Mídia Sem Máscara
FRANCISCO BATISTA TORRES DE MELO | 19 Abril 2011
Artigos - Governo do PT
Leia a Carta ao General Torres de Melo.
Quando cheguei ao 23 BC, para participar das Homenagens ao ínclito Chefe Militar, Marechal Castello Branco, cujo Quartel recebe seu nome, fui surpreendido pela Ordem que não se poderia realizar nenhuma solenidade, em Quartel, no dia 31 de março de 2011.
Os companheiros da reserva chegando e os da ativa desmontando o dispositivo. Em cada fisionomia, um sentimento de frustração e de dor. Uns falavam, outros calados, demais sentados, mas todos com o coração amargurado, partido e sem compreender a razão de tal ordem superior. A pergunta feita era a seguinte: "cometemos algum crime em 31 de março de 1964 ou evitamos que o País se tornasse uma ditadura comunista? Praticamos algum roubo, mentimos, somos criminosos para que o nosso Marechal Castello Branco não mereça ser homenageado? Perdidos no campo das ideias, fomos saindo e afirmando: "cumprimos a ordem, por sermos disciplinados, mas, profundamente, tristes e magoados com uma ordem tão absurda. Em 31 de março, combatemos a indisciplina, a desordem, o comunismo e agora recebemos ordem de um MD que é falsário, réu confesso, de ter falsificado a Constituição Federal e ter, como assessor um guerrilheiro, um escondedor de dólar na cueca, companheiro da quadrilha do MENSALÃO e outros crimes mais, andando nos corredores do MD e quem sabe, recebendo continências que são o sinal sagrado do militar.. . .!!! esta atitude de respeito é o cumprimento da nossa honra!
Na noite de 31 de março de 2011, ao comando do nosso chefe maior, na reserva - general-de-exército, Domingos Miguel Antônio Gazzineo, fizemos, na sede do Círculo Militar, a nossa solenidade, constando da posse da nova Diretoria da ASORFAC e da homenagem ao Marechal Castello Branco . Grande festa. Mais de 200 companheiros batendo palmas ao grande líder, exemplo de soldado.
Fui o escolhido para fazer a saudação ao grande chefe. Procurei ser curto e objetivo. "
Saudação ao Marechal Castello Branco
Saudá-lo? Como? Que expressões utilizar para dizer o que vai na alma da nação brasileira, em agradecimento pelo que ele fez pela pátria?
Democrata convicto. Chefe exemplar. Formador de homens .Serviu nas escolas militar, Estado Maior e a comandou, e assim também na Escola Superior de Guerra. Culto. Cursos na França e nos Eua. Testado na guerra. Justo, patriota.
E amava a terra onde nasceu, a sua Fortaleza, onde veio a falecer - uma tragédia!
Era o mais perfeito exemplo de soldado. Disciplinado e cumpridor da Lei e das normas em vigor. Seguia os ensinamentos da Escola Francesa, onde teve grande parte da sua formação. Podemos dizer dois pensamentos do Marechal Foch que indicam a sua personalidade de chefe: "Um chefe nunca se engana por excesso de bondade" e "Não vos contentais com o que vos dizem, ides vós próprios verificar". Assim ele agia e assim se afirmava como líder.
Veio o movimento da contra-revolução de 1964. Quem, o mais preparado para colocar a Nação dentro das normas legais? Ele, Castello Branco. Cercou-se dos homens mais inteligentes, capazes e sobretudo sérios, existentes à época. O Brasil entrou nos trilhos e a autoridade foi restabelecida sem a violência, tão comum aos movimentos políticos.
A sua pessoa inspirava confiança. Sua palavra era acreditada e sua simplicidade indicava o líder sereno e reto que o Brasil de tanto precisava. O seu pensamento era de uma clareza que não deixava dúvida naquilo que queria dizer. Vejam o que afirmou:
"...A guerra revolucionária é uma luta de classes, de fundo ideológico, imperialista, para a conquista do mundo tem uma doutrina, a marxista-leninista. É uma ameaça para os regimes fracos e uma inquietação para os regimes democráticos. Perfaz, com outros, os elementos da guerra fria.
...A guerra fria foi concebida por Lênin para, de qualquer maneira, continuar a revolução mundial soviética. É uma verdadeira guerra global não declarada. Obedece a um planejamento e tem objetivos a conquistar, desperta entusiasmo e medo em grupos sociais e reações contrárias, na opinião pública.
...Seus objetivos capitais: dissociação da opinião pública, nacional e internacional, criação da indecisão e, o principal, retirar das nações a capacidade de luta."
São palavras proféticas. Ainda vivemos a guerra revolucionária no nosso País. Falam em democracia e ainda pregam as palavras ditas por este homem que soube restabelecer a LUZ DA DEMOCRACIA em 1964.
Repetindo, com ênfase, o que ele disse acima, referindo-se à Guerra Fria:
"Seus objetivos capitais: dissociação da opinião pública, nacional e internacional, criação da indecisão e, o principal, retirar das nações a capacidade de luta".
Marechal Castello Branco.
Estamos aqui para homenageá-lo, reverenciando a sua memória, e para afirmar que nada irá destruir as Forças Armadas Brasileiras,- cuja grandeza muito contribuiu para construir.
FFAA, símbolo da união nacional, e de capacidade de lutar por um Brasil grandioso, que Sua Excelência dizia a seus alunos quando cantávamos o Hino da Independência do Brasil:
Brava gente brasileira
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Sua excelência foi e simboliza o Brasil vivo, bravo, sem temor, capaz de morrer
pela pátria livre. Capaz, como jurou, de sacrificar a própria vida pelo Brasil!
General de Divisão Reformado Francisco Batista Torres de Melo
***
Continuando a resposta de sua carta amiga.
Foi uma carta aos que não conhecem o outro lado e ficam batendo palmas falsas, querendo manter-se no cargo, a todo custo. Sei de sua prisão no 23º BC por uma carta longa que nos fez, quando tomou conhecimento de quem eu era filho. Sua bondade não tem limite. Você mostra com clareza a sordidez da outra face que o amigo conheceu e hoje é um lutador emérito pela liberdade. Eles nem sabem que o comandante da 10ª RM, Gen André Fernandes, foi operado de apendicite pelo médico Dr. Pontes Neto, colega de turma do Cmt do 23º BC e amigo de todos nós. Ele estava preso e saiu da prisão para operar o Comandante. Só no Brasil acontece uma coisa desta.
O choque foi grande, mas sua carta faz-nos levantar as forças para continuar a lutar contra os grandes ladrões físicos e morais da Nação Brasileira. Os assessores que irão trair, como sempre traíram, os falsários que continuam a mentir, afirmando que lutam pela liberdade e são apenas traidores da dignidade humana para que se mantenham no Poder ao lerem sua carta e a nossa resposta ficarão envergonhados de serem homens. Chefes não, pois, diz Lyautey - "a recompensa do capitão não está nas notas do comando, mas, no olhar dos seus homens". O militar brasileiro tem sinal de lágrimas.
General da Reserva Torres de Melo
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