sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Lula, o anti-Noel... Parte II... Kassab, o chulé de Lula...

Sexta-feira, 26 de Dezembro de 2008

Blog do Clausewitz

O texto abaixo foi transcrito do blog do Reinaldo Azevedo e vou inserí-lo na íntegra, pois além de estar primoroso, o contexto tem que ser compreendido para que possamos entender a política que Reinaldo chamou de pobrista e eu chamarei de coitadista... e apesar de ter sido pouco comentado pelo jornalista, destaco como principal, que entendamos o motivo de o Brasil não caminhar para a frente... sabem por que? não temos oposição... verão qual será a reação de Gilberto Kassab perante às críticas de Lula... sabe qual? "a prefeitura evitou polemizar"... ora, raios, qual o motivo do super amorfo prefeito de SP ter preferido silenciar??????????????????? é que ele, Kassab, é o chulé de Lula... ele e seu partideco de conveniências chamado DEM, que se intitula de oposição e vive lambendo as botas da situação é o que de maior entrave nós temos no Brasil de Lula... muito mais entrave do que a super situação, formada pelo PT e pelos milhares de agremiações que o sustentam... o DEM e seu protótipo do bom moço chamado Kassab são aquilo que precisamos diariamente para defender nossas dignidades dos pontapés que a situação desfere em nós... mas Kassab e seu partido estão de recesso e por isso não querem polemizar... recesso? é sim, recesso democrático...

"LULA E O DISCURSO CHULÉ

Leiam o que vai no Estadão. Volto depois:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro ontem que Natal não é sinônimo de trégua com adversário político. Após meses de convivência pacífica com vários líderes da oposição, ele trocou a agenda diplomática da manhã, ao lado do presidente francês Nicolas Sarkozy, por críticas ao prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM). Ao participar pelo sexto ano consecutivo de um encontro de Natal com moradores de rua e catadores de lixo na capital paulista, Lula pegou carona nos ataques feitos por líderes do Movimento Nacional da População de Rua e emendou: "Eu confesso que eu achava que, em São Paulo, as coisas estavam andando bem, porque eu falei, da outra vez que vim aqui, com o prefeito. E, pelo que estou vendo, as coisas não aconteceram". E continuou: "É um descalabro as pessoas não respeitarem um ser humano apenas porque ele é pobre".
Lula fazia referência ao discurso proferido minutos antes por Anderson Lopes, integrante do movimento que acusou a prefeitura paulistana de comandar ações para "expulsar" os moradores de rua da cidade. A prefeitura evitou polemizar. Disse, por meio de sua assessoria, que Lula foi "induzido ao engano por equívocos" dos líderes do movimento.
No discurso, o presidente avisou que planeja uma reunião com prefeitos no início do ano que vem. Desta vez, garantiu, a pauta de reivindicações será entregue por ele aos prefeitos, não o contrário, como de costume.
Independentemente dos ataques, não faltou disposição a Lula. Em mais de uma ocasião, ele arrancou risos da platéia. "Se tem alguém que tem motivo para jogar sapato no presidente são vocês. Vocês viram aquele sapato que jogaram no Bush? Imagine se tivesse chulé", afirmou, em uma dessas ocasiões, ao afirmar que percebe as dificuldades enfrentadas pelos moradores de rua e catadores. Lula cantou, batucou e até dançou na quadra.
E, na saída, chamou a atenção mais uma vez. Cerca de uma dezena de veículos da comitiva presidencial simplesmente ignoraram a placa de contramão da Rua Silveira Martins, no centro da cidade, bastante conhecida dos tripulantes dos veículos, já que é endereço da sede do Partido dos Trabalhadores.

Comento
Não gosto nem de escrever certas palavras. Nada místico. Apenas evocam situações desagradáveis que nada têm de inevitáveis. Uma é a que vai no título e, tudo indica, será agora freqüente na boca de Lula. Repete a imagem da entrevista coletiva concedida naquele Campeonato de Humor acontecido no Sauípe. O Apedeuta deve achar que, para jornalistas e moradores de rua, está de bom tamanho. Os dois grupos riram do, como direi?, gracejo.

Os políticos, mesmo quando atacados, evitam polemizar com Lula porque, com efeito, não chega a ser esperto bater boca com quem tem 80% de popularidade. Como não sou candidato a nada, então vá lá: sua fala sobre os moradores de rua é pura delinqüência política. Ele poderia, por exemplo, fazer uma festinha de Natal com os miseráveis de Recife, a cidade mais violenta do país, administrada pelo PT, num estado governado por um aliado seu. Mas Lula não resiste a duas coisas: à megalomania — “o Brasil será uma potência militar?” — é à retórica malcheirosa do populismo. E não há coisa mais chulé do que isso. Ficamos sabendo que os pobres, agora, são um problema dos prefeitos — mas dos prefeitos de oposição.

Esse evento com catadores de papelão e moradores de rua é só uma pantomima pobrista do petismo. É Lula fazendo a sua cerimônia herética do lava-pés, só que na festa na Natividade — sem o beijo, claro, porque a) falta-lhe a devida humildade; b) não parecendo ser do tipo que receie espalhar o próprio chulé (incluindo o discursivo), certamente não suporta o alheio. E o mais formidável nessa história toda é que os tais catadores que deitam falação precisam ser catadores para deitar falação, o que sempre lhes dá a chance de lamentar a condição de catadores ao deitar falação, entenderam?

Ah, sou solidário com os que sofrem, sem dúvida. A forma dessa solidariedade a ninguém interessa e não deve ser matéria de proselitismo. O que não entendo — ou melhor: entendo, mas repudio — é o sujeito se transformar num fazedor de discursos de sua própria miséria. Quem se torna líder de moradores de rua e catadores de lixo deve aproveitar o talento para mudar de vida. Quando menos, pode tentar ser um catador de lixo autônomo. Ou ambicionar catar sucatas que estejam numa escala superior na lista das coisas rejeitadas pela tal “sociedade de consumo”. Sei, vocês podem estranhar, mas é preciso um pouco de egoísmo para deixar de ser um catador. Excesso de solidariedade, nesse caso, só consegue pensar formas novas de catar mais lixo.

Ocorre que o militantismo de ONGs esquerdopatas e de padres da Escatologia da Libertação gosta é de ver morador de rua defendendo o “direito” de morar na rua. E, claro, catando lixo. A abjeção humana lhes excita o vício da piedade degradante e do vitimismo triunfante. E isso é mel na sopa para Lula. E acreditem: isso nada tem de cristão. Lembra uma daquelas seitas maluquetes da Idade Média, que a Igreja Católica, felizmente, combateu com muita energia. Mas que voltaram com tudo nos anos 60 do século passado, produzindo muito lixo teológico, ainda não recolhido.

Não é espírito de Natal, mas espírito de porco."

Fonte: Reinaldo Azevedo

Clausewitz

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