sexta-feira, 24 de abril de 2009

Sem-Terra: um movimento subversivo

Mídia Sem Máscara

“Meus pais só queriam um pedaço de terra. Agora queremos mudar a sociedade, mesmo que não seja pela via institucional”.

Algumas manchetes de jornais, segundo o site “Paz no Campo”:

- MST: 2milhões de militantes e 1.800 escolas

- 200.000 crianças no Brasil aprendem no livro vermelho de Mao

- País terá graduação para assentados

- Graduação na USP só para aluno assentado

- MST forma professores e prega luta

- Projeto (para professores da roça) é inspirado em graduação para sem-terra.

Ainda segundo “Paz no Campo”, estão matriculados 160 mil sem-terrinhas nas 1.800 escolas públicas dos assentamentos e acampamentos. São escolas reconhecidas pelo MEC e mantidas com recursos que vêm do governo.

Existem cursos exclusivos em cerca de 20 universidades para formação de sem-terra, por convênio. Esses cursos em sua maioria são pagos pelo Incra. Para se candidatar ao curso é preciso ser assentado, não ter formação superior e trabalhar como educador em escolas.

Uma universidade própria, a Florestan Fernandes, inaugurada em janeiro de 2005, em novembro do mesmo ano formava 60 alunos em cursos de especialização, com a presença do Secretário-Geral da Presidência, ministro Luiz Dulci. Bem destacada, no centro de cada diploma estava a frase: “Contra a intolerância dos ricos, a intransigência dos pobres. Não se deixe cooptar. Não se deixe esmagar. Lutar sempre”.

Existe ainda o projeto de uma escola sul-americana de agroecologia, cujo protocolo de intenções para sua implantação no Estado do Paraná foi assinado elos governos do Brasil, Venezuela, Paraná e a Via Campesina.

Acaba de ser noticiado de que, pela primeira vez no país, teremos estudantes saindo da universidade com o diploma de professor rural. O Ministério da Educação fechou convênio com cinco universidades para a formação desses cursos. Segundo o MEC, esses cursos são inspirados nos cursos de graduação para os Sem-Terra. Há três anos existem esses cursos na UFNG. Na aula inaugural de 2005, discursou Armando Vieira, líder do MST em Minas Gerais. Vejam o que ele pregou: “As Universidades são latifúndio, e nossa presença aqui é uma ocupação!”. É, como se vê, pura luta de classes e subversão. Agora, é fácil imaginar a doutrinação que será feita quando os professores forem formados para as 96 mil escolas rurais, freqüentas por 6 milhões de alunos.

A revista Época, em uma reportagem que ficou famosa, intitulada “Eles querem a revolução”, escreveu:

“Há 20 anos eles eram crianças colocadas pelos pais à frente das invasões, para constranger a polícia e suas baionetas. Hoje eles são o comando as ocupações, marchas e saques pelo Brasil afora. A nova geração do MTS, a primeira nascida nos acampamentos e formada nas escolas da organização, chegou ao poder”.

Eis o que pregam alguns desses alunos:

“Quando boa parte do povo estiver pronta para pegar na enxada, a gente faz uma revolução socialista no Brasil”;

“Meus pais só queriam um pedaço de terra. Agora queremos mudar a sociedade, mesmo que não seja pela via institucional”;

“A gente precisa ir para a luta, acampar e viver o desconforto para destruir o capitalismo que vive dentro de nós”;

“Quando 169 milhões de pessoas no país quiserem o socialismo, não vai ter jeito. Nem que seja pela força”;

“Queremos a socialização dos meios de produção. Vamos adaptar as experiências cubana e soviética no país”.

Essa é das piores e mais perigosas espadas que estão sob a cabeça do produtor rural.

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