terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Julgamento do ano

Terça-feira, Dezembro 09, 2008

Rapidinhas Políticas

Alerta Total

Por Jorge Serrão

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma amanhã o julgamento sobre a reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.

Os 11 ministros vão discutir se índios aculturados precisam de reservas para caçar e praticar a agricultura como se fossem nômades.

A decisão abrirá discussão constitucional sobre os conceitos que a Funai usa para fazer as demarcações de terras indígenas.

Índios teleguiados

O governador de Roraima, José de Anchieta Júnior, denunciou ontem que os índios favoráveis à demarcação em faixa contínua da reserva Raposa do Sol são manipulados em favor de interesses internacionais.

O índio não é ator principal nem coadjuvante desse processo, mas um elemento usado para atender interesses internacionais escusos. No estado, hoje o clima é tenso. Seja qual for o resultado, deve ter conflito. O nível de acirramento está muito grande”.

O presidente do STF, ministro Gilmar Mendes, que julga o caso na quarta-feira, não acredita na ocorrência de conflitos na terra indígena, que está sob patrulhamento de agentes da Polícia Federal e da Força Nacional de Segurança.

Tarso vidente

O ministro da Justiça, Tarso Genro, acredita que o Supremo irá se posicionar favoravelmente à demarcação contínua.

Tarso avisou que o governo está preparado para cumprir a lei.

Seja qual for a decisão, nós vamos cumpri-la e conosco não vai ter nenhum tipo de conflito”.

Contrário à demarcação, Paulo César Quartiero, arrozeiro e prefeito de Pacaraima, ameaçou receber “à bala” índios que invadirem sua fazenda.

O rolo

O julgamento é sobre o destino de uma área, de 1,67 milhão de hectares, registrada em cartório como de propriedade da União, onde residem 19 mil habitantes.

Em 1998, Fernando Henrique declarou o local como de posse permanente indígena.

Em 2005, Lula da Silva assinou decreto homologando a demarcação das terras de forma contínua.

Em abril deste ano, a PF começou a retirada de não-índios, mas o STF determinou a suspensão da operação, até que a demarcação fosse julgada pelo tribunal.

Brechas perigosas?

O presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Márcio Meira, avalia que qualquer decisão contrária à demarcação contínua poderá abrir "brechas perigosas" em relação às demais áreas indígenas do País.

"Isso, sim (a demarcação contínua), garantirá que todas as terras indígenas sejam preservadas e tenham garantidos seus direitos. Se realmente houver uma brecha, a preocupação é grande porque isso poderia abrir, perigosamente, questionamentos para outras terras indígenas já conquistadas, já demarcadas”.

O ministro Gilmar Mendes analisa que, possivelmente, o julgamento não vai tratar apenas do caso concreto, mas deve dar diretrizes seguras para a demarcação de novas terras.

Farsa Indígena

Além do raríssimo livro “Corografia do Estado do Amazonas”, produzido em 1926, pela Tipografia Palácio Real, em Manaus, existe uma outra publicação que derruba o mito dos índios Ianomâmi.

Está escrito no livro “Farsa Ianomâmi, escrito pelo General-de-Divisão Carlos de Meira Mattos, BIBLIEX COOPERATIVA (ISBN: 8570112033), publicado em 1996:

"A questão Ianomami, como é apresentada pelos interesses alienígenas, clama contra a lógica e o bom senso. Como reivindicar o controle político de um território brasileiro da extensão de 94.191 Km2 (semelhante a área de Santa Catarina e 3 vezes a superfície da Bélgica), para uma tribo que o habita, de uns 5.000 índios, no máximo, e que vive até hoje no mais baixo estágio de ignorância e primitivismo? Estes próprios índios ignoram as reivindicações que são feitas em seu nome, por organizações internacionais mascaradas com intenções científicas (ecologia, ambientalismo, antropologia) e que fazem uma pressão crescente no sentido de entregar a soberania dessa área aos seus habitantes."

Alerta Total de Jorge Serrão

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