Mídia Sem Máscara
Graça Salgueiro | 20 Abril 2011
Notícias Faltantes - Comunismo
Carter não foi à Cuba advogar pelas liberdades individuais daqueles cidadãos-escravos mas para acertar como seria o "lobby" que fará junto ao Obaminável (apud Heitor De Paola) para libertar os cinco espiões castristas sentenciados e presos nos Estados Unidos.
Eu havia prometido a mim mesma, depois de ser insultada de todas as formas mais grosseiras e descabidas possíveis, que não voltaria a falar da "bloguera cariñosa Yoani Sánchez" (apud meu amigo Heitor De Paola). Entretanto, fatos recentes me obrigam a fazê-lo, não para tentar convencer alguém do que afirmei - e reitero - tempos atrás, senão para que fique registrado para o futuro, quando finalmente os cegos voltarem a enxergar. Aprendi que, quando se faz uma análise de inteligência a primeira regra é: "não acredite no que é oficialmente mostrado; procure o que está oculto". E quem me ensinou isto foi o ex-agente do antigo KGB, Viktor Suvorov, um mestre do serviço de inteligência soviético.
Em fins de março passado o ex-presidente Jimmy Carter esteve de visita em Havana a convite dos ditadores Castro. Em princípio especulou-se que ele iria advogar pela libertação do judeu-americano Alan Gross, funcionário da USAID que está preso na ilha-cárcere condenado a 15 anos de prisão, por ter fornecido equipamentos eletrônicos à dissidência mas os objetivos eram bem outros. No vídeo abaixo pode-se ver a visita que Carter fez ao Centro Comunitário Judeu em Cuba, onde uma senhora confirma que sua visita "não teve NADA a ver com a libertação de Gross".
A visita vergonhosa do ex-presidente Carter a Cuba
Pois bem, neste vídeo aparece o cardeal Jaime Ortega bajulando Carter e ouve-se a voz do "dissidente" (que nunca sofreu o mais mínimo arranhão por sua "oposição" ao regime) Osvaldo Payá, onde ele diz que "Carter é uma pessoa que nos inspira confiança e de quem sempre se pode esperar algo bom". Foi informado também que Carter iria falar com os dissidentes mas, por tudo que vi, os verdadeiros dissidentes não constavam no rol de agraciados, o que confirma minhas suspeitas de que, no mínimo, esta dissidência que aparece e tem plena liberdade de expressão é uma "oposição consentida", aquela que existe para fazer propaganda de que "há uma abertura" no governo de Raúl Castro. E dentre estes "opositores", a rainha da farsa é doña Yoani. Vejam o que ela escreveu a respeito da tal visita. No início do texto ela comentava que quando era criança gritava palavras de ordem contra os presidentes americanos, especificamente Carter, e que décadas depois, lá estava ela, apertando a mão do seu outrora inimigo. Traduzi as partes mais importantes da nota, literalmente:
"E três décadas depois estou aqui, em Havana, conversando com ele e junto a outros rostos conhecidos de nossa insipiente sociedade civil. Pouco me pareço agora àquela pioneirinha afundada na histeria dos slogans políticos e este homem com quem falo não se encaixa no papel do governante que foi alvo de meus insultos. Agora ele é um mediador, um homem que não parece interessado em apagar Cuba do mapa, como uma vez me asseguraram na escola primária. Assim que a menina que devia ser o "homem novo" e o ex-comandante das forças armadas dos Estados Unidos se encontraram em um momento de suas vidas em que nenhum dos dois tem a mesma posição de antanho, em que o caminho de ambos tomou a direção do diálogo, embora um dia tivéssemos podido nos matar, enfrentados em algum campo de batalha".
Vejo-o falar e me pergunto se ele saberá que a mim me formaram para odiá-lo. Ele estará a par de que foi o mal de meus contos infantis, o rosto das grotescas caricaturas dos jornais oficiais, o homem a quem a propaganda governamental culpava de todos os nossos males? Claro que sabe e mesmo assim me estende sua mão, me dirige a palavra, me faz uma pergunta. Mesmo assim, o que foi "o inimigo" me oferece suas frases amáveis".
Bem, como se pôde ver (ou ler), la bloguera cariñosa mostrou todo o seu carinho e admiração por aquele a quem antes a ditadura apresentava como um monstro e hoje, estes mesmos velhos degenerados, sabedores de que têm em Carter um aliado a seus planos, o recebem com pompa e circunstância e "permitem" que seus melhores "opositores", os companheiros de viagem, aqueles que não lhe causam absolutamente nenhum dano, participem do banquete macabro.
Carter não foi à Cuba advogar pelas liberdades individuais daqueles cidadãos-escravos mas para acertar como seria o "lobby" que fará junto ao Obaminável (apud Heitor De Paola) para libertar os cinco espiões castristas sentenciados e presos nos Estados Unidos. Alan Gross, seu compatriota que não cometeu crime nenhum e foi condenado a 15 anos de prisão que se dane! E dona Yoani apoiando tudo isso, em sua visão tacanha em torno da "blogsfera" da qual ela não sofre nenhuma restrição, como se a pequena ilha - e o mundo - girasse em torno do seu umbigo. No excelente artigo "Jimmy Carter faz 'lobby' pelos espiões cubanos", Mary Anastasia O'Grady disserta com precisão o que este comunista foi fazer na Ilha. E nos dois vídeos abaixo (ambos bem curtinhos), as duas múmias assassinas, Fidel e Raúl, confirmam suas impressões acerca da visita deste "ilustre" visitante.
