Quinta-feira, Abril 17, 2008
Alerta Total
Vítima de armação?O jornalista Roberto Cabrini, da Rede Record de Televisão, alega que foi vítima de uma armação, quando foi detido no Jardim Ângela, na Zona Sul de São Paulo, com pelo menos 9 papelotes de cocaína, junto com uma loura que tinha antecedentes criminais.
Em uma carta escrita à mão, Cabrini diz ter ido ao Jardim Ângela, um dos bairros mais violentos de São Paulo, para pegar três DVDs que seriam entregues por fontes ligadas à facção criminosa que comandou ataques terroristas a São Paulo em 2006.
Naquele ano, durante os ataques, Cabrini levou ao ar uma entrevista que teria sido gravada com Marcos Herbas Camacho, o Marcola, chefe do bando, que estava dentro do presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes.
Na época, a Secretaria de Administração Penitenciária afirmou que a entrevista havia sido uma farsa.
Caso estranho
O Boletim de Ocorrência revela que policiais civis que investigavam uma denúncia de tráfico de drogas na periferia da Zona Sul suspeitaram do carro em que estava o jornalista.
Cabrini foi abordado quando parou no estacionamento de uma padaria.
A mulher que estava com Cabrini carregava um pen-drive, um dispositivo de memória de computador que continha imagens comprometedoras do repórter.
Segundo a polícia, o jornalista não quis ver as imagens na delegacia, nem se pronunciar sobre elas.
Autuado por tráfico
Exames feitos no Instituto Médico-Legal (IML) confirmaram que os papelotes tinham mesmo cocaína.
Por negar ser usuário de cocaína, Cabrini foi autuado em flagrante por tráfico de drogas.
O Sindicato dos Jornalistas de São Paulo declarou, em nota, que acredita na inocência do repórter e que a detenção dele foi um equívoco.
Record defende novo contratado
Ao contrário de ontem de manhã, quando o programa Fala Brasil, da Rede Record, noticiou o caso Cabrini sem poupar seu jornalista recém-contratado a peso de ouro, a Rede Record resolveu comprar briga e defender sua atração.
A Record emitiu nota alegando que Cabrini estava fazendo uma reportagem investigativa e que o Departamento Jurídico da emissora irá defendê-lo.
Como estamos no Brasil, tudo indica que o caso dará em nada.
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