Papéis Avulsos
CUBA E A MPB
JOÃO RICARDO MODERNO
A ditadura totalitária de Cuba e a Música Popular Brasileira ─ MPB ─ tem uma longa história de amor e traição. Amor declarado pelo genial Chico Buarque de Holanda e uma centena de músicos. Traição porque jamais nenhum deles foi morar em Cuba, mas sim em Roma, Paris, New York, Londres e demais cidades onde as liberdades de criação, expressão e ir-e-vir estão garantidas pelo Estado de Direito Democrático. Todos esses artistas teriam sido assassinados logo na primeira semana da Revolución. Talvez fuzilados pelo próprio Fidel ou Che Guevara.
As contradições entre o discurso pró-ditadura sanguinária e a prática são gritantes. A extinção dos direitos humanos não incomoda os músicos brasileiros. Estes nunca apoiaram os artistas perseguidos, presos, torturados e fuzilados por delito de opinião. Solidariedade, fraternidade, liberdade e todas as palavras mágicas da esquerda não valem para os cubanos. São para vender música. Todos milionários. Desconheço obra social.
Os músicos cubanos do grupo Los Galanes não receberam nenhuma solidariedade. Pediram asilo político sob o silêncio da esquerda brasileira. Somente o deputado federal Raul Jungmann (PPS) honrou o Brasil. Vieram tocar acompanhados por um funcionário do governo cubano. Algum músico brasileiro já foi patrulhado no exterior e vigiado para voltar? Existe condição mais degradante para um artista, um torturado moral, afora a tortura física e o assassinato? Esse terrorismo cubano é o que nos espera com a Revolução Bolivariana de Fidel Castro, Hugo Chávez, Lula, Evo Morales, Rafael Correa e Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, que entra com o terrorismo do Hezbollah, já em expansão na América Latina.
O autor é Presidente da Academia Brasileira de Filosofia
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