DECÁLOGO PARA ENFRENTAR EVO MORALES
Alejandro Peña Esclusa
Primeiro: Evo Morales não representa o interesse dos bolivianos. Apesar de sua aparência indígena, tampouco representa o interesse das etnias bolivianas. Ele é um agente a serviço de forças internacionais agrupadas ao redor do Foro de São Paulo.
Segundo: A oposição boliviana não luta contra o governo nacional, senão contra um conglomerado internacional que utiliza Evo Morales para apoderar-se da Bolívia. Por isso, cada vez que Morales se encontra em apertos, seus aliados saem para respaldá-lo publicamente e para prestar-lhe todo seu apoio.
Terceiro: Evo Morales não é um democrata. Depois de derrocar dois governos usando métodos anti-democráticos, decidiu amoldar-se ao sistema – participando das eleições – unicamente para chegar ao poder. Uma vez na Presidência, utiliza as instituições do Estado para destruir a democracia desde dentro.
Quarto: Não é possível derrotar Evo Morales eleitoralmente. O governo boliviano já conta com o método cubano-venezuelano para cometer fraude. O padrão eleitoral está atualmente tão tergiversado que não é possível manter-se eleições livres e transparentes sem antes depurá-lo.
Quinto: Os partidos políticos de oposição não estão em condições de enfrentar o governo sozinhos, porque – devido à sua formação – estão acostumados ao diálogo e à negociação. Um ditador como Evo Morales não acredita no diálogo nem na negociação, senão que os usa para ganhar tempo, enquanto consolida seu projeto totalitário. Por isso, a sociedade não partidarista – essa que sai às ruas para protestar – deve adquirir maior liderança.
Sexto: O tempo conta a favor do oficialismo. Enquanto a oposição tem que finanaciar suas atividades com recursos próprios e, portanto, limitados, o governo boliviano conta com as arcas do Estado e com o financiamento inesgotável que lhe envia Hugo Chávez. Além disso, cada dia que passa o governo o aproveita para destruir os poucos espaços democráticos que restam. Por isso, quanto mais tempo Evo Morales leve no poder, mais difícil será tirá-lo de lá.
Sétimo: A única maneira de conseguir uma mudança de governo na Bolívia é mediante ações de rua, pacíficas, simultâneas e generalizadas, quer dizer, em todo o território nacional. A convocatória oficialista a um referendo para aprovar uma Constituição ilegal, deve servir de incentivo para organizar o protesto.
Oitavo: A oposição boliviana deve estudar detalhadamente o processo político venezuelano dos últimos dez anos, porque isso equivale a antecipar-se a seu próprio futuro. Entre as lições que deve aprender é não repetir os erros cometidos pelos dirigentes opositores venezuelanos.
Nono: Urge usar a informação do computador de Raúl Reyes. Os aliados a Evo Morales – e possivelmente o próprio Morales – estão estreitamente vinculados às FARC e, portanto, são cúmplices de narco-terrorismo e de outros delitos de lesa-humanidade. A informação contida no computador confiscado de Raúl Reyes, pode ser de grande utilidade para livrar a Bolívia da ditadura.
Décimo: Uma vez que Evo Morales trabalha para uma máfia internacional, a oposição boliviana deve travar a batalha não só no campo interno, como também no campo continental, buscando alianças com os setores democráticos da América Latina.
Produzido por FUERZA SOLIDARIA - Tradução: Graça Salgueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário