terça-feira, 25 de agosto de 2009

Unasul, Foro e FARC: projeto totalitário

Mídia Sem Máscara

A liberdade individual, pela qual tanto lutaram os revolucionários franceses, os libertadores hispano-americanos, os criadores da grande União Americana e os defensores dos direitos do homem, hoje se encontra na mira de extremistas políticos comunistas, religiosos fundamentalistas e inimigos naturais das garantias individuais do ser humano em qualquer sociedade frente ao governo que o reja.

Processos eleitorais como o de Mockus para a prefeitura de Bogotá, o de um cego em Cali e os de vários sacerdotes como burgomestres em diferentes cidades do país, demonstraram que os partidos políticos tradicionais vinham despencando devido a que chegaram ao nível máximo de incompetência para governar uma sociedade com outras visões e expectativas políticas e, além disso, ansiosa por tirar do caminho os caciques e os que durante vários lustros se imaginaram donos da Colômbia.

Assim surgiram terceiras forças políticas com estrondosos resultados. Por essa razão, a maioria dos colombianos elegeu, reelegeu e quer voltar a reeleger Uribe; desnaturalizou o partido conservador e deixou o partido liberal nas mãos da politicagem, do clientelismo e dos conchavos do estilo de López Michelsen, nas quais são experts César Gaviria, Ernesto Samper, Vargas Lleras, Pardo Rueda, etc.

Porém, essa realidade não é local. É regional. As vitórias eleitorais dos comunistas na Venezuela, Equador, Nicarágua, El Salvador, Honduras, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Argentina, refletem o cansaço desses povos frente à inaptidão acumulada dos que não foram capazes de melhorar o rumo da história local e hemisférica, com base nas bondades da democracia capitalista. Em resumo: foi pior o remédio do que a doença.

Por outro lado, após a queda do muro de Berlim, nem os Estados Unidos nem as direções políticas latino-americanas compreenderam que a reiterativa reticência castrista acerca da vigência do comunismo não se limitava a uma ameaça retórica, senão um plano concertado pelo Foro de São Paulo, pelas FARC e pelo governo venezuelano de Hugo Chávez.

A mal-chamada revolução bolivariana chavista, que iguala o Libertador com terroristas como Fidel Castro, Chávez, Correa ou Tirofijo, é um projeto enfocado no continente como parte integral do programa estratégico comunista, para escravizar toda a América Latina da mesma forma que a ditadura cubana depredou seu próprio povo.

Nessa ordem de idéias, a revolução bolivariana de Chávez não pode ser vista como um embuste de um linguarudo. Por trás da fogosa indecência de Chávez está a mão escura do ditador cubano Fidel Castro que o maneja como um marionete, lhe diz o que deve fazer, como deve se comportar, quando deve agredir, quando deve fingir entusiasmo, etc. Finalmente, Correa, Evo, Ortega e a Kirchner são marionetes de Chávez.

E detrás dessa figuração midiática há um projeto completo que pretende a extensão do castro-chavismo em toda a América Latina. Até em New York aparecem amiúde os membros do Polo Democrático, distribuindo pasquins e propaganda desqualificadora contra a Colômbia e favorável a imagem política das FARC. Tudo isso financiado pelo consulado venezuelano localizado na grande metrópole.

Nessa tônica, a guerra de Organizações Não-Governamentais contra a institucionalidade colombiana é apenas um componente da chamada guerra política integral, praticada pela doutrina marxista-leninista para debilitar o pavimento do Estado contra o qual combatem.

A ALBA, o Foro de São Paulo e a UNASUL são ONGs afins ao plano estratégico do comunismo internacional, urdido em Cuba, financiado pela Venezuela e evidenciado pelos governos da Nicarágua, Equador, Venezuela e coonestado pelos mandatários do Chile, Paraguai e Uruguai.

Finalmente, é sabido de velha data que dentro do seu projeto geoestratégico e geopolítico, o Brasil como colosso sul-americano busca saída ao Pacífico e tem algumas hipóteses para tal fim, porém que por desgraça o governo brasileiro caiu nas mãos de Lula da Silva, um amigo das FARC, que quer utilizar a mesma idéia geopolítica, porém a favor dos interesses da ditadura cubana sobre o continente, com a vista grossa das Forças Militares e dos industriais brasileiros que até a presente data têm respaldado a quem, com certeza, lhes puxa o tapete.

Tudo isto indica que há em curso um giro geopolítico no hemisfério. O Socialismo do Século XXI pretende tirar a preponderância dos Estados Unidos na região e projetar o Brasil, dominado pelo marxismo como o pólo de desenvolvimento econômico, político e industrial da região, a partir de um capitalismo de estado copiado do modelo chinês que conserva o governo vivo com idéias marxistas porém, com a firmeza capitalista de mercado estatal e exploração inumana da mão-de-obra.

As realidades anteriores implicam:

1. As trapaças e esperneios guerreiristas de Chávez, com constantes ameaças de guerra contra a Colômbia, com qualquer desculpa, só pretendem legitimar e defender seus sócios das FARC, incluídos no Plano de Guerra Guaicapuro, como um apoio estratégico definitivo na consolidação regional do comunismo;

2. Não há nenhuma boa-vontade mediadora de Lula da Silva, nem nenhum desejo genuíno de sua parte para que haja paz na Colômbia. Ele e Fidel Castro são os cérebros da conspiração contra a Colômbia e o continente. Para todos os comunistas a única paz válida é quando eles governam. O contrário é luta de classes e guerra do proletariado contra a oligarquia;

3. O bosque não deixa ver as árvores. Por desinformação ou por estupidez, muitos desinformados continuam sem entender a crua realidade do sinistro projeto que os conspiradores contra a Colômbia tecem, que em essência estão conjurados contra a liberdade das nações latino-americanas;

4. Chávez e seus amigos desejam desatar uma guerra regional que tenha implicações intercontinentais, tendentes a destruir o odiado "império norte-americano", potencializar os muçulmanos, reviver o anquilosado comunismo e concretizar uma nova ordem mundial que, naturalmente, tem adeptos em todas as vertentes anti-yankees do planeta.

Em síntese: há um processo geopolítico em ebulição. E a liberdade individual, pela qual tanto lutaram os revolucionários franceses, os libertadores hispano-americanos, os criadores da grande União Americana e os defensores dos direitos do homem, hoje se encontra na mira de extremistas políticos comunistas, religiosos fundamentalistas e inimigos naturais das garantias individuais do ser humano em qualquer sociedade frente ao governo que o reja.


*Analista de assuntos estratégicos - www.luisvillamarin.co.nr

Tradução: Graça Salgueiro

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