Reflexões de Fidel sobre o encontro com Carter
Finalizada segunda visita de Carter a Cuba
É importante lembrar, também, que este velhaco tem oferecido apoio a tudo quanto é comunista do nosso continente, tendo participado como "observador" nas incontáveis eleições fraudulentas na Venezuela e demais neo-ditaduras, SEMPRE respaldando as fraudes, mentiras e crimes mais grosseiros como se fosse alguma autoridade que merecesse respeito. Sua máscara agora caiu com esta palhaçada em Cuba, tanto quanto a máscara da "coitadinha-blogueira-dissidente-perseguida-pela-ditadura" que, para completar o circo, foi agraciada com um troféu pelo "Fórum da Liberdade" que ocorreu nos dias 11 e 12 passados em Porto Alegre. O prêmio foi entregue pessoalmente em sua casa, em Havana, por um grupo de cinco "liberais", quando aproveitou para gravar uma entrevista que foi apresentada durante o evento.
E para que vocês saibam o que ocorre com a verdadeira dissidência na ilha, da qual esta impostora nunca fez parte, leiam aqui o que ocorreu com um grupo de opositores que distribuíam nas ruas a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Ou aqui, com um opositor que participava das homenagens ao aniversário de morte de Orlando Zapata Tamayo. Ou ainda aqui, onde o preso político Andrés Frómeta Cuenca cumpriu 19 anos na prisão de Guantánamo (a cubana, da qual o mundo inteiro finge que não existe!), condenado a 46 anos de reclusão pelos delitos de desacato, saída ilegal do país e tentativa de evasão.
Destas pessoas ninguém se lembra ou oferece prêmios, mas Armando Valladares, que passou 22 anos nas masmorras castristas por se negar a abjurar do cristianismo, conhece muito bem quem é Jimmy Carter e descreve, com uma clareza meridiana, qual o papel que ele desempenha atualmente no cenário mundial e especificamente em sua visita a Cuba. Leiam o artigo abaixo, e compreendam qual o papel que dona Yoani representa neste cenário todo. E um dia, mesmo que eu não exista mais, a verdade sobre esta impostora vai aparecer. Fiquem com Deus e até a próxima!
Jimmy Carter: agente de influência do castrismo
Armando Valladares
A DGI cubana (serviço de inteligência dos comunistas) tem diferentes classificações para os que colaboram ou simpatizam com a Revolução Cubana fora de Cuba. Estão os agentes ativos, os agentes adormecidos ou plantados, prontos para "despertar" quando os comunistas requeiram seus serviços e entre outros mais, estão os chamados agentes de influência.
Sobre estes quero centrar minhas observações. Os agentes de influência devem ser intelectuais, professores universitários, jornalistas, políticos, artistas, etc., pessoas que tenham a possibilidade de chegar à opinião pública através do rádio, TV ou da imprensa escrita ou qualquer outro meio.
O agente de influência é aquele que defende os interesses da tirania castrista, que serve como caixa de ressonância da propaganda oficial, que repete as palavras de ordem do regime quase sempre desde uma cobertura democrática, amante da liberdade, respeitável, com nome, condições estas que tornam mais efetivo o trabalho do agente de influência.
Os agentes de influência não cobram por seus serviços à Revolução. São muitas as motivações que inspiram essa decisão de colaborar com os comunistas: frustrações políticas que compensam "passando a fatura" para a sociedade norte-americana (o caso de McGovern), frustrações pessoais, simpatias pela revolução, enfim, são muitas as razões.
Como não cobram, o regime cubano tem atenções com eles. Podem visitar Cuba sem problemas, convidam-nos para congressos, publicam seus artigos no Granma e Juventud Rebelde e, como incomensurável e sublime orgasmo, permitem aos poucos eleitos saudar o tirano octogenário.
Os que no exterior defendem esses interesses supremos da revolução cubana, tais como o levantamento do embargo econômico, que pedem para tirar Cuba da lista de países terroristas, que libertem os cinco espiões e criminosos cubanos que cumprem prisão nos Estados Unidos, que se eliminem as restrições de viagens aos norte-americanos, os que estabelecem isso são, absolutamente, sem dúvida alguma, o que a DGI cubana chama de AGENTES DE INFLUÊNCIA. Eles não têm um carnet nem pediram de maneira oficial para trabalhar para a revolução; eles mesmo se classificam pelo trabalho que realizam. O agente de influência brota espontaneamente.
Por isso quero dizer que o ex-presidente dos Estados Unidos, Jimmy Carter, é um desses agentes de influência do governo comunista de Cuba.
Um dia, quando Cuba voltar a ser um país democrático, cuidaremos de fazer um grande parque com um muro onde aparecerão os nomes de todos os políticos, intelectuais, artistas, etc., traidores da liberdade de Cuba. De todos os que apoiaram as torturas e os crimes dos Castro, de todos os que serviram à tirania com seu silêncio cúmplice e sua insensibilidade. Será o "muro da infâmia" e ali estará o nome de Jimmy Carter, entre outros milhares.
Comentários e tradução: Graça Salgueiro
Nenhum comentário:
Postar um comentário