quinta-feira, 21 de abril de 2011
Alerta Total
Por Jorge Serrão
É altíssimo o custo de se sobreviver em um País ignorante – subjugado por ideias fora do lugar e conceitos propositalmente equivocados, deslocados da realidade e da verdade. É caríssimo o preço histórico pago por uma sociedade que não tem condições de controlar o poder abusivo do Estado, porque tal Estado foi “inventado” por outro Estado com espírito explorador, colonialista, e não pela resultante das forças sociais.
Eis dois motivos que ajudam o Brasil a ser o perfeito quintal do mundo globalitário. A cada dia nos tornamos uma nação sem sentido nacional. O palco perfeito para o teatrinho globalista é um terreno rico e fértil para as diversas formas de exploração. Estamos nos consolidando como uma colônia comandada por agentes convenientes do esquema que serve à Oligarquia Financeira Transnacional. Tudo com o beneplácito de uma sociedade cada vez mais imbecilizada.
Somos facilmente midiotizados por uma imprensa repleta de sujeitos com dificuldade pensante. Tanto que acreditamos até na lenda da Ararinha Azul. Até a recente dramaturgia cinematográfica nos brindou com um engraçado desenho animado que cria mais um rótulo para os brazileiros. Somos o espaço para a grande copulação universal. Não é à toa o sucesso do “Rio”. Por ironia, um filme para criança sobre turismo sexual. A ararinha vem pra cá para formar um casal...
Amanhã é dia do achamento oficial do Brasil. A data que os portugueses escolheram para revelar ao mundo que a terra daqui era deles. Foi! Mas nunca deixou de ser colônia. O imaginário inventou até um herói nacional, o Tiradentes na terra dos desdentados, para simbolizar uma luta pela liberdade que nossa ignorância patriótica ajuda a desprezar. O espírito do tal inconfidente, que brigou contra a usura e os impostos da Metrópole, deve morrer de rir de um País enforcado pelos juros mais altos do mundo.
Quem não tem motivo para gargalhada são os patriotas. Ou aqueles que acreditam que tal sentimento existe e resiste por aqui. O discurso do Comandante do Exército, na comemoração do 363º aniversário da 1ª Batalha dos Guararapes, foi o sepultamento do patriotismo que parecia ainda existir no Exército – a força que deveria ser a guardiã de tal sentimento consciente de amor à Pátria. O General Enzo Peri fez a mais deprimente defesa do globalitarismo na Ordem do Dia feita para agradar a Presidente e Chefona-em-Comando das FFAA, Dilma Rousseff.
Foi patético ler e ouvir o General Peri pregar que é preciso que o Exército deixe para trás o sonho de ser uma grande potência. Vários oficiais da ativa e da reserva, que ainda têm um mínimo de consciência patriótica, sentiram nojo de escutar que temos de “de cruzar a ponte que nos separou do futuro, deixando para trás, de forma definitiva e irreversível, o sonho de ser potência emergente para linhar-se entre os principais atores globais, credor de respeito internacional, possuidor de voz ativa em foros mundiais e detentor de responsabilidades que ultrapassam nossas fronteiras”.
O leitor de codinome Sicário, aqui no espaço de comentários do Alerta Total, fuzilou o discurso do General: “O salto para o futuro, a transformação não só do Exército mas das três forças armadas começou quando ´homens´ como Peri, se enamoraram de uma Ceci, passearam no carro de combate Guarani e resolveram se dobrar e fazer a vontade de um grupelho golpista. Esse aí é a caricatura do general que o Casseta e Planeta retratou no filme ´A taça do mundo é nossa´ ou então aquele que foi cantado pela Legião Urbana na música "Faroeste Caboclo"....fica atrás de uma mesa com o $@¨* na mão! É isso aí generalzinho... Viva a globalização Bolivariana. Daqui a pouco vai bater continência para o Chavez, Fidel, etc...”.
Nem um oficial soviético falaria tal bobagem impunemente. O papo furado do General Peri indica a malvadeza em longa gestação contra o Exército – que vai sofrer uma reengenharia estrutural e ideológica para se adequar ao futuro previsto pelos inimigos do Brasil. Com forças armadas débeis, ou com oficiais alinhados com o pensamento único globalitário, perdemos a dimensão de que os militares existem para garantir a segurança nacional e a defesa da pátria. Com as Legiões neutralizadas, o Poder Real Globalitário faz o que quiser com o Brasil – quase Brazil.
O General Peri é um sério candidato a ganhar a Medalha da Ordem do Mérito Melancia – distinção para o oficial que parece verde-oliva por fora, mas que, por dentro do sistema, adere ao esquema vermelho anti-Brasil. Tomara que ninguém mais se habilite a receber esta desomenagem. Se isto acontecer, estaremos irremediavelmente perdidos como Nação, e entregues, mais ainda, ao esquema globalitário que já nos comanda há séculos.
Postado por Alerta Total de Jorge Serrão às 09:08
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