Terça-feira, 22 de Abril de 2008
Jobim enrolado. E não é com sucuri.
Coturno Noturno
O blog do Políbio Braga, um conceituado jornalista gaúcho que já comprou brigas graúdas com os petralhas e adjacentes, está publicando uma nota em que informa que o ministro da Defesa, Nelson Jobim, como relator, participou de fraude cometida na Constituição de 1988:
Não dá para compreender por que razão a totalidade da mídia gaúcha ignorou o seminário que a Ajuris promoveu nesta sexta-feira para discutir o trabalho de Adriano Benayonb e Pedro Antonio Dourado de Rezende, intitulado “Anatomia de uma fraude à Constituição”. Pois os dois estudiosos produziram um alentado trabalho de 28 laudas, baseado em pesquisas profundas efetuadas sobre a totalidade dos anais da Constituinte de 1988, concluindo que o atual ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o então deputado federal do PTB, Gastone Righi, fraudaram a Constituição. Na qualidade de relator de verdade (o relator formal foi Bernardo Cabral), Nelson Jobim introduziu dispositivo que não foi aprovado pelos constituintes, modificando o artigo 166, parágrafo 3º, Inciso II, alínea B, que trata do serviço (pagamento) da dívida externa, o que causou prejuízos estimados em R$ 55 bilhões ao País, apenas em 1989. O artigo beneficiou os credores (bancos) internacionais da dívida externa. Houve dolo. O dolo é inerente ao crime de estelionado. E foi o que ocorreu. O que é assombroso não é apenas a comprovação cientítica do estelionado, mas a omissão de todas as lideranças das principais instituições brasileiras, que jamais tentaram corrigir a fraude. Nelson Jobim, convidado a vir a Porto Alegre para participar do debate promovido pela Ajuris, avisou que não iria discutir o assunto. Há desconfiança (não é certeza) de que também o artigo 2º e o artigo 59 foram inscritos sem aprovação na Constituição de 1988.
Aqui o artigo científico que fundamenta a gravíssima denúncia, que não é nova, mas que é esclarecedora pelo rigor da pesquisa realizada.
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