motta

Delegados no Brasil da

União de Organizações Democráticas da América - UnoAmérica

CC: Alejandro Peña Esclusa - Presidente da UnoAmérica

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