Mídia Sem Máscara
| 11 Maio 2011
Internacional - Estados Unidos
Os democratas-esquerdistas-liberais têm um "curioso" conceito do que é, ou não, ferir susceptibilidades: as dos ocidentais têm muito menos valor.
Na verdade, não constitui uma surpresa: o comportamento da actual administração norte-americana após o anúncio da morte de Osama Bin Laden tem-se caracterizado pela incompetência. As contradições, os desmentidos, as correcções sobre o que de facto aconteceu no Paquistão sucedem-se: estava ou não armado? Uma mulher serviu-lhe ou não de escudo? Quantas pessoas, e quais, estavam no refúgio? E, evidentemente, a recusa de Barack Obama em divulgar as imagens do cadáver e do seu "funeral" apenas contribuíram para criar mais uma categoria de teoria de conspiração. Como disse, e bem, Sean Hannity, já existiam os "truthers" e os "birthers", e agora há também os "deathers". Rush Limbaugh é quem, mais uma vez, deve ter razão: talvez Donald Trump consiga que Obama apresente as fotografias... Pelo que, e para citar (com alguma distorção...) Mark Twain, as «notícias» da reeleição do Sr. Hussein foram manifestamente exageradas.
E há uma hipótese que ganha cada vez mais consistência: a de que a operação que eliminou o líder da Al-Qaeda fez-se, não por causa de Obama, mas apesar dele: considere-se o tempo que ele demorou até tomar uma decisão... Entretanto, desautorizou Leon Panneta: o homem que vai trocar a CIA pela Secretaria de Defesa mostrara-se convicto de que pelo menos uma fotografia (de Bin Laden morto) seria divulgada... e não deixou de revelar que ocorreu uma quebra de quase meia hora durante a (e)missão... A milhares de quilómetros de distância, as precauções para evitar a criação de um "local de culto" não parecem ter sido bem sucedidas: muitos "peregrinos" têm acorrido a Abbottabad, e o Mar Arábico já é conhecido por alguns como o "Mar dos Mártires". Não que interesse muito o que desprezíveis muçulmanos radicais pensam e dizem... quer dizer, não interessa excepto à Casa Branca. Se ele não era um líder muçulmano, porquê fazer-lhe um funeral que, segundo algumas fontes, terá incluído maldições contra cristãos e judeus e um pedido de perdão e de entrada no "paraíso"?
Os democratas-esquerdistas-liberais têm um "curioso" conceito do que é, ou não, ferir susceptibilidades: as dos ocidentais têm muito menos valor. O que explica que Barack Obama, que não permite - por enquanto... - a publicação de fotografias post-mortem do maior terrorista deste século, autorizou a divulgação de fotografias de caixões com soldados norte-americanos, e quase autorizou - pelo menos chegou a haver essa intenção - a divulgação de (mais) fotografias dos abusos cometidos em Abu Ghraib. Por outras palavras, as fotografias de Bin Laden estão a ser tratadas ao mesmo nível das caricaturas de Maomé: há quem tenha medo do que pode acontecer se elas forem conhecidas... Compreende-se, portanto, a posição de Glenn Beck, que considerou a recente visita do Nº 44 a Nova Iorque e ao Ground Zero como uma "falta de vergonha": há que não esquecer que, no ano passado, o presidente defendeu a construção de uma mesquita naquele local.
É precisamente essa lamentável atitude de Barack Obama que explica, ou no mínimo ilustra, o acumular de casos nos EUA de uma (crescente?) submissão aos ditames islâmicos. Exemplos? Alunos em Mansfield que poderão ser obrigados a ter aulas de língua e cultura árabes; militares femininas que são "encorajadas" a envergar lenços de cabeça no Afeganistão; Terry Jones (sim, o que queimou o Corão) proibido de protestar em Dearborn; bandeira "escondida" em Guantanamo para que os prisioneiros (muçulmanos) não a vejam. É por isto e muito mais que seria talvez "conveniente" seguir as "instruções" de Andrew Klavan sobre "como comportar-se durante um massacre islâmico". É que Osama Bin Laden pode ter desaparecido... mas a intolerância e a violência islâmicas não.
Octávio dos Santos, português, é jornalista e edita o blog Obamatório.
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