Mídia Sem Máscara
| 19 Agosto 2009
Internacional - América Latina
É falsa a afirmação de que a presença norte-americana põe em perigo a segurança nacional da Venezuela, do Equador e do Brasil. A ajuda militar dos Estados Unidos não só à Colômbia mas à América Latina, acumula mais de 50 anos seguidos. Nunca, durante esse período, os gringos promoveram ou facilitaram a agressão de um país a outro, como fizeram Cuba e a União Soviética mediante o patrocínio a guerrilhas comunistas no continente.
O altissonante escândalo desencadeado por Hugo Chávez, com ameaças de ventos de guerra, supressão de relações diplomáticas, palhaçadas de Correa e manifesta hipocrisia dos camaradas Lula e Kirchner, somados à grosseira resposta do indígena cocalero boliviano devido ao convênio entre os governos da Colômbia e Estados Unidos para permitir a presença de militares norte-americanos em sete quartéis colombianos, ratifica e deixa muito claros vários pontos:
1. O Foro de São Paulo, dirigido por Lula da Silva e a ditadura cubana, tem a Colômbia na mira, o mais apetitoso dos objetivos do comunismo no hemisfério. Mais uma vez se corroboram os graves conteúdos dos computadores de Raúl Reyes e o sinistro complô contra a Colômbia, orquestrado pelos governos afins ao Socialismo do Século XXI, em sórdida convivência com as FARC.
2. A Lula, Chávez, Correa, Teodora e os demais conspiradores contra a liberdade e os valores democráticos colombianos, o que mais lhes interessa é que, ou o governo colombiano ou alguma instância internacional negue a veracidade dos computadores de Reyes.
Todos estes delinqüentes de colarinho branco são conscientes de que, cedo ou tarde, quando já não ocuparem cargos públicos em seus países e não tenham imunidade oficial, vão terminar imersos em complexas investigações penais frente à Corte Penal Internacional ou alguma Corte Federal dos Estados Unidos, com acusações graves por auspiciar o terrorismo e grupos delitivos que comercializam cocaína com os países do primeiro mundo. Todos eles sabem que podem ter a mesma sorte que o piña [1] Noriega.
3. É falsa a afirmação de que a presença norte-americana põe em perigo a segurança nacional da Venezuela, do Equador e do Brasil. A ajuda militar dos Estados Unidos não só à Colômbia mas à América Latina, acumula mais de 50 anos seguidos. Nunca, durante esse período, os gringos promoveram ou facilitaram a agressão de um país a outro, como fizeram Cuba e a União Soviética mediante o patrocínio a guerrilhas comunistas no continente.
4. O que na realidade preocupa a Lula, Chávez e Correa é que, com o concurso de elementos de tecnologia militar sofisticada de última geração, os satélites e equipamentos de inteligência militar norte-americana localizem as guaridas que os cabeças das FARC têm, com o conhecimento cúmplice dos governantes do Equador, Venezuela e Brasil dentro de seus territórios. Ou que possam bloquear as rotas do narcotráfico das FARC.
A prova disso é que diante de um auditório, recém morto Raúl Reyes, Piedad Córdoba, que em muitas de suas atuações públicas atua como se fosse uma moleca de recados de Alfonso Cano, vociferou que as FARC têm acampamentos nesses países há tempo.
E em recente entrevista com Cano, a revista Cambio publicou que o chefe terrorista reconhece ter relações com governantes de vários países. É branco, a galinha o põe, se come frito e se conhece como ovo...
5. A patrioteira dignidade de vitrine e as consuetudinárias palhaçadas de Rafael Correa, não só reafirmam sua condição de peão de Hugo Chávez como sua cumplicidade descarada com as FARC. Em que pese Raúl Reyes ter morrido em seu território, ainda vivem no Equador os cabeças do Bloco Sul das FARC e Correa não fez o menor esforço para tirá-los dali. Pelo contrário, com a anuência dos comunistas de Alianza País e a inexplicável cumplicidade dos militares desse país, os protege e consegue-lhes asilo político, mudança de identidade e possibilidades de continuar delinqüindo.
Fiel reflexo de sua condição de filho de narcotraficante condenado nos Estados Unidos e eleito para presidente do Equador com dinheiro do narcotráfico proporcionado por seus cúmplices das FARC, Correa instigou a Colômbia para que suspendesse as fumigações contra os cultivos de coca na fronteira e até a demandou em uma corte internacional por supostos danos ao eco-sistema. Não existe tal coisa. O que na realidade preocupa Rafael Correa é que as FARC tenham recursos suficientes, derivados do tráfico de coca, para financiar a guerra contra a Colômbia. Além disso, que lhes endivida o favor que financiaram parte de sua campanha presidencial.
Do mesmo modo acontece com o conto chinês de que Rafael Correa está muito sentido pela "agressão" da Colômbia contra o território equatoriano. O que na realidade lhe dói é que seu camarada Raúl Reyes morreu dentro de seu país, em que pese tê-lo protegido para que dali conspirasse contra a estabilidade institucional colombiana, e - lógico! - lhe dói mais que o presidente Uribe não tivesse avisado da operação para que ele (Correa) pudesse advertir Reyes de que se fosse dali. O resto é atuação teatral de Correa e seus cúmplices.
6. O boquirroto mandatário equatoriano invoca a dignidade em muitas de suas diatribes afrontosas contra a Colômbia e o presidente Uribe, mas na realidade isso é o que ele menos tem. Correa pode ser digno, mas de estar em um cárcere por ser cúmplice das FARC. Tampouco é um patriota. É um traidor de sua própria pátria.
Se fosse digno e patriota, Rafael Correa nem seria um peão de Hugo Chávez, nem procederia como um sujeito sem eira nem beira saído de um lupanar, com frases e atitudes mais próprias de um bandoleiro de bairro de periferia, do que da altura de um senhor presidente de uma República. Tampouco permitiria que o Equador, um dos países mais belos e ricos em biodiversidade do planeta, se convertesse no quintal de um ditador decrépito e terrorista como Fidel Castro, nem que sua equipe de governo e seus mamertizados planos de administração o convertessem no peão mais submisso que o grotesco presidente venezuelano Hugo Chávez tem em todo o hemisfério.
E se Correa fosse um homem medianamente inteligente, não pertenceria à linha de dinossauros políticos latino-americanos que ficaram agarrados no lodo do arcaico marxismo-leninismo e que, apesar de ver a tragédia que vive o oprimido povo cubano depois de 50 longos anos de ditadura criminosa, insiste em pôr o mesmo sistema de desgoverno no Equador.
E se Correa fosse um estadista formado na visão do século XXI e na aldeia global, nem lhe ocorreria manifestar admiração pública por um assassino desapiedado, cínico, sanguinário como Che Guevara. Ou em converter o Equador no atual refúgio de terroristas iranianos e narcotraficantes das FARC.
7. Também fica claro que os militares e as cortes jurisdicionais do Equador, Brasil e Venezuela, ou se converteram em funcionários de algibeira ou são mais descarados do que Rafael Correa, pois desde suas cômodos posições de burocratas com informação de primeira mão, não fazem nada para evitar que suas nações sigam o acelerado caminho para o abismo comunista similar a Cuba.
Esquecem, tanto os militares como os magistrados brasileiros, venezuelanos e equatorianos, primeiro que eles juraram perante Deus e suas pátrias defender a Constituição e as leis de seus respectivos países. E segundo, que os cargos que ostentam são pagos com o dinheiro arrecadado dos impostos que contribuem os mesmos cidadãos aos quais, em lugar de proteger, estão permitindo que ditadorezinhos tropicais conduzam para o abismo.
É muito curioso que os militares e os magistrados equatorianos não dêem um prazo a Rafael Correa para que rompa todo o nexo com as FARC, entregue todos os terroristas que protege em seu território à Colômbia e o mais essencial: que se dedique a governar o Equador, pois para isso o elegeram e por isso é que lhe pagam um elevado salário. Correa não foi eleito pelos equatorianos, nem as instituições o protegem em seu cargo para que agrida o presidente Uribe, e por extensão, a Colômbia, cada vez que lhe dá vontade, nem muito menos para que legitime as FARC.
