domingo, 20 de abril de 2008

Polêmica nas “anistias”

Sábado, Abril 19, 2008

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Polêmica nas “anistias”

Familiares do operário Manoel Fiel Filho, preso e morto em São Paulo no DOI-Codi do II Exército em janeiro de 1976, consideram um "absurdo" os valores milionários das pensões e indenizações pagas por meio da Lei de Anistia a quem não faz "nada na vida".

A viúva Thereza de Lourdes Martins Fiel, de 74 anos, reclamou dos injustos valores pagos a jornalistas como Ziraldo e Jaguar:

É muito dinheiro! Milhões! Só se fala em milhões. Além do roubo que se tem de milhões (corrupção no país), ainda tem esses caras que recebem milhões sem fazer nada na vida. Acho um absurdo! Matam um operário e recebo mixaria”.

Pequena diferença

A viúva recebeu indenização em parcela única de R$ 100 mil, em 1977, da Comissão de Mortos e Desaparecidos, vinculada à Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) do governo federal, cujos pagamentos têm como base a lei 9.140/95.

Thereza recebe apenas uma pensão de cerca de R$ 500 do INSS por ser viúva de um trabalhador, como é direito de todo brasileiro.

Ziraldo, mesmo com pensão de R$ 1.200 do INSS, receberá indenização de mais de R$ 1 milhão e pensão mensal vitalícia de mais de R$ 4 mil.

A Comissão de Anistia, também vinculada à SEDH, indeniza a partir de critérios fixados em outra lei (10.559/02).

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