Mídia Sem Máscara
Alejandro Peña Esclusa | 13 Dezembro 2009
Internacional - América Latina
A defenestração de Zelaya jogou por terra simultaneamente o projeto expansionista do FSP e o multimilionário negócio das FARC.
Mesmo depois que Honduras mantivesse um processo eleitoral limpo e transparente. Mesmo depois que se cumprisse cabalmente com o Acordo Guaymuras, posto que o Congresso já decidiu, por uma ampla maioria de 111 votos contra 14, que a restituição de Zelaya é inconstitucional. E mesmo depois que Micheletti se comprometesse a entregar o poder em janeiro, ainda existem setores da comunidade internacional que continuam exigindo a restituição de Zelaya.
A que se deve esta obstinação? Por que tanto enfurecimento? Por ignorância? Por desinformação? Não. A explicação tem a ver com motivos muito diferentes dos que se esgrimem.
Quando as instituições hondurenhas decidiram destituir Zelaya, a fim de salvaguardar devidamente sua Constituição, desencadearam - sem saber e sem propor - um poderoso complô internacional.
O plano, elaborado pelo Foro de São Paulo (FSP), consistia em utilizar Honduras, El Salvador e Nicarágua, para expandir a revolução bolivariana por toda a região, com o objetivo final de apoderar-se do México. Além disso, as FARC - que constituem o principal cartel da cocaína do hemisfério - tinham em Honduras um de seus principais centros de aprovisionamento para o transporte da droga para os Estados Unidos.
A defenestração de Zelaya jogou por terra simultaneamente o projeto expansionista do FSP e o multimilionário negócio das FARC.
A Chávez e seus aliados do Foro de São Paulo pouco lhes importa o bem-estar de Zelaya ou a democracia hondurenha; só lhes interessa desestabilizar tanto o atual governo de Micheletti, quanto o próximo de Porfirio Lobo, para colocar um títere no poder que lhes permita retomar seus planos de expansão.
Muitos dos que pedem a cabeça de Micheletti não o fazem por defender a democracia, senão porque, em sua qualidade de membros do Foro de São Paulo, vêm seus turvos interesses seriamente afetados.
Os hondurenhos já demonstraram sua vocação pacífica e seu apego às leis. Depois das eleições ocorridas no passado 29 de novembro, já não se pode lhes exigir nenhuma outra explicação.
Agora corresponde aos críticos de Honduras explicar por quê continuam desestabilizando esse país: O fazem para agradar a Chávez? Por acaso receberam maletas cheias de petrodólares? O fazem porque estão envolvidos no negócio do narcotráfico? Ou porque são aliados das FARC?
As respostas a todas estas perguntas estão contidas nos computadores de Raúl Reyes. Já é hora de que toda a informação registrada nesses computadores saia à luz.
* Presidente de UnoAmérica
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