Quarta-feira, Outubro 01, 2008
Rapidinhas do Alerta Total
Edição de Quarta-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com
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Por Jorge Serrão
Em entrevista ao lado do presidente venezuelano Hugo Chávez, o chefão Luiz Inácio Lula da Silva mudou o tom do discurso que fez na manhã desta terça-feira, quando tentou minimizar os efeitos da crise internacional sobre o Brasil.
“A crise é muito séria e tão profunda que nós ainda não sabemos o tamanho. Certamente, talvez seja uma das maiores crises econômicas que o mundo já viu. Poderemos correr riscos, porque uma recessão em caráter mundial pode trazer prejuízos para todos nós. Entretanto, estamos mais sólidos, estamos mais precavidos. O nosso sistema financeiro não está envolvido no subprime. Nós fizemos as lições de casa e eles não fizeram”.
Foi o papo do chefão ontem em Manaus, onde participava da reunião de líderes sul-americanos da Unasul (novo nome do esquema operacional do Foro de São Paulo).
Demagogia normal
Apesar do pequeno momento de sinceridade sobre o medo da crise, Lula mantém o discurso de confiança no país:
“A mensagem que eu poderia dizer ao povo brasileiro é que é o momento de acreditar neste país, acreditar no mercado interno deste país, acreditar que nós não seremos vítimas como já fomos outras vezes e, ao mesmo tempo, torcer para que os americanos resolvam o problema”
O presidente comparou seu grau de preocupação ao de alguém que tem um amigo no hospital:
“Eu poderia dizer que hoje sou um homem que está tranqüilo. Estou acompanhando com apreensão. Estou apreensivo porque o Brasil é um país exportador e queremos continuar crescendo”.
Acompanhamento constante
Lula negou que tenha criado um gabinete especial para acompanhar os desdobramentos da crise financeira.
Mas admitiu que conversa freqüentemente sobre o tema com o ministro da Fazenda e com o presidente do Banco Central.
“Não criei um gabinete de crise. Tenho me reunido sistematicamente com o ministro Mantega e com o presidente do Banco Central. Não existe uma espécie de gabinete de crise. Tanto o presidente do BC, o ministro da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio precisam conversar entre si para tratar das exportações e da questão do câmbio”.
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