19/04 - Ausência do estado é ameaça para Amazônia, diz general
A verdade sufocada
Durante palestra, comandante critica política indígena e divisão de índios e não-índios. Para ele, existe a hipótese de o Exército atuar num conflito armado na região
Por Daniella Clark Do G1, no Rio
O comandante militar da Amazônia, general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, criticou nesta quarta-feira (16) a política indígena brasileira e afirmou que a ausência do estado na Amazônia é hoje uma das maiores ameaças internas da região. Durante o seminário “Brasil, ameaças a sua soberania”, realizado no Clube Militar, no Centro do Rio, o general afirmou que a Amazônia é hoje a hipótese mais viável de atuação do Exército num conflito armado.
“A ausência do estado permite e incentiva ação das ONGs e agrava a questão indígena. O problema indígena não pode ser compreendido fora dos quadros da sociedade brasileira. Sou totalmente a favor do índio. Não estou na esquerda escocesa que, atrás de um copo de uísque 12 anos na Avenida Atlântica resolve os problemas do Brasil inteiro”, afirmou Pereira, para uma platéria de cerca de 600 militares.
Provocação à demarcação de reserva
Pereira afirmou ainda que a política indígena brasileira precisa ser revista e interessa diretamente as Forças Armadas, por afetar a segurança e soberania nacionais.
“É só olhar as comunidades para ver que essa política é lamentável. E pela primeira vez estamos escutando coisas que nunca aconteceram na História do Brasil. Negócio de índio e não-índio. Então no Bairro da Liberdade, em São Paulo, vai ter japonês e não japonês? Só entra quem é japonês, quem não é japonês não entra? Onde é que nós estamos buscando isso? Como um brasileiro não pode entrar numa terra porque a terra é indígena? Isso não entra na minha cabeça”, afirmou o general.
A provocação se refere à demarcação da reserva indígena Raposa Serra do Sol , onde a discussão sobre a permanência ou retirada de moradores não-índios tem gerado graves conflitos em Roraima. Um decreto assinado em 2005 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva homologou a criação da reserva e determinou a retirada dos não-indígenas da área. Agora, caberá ao Supremo Tribunal Federal (STF) decidir se mantém o decreto ou atende à reivindicação de grupos que discordam da medida e defendem a permanência de enclaves não-indígenas na região.
Críticas à declaração da ONU
O comandante militar da Amazônia criticou ainda a declaração da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre direitos dos povos indígenas, que destaca a “desmilitarização das terras indígenas para a paz, o progresso e o desenvolvimento econômico e social”.
Um comentário:
As palavras do Gen. Heleno denunciam uma realidade comprovada, forjada em mentiras e interesses do G8, bem como de organizações religiosas oportunistas. A probabilidade de vermos em poucos anos o surgimento de novas nações na Região Norte é uma realidade que se faz cada vez mais presente e, infelizmente, com o aval de alguns "vendilhões da própria pátria" instalados no poder. O General Lessa também denunciou as articulações enxadrísticas montadas no tabuleiro verde da Amazônia por algumas ONGs e chegou a comentar na década de 90 que: “Roraima não existe como Estado. Está inviabilizado, como unidade federativa de direito e de fato, porque somente em terras indígenas tem quase 58% de seu território. O Estado de Roraima está inviabilizado com entidade federativa não existe de fato e nem de direito. Seria apenas um Estado virtual”. Realmente hoje as áreas com reservas indígenas, áreas de preservação e parques ambientais chegam a quase 70% das ricas terras do Estado de Roraima. A capital Boa Vista está cada vez mais isolada cercada pelas prováveis novas Republicas sob o comando de religiosos e ONGs salvacionistas européias. Até quando a mentira e a hipocrisia dos que governam será mantida para o povo iludido com as cores da tríade Collor/FHC/Lula com relação a Amazônia brasileira?
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