quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

O MCB e o "informe da verdade"

Mídia Sem Máscara

Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido | 17 Dezembro 2009
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo

Correa acrescentou ao seu estratagema de fabricar provas que o livrem do problema em que está metido, o fantasioso informe da "comissão da verdade", na qual de maneira cínica lança a culpa aos comandos médios, enquanto ele sai limpo.

Há muitas coincidências entre o acontecido na semana passada em Caracas com o Movimento Continental Bolivariano e o publicitado "informe da verdade", em torno do bombardeio sobre a guarida que Raúl Reyes tinha em território equatoriano, com a anuência complacente do presidente Rafael Correa. Ambos os eventos coincidem em buscar a legitimação das FARC, lhes negam a condição de terroristas e os apresentam como "lutadores com ideais políticos". De maneira simultânea excluem Chávez e Correa de qualquer nexo com os terroristas colombianos.

Entretanto, as evidências e as provas corroboram o contrário.

No caso do Movimento Continental Bolivariano, os computadores de Reyes, Ríos, Lozada, John 40, Jerónimo Galeano, Calderón e outros bandidos capturados ou abatidos, reforçam com fatos concretos a tese de que o MCB é o braço político internacional das FARC, que o terrorista dominicano Narciso Isa Conde mantém contato com Iván Márquez, que as FARC têm escritório permanente no Ministério da Defesa venezuelano, e que Chávez, Lula, Evo, Ortega e Correa fazem parte do complô comunista contra a Colômbia [1].

E, de remate, que o Partido Comunista Colombiano em associação com os partidos comunistas e outros movimentos ibero-americanos de esquerda pró-terrorista, estão mancomunados com as FARC e com alguns exemplares dos mal chamados "colombianos pela paz", para minar a institucionalidade e pôr um governo títere de Chávez na Colômbia.

Entretanto, o informe entregue a Correa que aproveitou a oportunidade para fingir estar decepcionado, corrobora os nexos com as FARC de Augusta Calle, Gustavo Larrea, Ignacio Chauvín, o coronel Brito e um pitoresco general de sobrenome Vargas (constituído em uma vergonha histórica para as Forças Militares Equatorianas).

Evidentemente que Correa sabia destes contatos, pois era quem os autorizava e os ordenava. Ninguém pode acreditar que na condição de ministro Larrea minta descaradamente, dizendo que se reuniu com Reyes na Venezuela, e nem sequer exista a prova das diárias para a viagem que devia receber por lei, nem a entrada legal na Venezuela registrada nos documentos de imigração desse país.

Prova disso é a caleidoscópica atitude que o mandatário equatoriano tomou frente ao problema. Após romper relações diplomáticas com a Colômbia, isso sim, muito dolorido pela sensível morte de seu comparsa e camarada Raúl Reyes, Correa iniciou um desesperado périplo para corroborar seu afã para impedir que as fumigações na fronteira diminuíssem as arcas de seus sócios das FARC e para apresentar ante o mundo o presidente Uribe como Satã, que impede que os comunistas tomem o hemisfério e que além disso havia agredido seu território sem sequer mencionar que com sua anuência desde o Equador, as FARC agrediam e ainda agridem a Colômbia.

Em seguida, em conluio com militares de algibeira Correa inventou a existência de um diário de Raúl Reyes, no qual o terrorista supostamente o detestava. Foi tudo uma grosseira montagem de Correa para preparar provas futuras que o façam sair airoso do problema.

Mais uma vez, Correa mudou a ladainha, diminuiu sua verborréia comunistóide contra Uribe e contra a Colômbia, baixou o tom de sua grotesca atitude e autorizou manipulados funcionários de sua chancelaria a abordar a busca de meios para normalizar as relações com a Colômbia, sem deixar - é claro - de lançar gracejos para os comunistas chiques latino-americanos, pela incômoda presença "gringa" nas bases militares colombianas.

Na mais recente trama, Correa acrescentou ao seu estratagema de fabricar provas que o livrem do problema em que está metido, o fantasioso informe da "comissão da verdade", na qual de maneira cínica lança a culpa aos comandos médios, enquanto ele sai limpo. Típico comportamento do delinqüente com alta investidura e, em que pese as evidências contra ele, diz que "foi tudo pelas suas costas".

Não obstante, ao fim de dois eventos em Caracas e Quito surge algo mais importante, do qual o governo e a justiça colombiana não só devem tomar nota senão uma ação imediata. Assim como o presidente Uribe pediu à Procuradoria que investigue todos os terroristas que dirigem o espúrio "Movimento Continental Bolivariano", esse é o momento adequado para que os juízes da República da Colômbia vinculem formalmente à investigação penal, por apoio ao terrorismo comunista que as FARC, Lula da Silva, Rafael Correa, Evo Morales, Hugo Chávez, Raúl Castro e Daniel Ortega praticam.

A proposição não é para que se rasguem as roupas nem para entrar em argüição de conveniências diplomáticas e da consuetudinária dissimulação que caracteriza muitos dos "intelectuais" colombianos e os sisudos analistas. A razão é simples. Estes personagens estão mancomunados com as FARC para derrocar as instituições na Colômbia. Por sua natureza marxista-leninista estão em guerra contra a Colômbia e contra a ideologia política do atual governo, e nos vêm como seus "inimigos de classe" aos quais têm que submeter a ditadura comunista.

Então, se estes personagens estão dedicados a afundar a institucionalidade e a jogar com dupla moral nos cenários internacionais, mal podem fazer o governo e a justiça colombiana, afastando as contundentes provas encontradas nos computadores de Reyes, mais o descarado patrocínio e respaldo que os mesmos delinqüentes de colarinho branco mencionados deram com seu silêncio cúmplice, frente às agressivas declarações dos terroristas que presidem o Movimento Continental Bolivariano.

Se Lula e os demais sequazes do Foro de São Paulo quisessem a verdadeira paz na Colômbia, se tivessem respeito pela dignidade e soberania colombiana, nem teriam armado o novelão pela necessária e certeira operação contra Reyes no Equador, nem ficariam calados frente às declarações belicosas dos cabeças do mal denominado movimento bolivariano na semana passada em Caracas, nem muito menos coonestariam a palhaçada da "comissão da verdade" em Quito.

Em síntese, fica tudo como no princípio antes da morte de Reyes: a Colômbia está rodeada de governos títeres da ditadura cubana. Chávez e Correa continuam comprometidos até a medula em ajudar seus sócios das FARC, e os demais bandidos, com fuzil e sem ele, continuam conspirando contra as instituições e a democracia no continente, enquanto o governo democrata dos Estados Unidos vira a cara para o outro lado.


[1] - A esse respeito, leiam também:
http://notalatina.blogspot.com/2009/12/mcb-farc-fsp-membros-de-um-mesmo-corpo.html

Tradução: Graça Salgueiro

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