Do mesmo modo ocorre com os militares e juristas brasileiros e venezuelanos. Está na hora destas instituições sérias e comprometidas com o bem-estar de seus respectivos povos, submeterem seus governantes a uma conduta que consideram séria, pois com o conto do Socialismo do Século XXI e o suposto distanciamento do chamado "império do norte", em vez de governar seus países para tirá-los do atoleiro ao qual eles também contribuíram a levar, se dedicaram a legitimar o terrorismo comunista no continente e a conspirar contra a Colômbia.
8. O fato de que Álvaro Uribe supere como estadista, como dirigente político, como ser humano, como cavalheiro, como diplomata e como governante culto e decente, aos briguentos da Bolívia, Equador, Nicarágua, Venezuela e aos dissimulados do Brasil e Argentina, é outro ponto de quebra que desata mais iras e "ódio comunista de classe" dos conjurados contra a Colômbia e contra Uribe, a quem vêem como o grande obstáculo que os impede de concretizar o projeto totalitário ordenado desde Havana a todos os peões da ditadura cubana.
9. Segundo a lógica castro-chavista, permitir a presença militar norte-americana na Colômbia é um risco contra a segurança nacional da Venezuela, Equador e Brasil. Ao mesmo tempo, coonestar com as FARC, protegê-los, dar-lhes nova identidade, exilar terroristas, etc., não é atentar contra a segurança nacional da Colômbia. Segundo o chanceler brasileiro não é grave que as FARC tenham lança-foguetes entregues por Hugo Chávez; o grave para o projeto estratégico do Foro de São Paulo é que os Estados Unidos cheguem a descobrir os acampamentos das FARC que há no Brasil e as rotas da coca que operam desde território brasileiro, porque isso poria em risco a segurança nacional e a soberania do Brasil.
Do mesmo modo, para os comunistas do hemisfério a presença militar norte-americana na Colômbia é uma afronta para a soberania nacional. Ao mesmo tempo, que haja 10.000 terroristas cubanos dedicados a organizar os comitês de defesa da revolução e as milícias paralelas ao Exército venezuelano, é um gesto de dignidade e soberania. O mesmo acontece com os iranianos que estão chegando ao Equador, por ordem de Chávez.
E dentro dessa mesma lógica maquiavélica, é muito ruim para a "democracia" da região que Álvaro Uribe seja reeleito, porém é adequado e correto que Chávez se eternize na Venezuela, Correa tenha os mesmos planos e Lula continue à cabeça do complô contra a Colômbia e do Foro de São Paulo, é claro, como presidente vitalício do Brasil.
Estas e outras realidades são as que o presidente Uribe deve manejar a dedo, para enfrentar a famélica malta comunista que o espera em 28 de agosto em Bariloche, com a intenção de lhe aplicar a diplomacia agressiva ao estilo Nikita Krushev que, segundo Richard Nixon, iniciava qualquer conversação acusando seu interlocutor de ser o responsável por todas as desgraças da União Soviética e em seguida, para reafirmar o que disse, apunhalava com o dedo indicador os intercostais da pessoa a quem dirigia suas diatribes ao estilo chavista.
Porém, em contraste, ao pretender que Uribe se desnaturalize e pressioná-lo com estratagemas marxistas-leninistas, os conjurados conseguem o efeito contrário, pois 90% dos colombianos a pé quer reelegê-lo, menos os politiqueiros como Gaviria, Samper e demais irresponsáveis que levaram a Colômbia ao caos, e agora têm o cinismo de pretender que a Colômbia cometa o erro de reelegê-los.
* Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillmarin.co.nr
[1] Piña significa abacaxi, e o os assessores de Noriega o chamavam assim, pelas costas, por causa da pele de seu rosto muito marcada, provavelmente como seqüelas de espinhas.
Tradução: Graça Salgueiro
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