Mídia Sem Máscara
| 28 Maio 2011
Notícias Faltantes - Comunismo
Um governo na sombra que opera acima do governo visível, e que solapadamente leva o país à dependência de uma tirania estrangeira.
Os nove magistrados da Corte Suprema de Justiça (CSJ) que declararam "ilegal" a documentação confiscada no acampamento equatoriano de "Raúl Reyes", pretendem destruir a prova mais contundente que o Estado colombiano tem sobre a amplitude e periculosidade da atividade das FARC.
Com seu auto inibitório eles pretendem desbaratar as investigações em curso, e as futuras, sobre a guerra subversiva (militar e política) que as FARC adiantam contra o Estado e contra a sociedade colombiana. Pretendem apagar as atuações ilegais dos presidentes Chávez e Correa a favor dessa organização narco-terrorista, reveladas pelo abatido "Reyes" em seus arquivos eletrônicos.
Procuram criar uma base artificial para a reabilitação de gente questionada como Wilson Borja e Piedad Córdoba e outros delinqüentes das FARC. A suspensão do processo no Chile contra o comunista Manuel Olate, pedido por Bogotá por seus vínculos com as FARC, é apenas um primeiro efeito externo da absurda medida.
Esses magistrados querem apagar do âmbito judiciário toda marca do alcance das operações das FARC, da perversidade de suas ações e, sobretudo, de sua infiltração na sociedade colombiana. As vítimas das FARC, os que estão e os que foram seqüestrados por elas, e as famílias dos que morreram ou foram feridos, mutilados e extorquidos pelas FARC, não esquecerão nunca o que acabam de fazer esses nove magistrados.
Ao questionar a Operação Fênix, um ato de legítima defesa da Colômbia, respaldado na legislação internacional vigente, os nove cruzaram uma linha que nenhum colombiano, salvo os membros das FARC, havia ousado cruzar.
O presidente da CSJ diz que o auto não questiona a incursão militar em Sucumbios, porém que as provas recolhidas lá são ilegais. E os outros assinantes do auto não sabem agora como sair dessa contradição. O pretexto de que na Colômbia, ao recolher essa provas violou um pretendido "tratado de cooperação judicial" entre Colômbia e Equador, é fraca. Esse "tratado" nunca foi respeitado por Quito, sobretudo quando os interesses das FARC estavam pelo meio.
Os nove se comportaram, por isso, como rábulas de dois regimes detestáveis, inimigos da Colômbia, o de Chávez e o de Correa, e como instigadores de fato de futuros litígios internacionais contra a Colômbia, cuja forma final ninguém poderá predizer. A responsabilidade do que ocorra nesse campo recairá sobre os nove.
Os alcances anti-colombianos do absurdo auto inibitório são enormes. Chávez e Correa sonhavam em dar um golpe brutal em nosso país mas isso havia sido impossível até agora. A situação mudou. A Colômbia agora está exposta a qualquer aventura. A estratégia do cavalo de Tróia está dando resultados espetaculares.
Por uma combinação muito especial, que algum dia o país descobrirá, essa gente e as FARC obtiveram um formidável presente judicial. E, o pior: conseguiram isso ao mesmo tempo em que conseguiam a neutralidade do governo de Juan Manuel Santos. Este, que diz estar "respirando na nuca" de Alfonso Cano, recebeu a notícia do explosivo auto inibitório sem se impressionar. O novo golpe da CSJ contra a segurança e a estabilidade nacional não tira o sono de nenhum membro do governo atual. O qual mostra uma certa miopia, pois o estertor dessa decisão poderia chegar até o presidente Santos mesmo, que fez parte, como ministro da Defesa nessa época, da cadeia de comando da incursão no Equador.
Este episódio deixa outra impressão desagradável: que os nove operaram com critério político inspirados pela agenda de terceiros países, onde a justiça foi transformada em instrumento de perseguição política e de luta revolucionária.
O grupo que dirige a CSJ é o mesmo que violou a Constituição colombiana ao retirar de fato ao presidente Álvaro Uribe o poder de nomear o Fiscal Geral. Ante a impotência dos poderes públicos para bloquear essa grave deriva, a claque prossegue seu trabalho: desmontar, capítulo após capítulo nosso sistema político, pois este, parece, é um obstáculo à realização da justiça "social".
Com o triste episódio do auto inibitório o país constata, mais uma vez, que um organismo de justiça substituiu à justiça, e que esse organismo não eleito por ninguém exibe pretensões que vão além do que um colombiano pode tolerar: um governo na sombra que opera acima do governo visível, e que solapadamente leva o país à dependência de uma tirania estrangeira.
Esses esforços arteiros, se as maiorias colombianas não os desbaratarem mediante uma mobilização maciça e permanente de repúdio a tais engendros, acabarão em algo terrível: em uma ditadura castrista em nosso solo ou em uma guerra civil, pois a Colômbia não se deixará levar a essa catástrofe sem reagir e sem organizar sua resistência acorrendo a todos os meios possíveis.
Tradução: Graça Salgueiro
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