quinta-feira, 26 de março de 2009

A vitória de Maria Benevides e do corporativismo acadêmico petista

Mídia Sem Máscara

Enfim, o fato de a revista estampar na capa Maria Vitória Benevides neste exato momento deixa claro o corporativismo mafioso que está por trás de personagens e publicações semelhantes, como a revista Piauí e a Caros Amigos, que se dedicam exclusivamente ao proselitismo esquerdista, travestido de jornalismo investigativo, e à ação entre amigos que é dar prestígio às figuras de esquerda dos meios jornalísticos, artísticos e acadêmicos, por meio de um colunismo social com textos mais extensos, que se pretende jornalismo cultural ou de opinião.


As bruxas estão soltas. Ao menos na capa de duas revistas mensais de cultura e atualidades, que se oferecem como alternativa ao leitor que procura nas bancas algo mais que o noticiário cotidiano. Primeiro, a Cult buscou ressuscitar a velhinha de Taubaté do petismo, dona Marilena Chauí que, desde apregoar que o universo se ilumina quando Lula fala, havia se recolhido à sepultura onde pontifica, o departamento de filosofia da Universidade de São Paulo.

Agora, a revista Brasileiros estampa em sua primeira página a efígie de dona Maria Vitória Benevides, que é apresentada nas chamadas como “uma mulher de garra”, “socióloga, educadora e cientista política”, que “vira fera para defender os direitos dos cidadãos”. Trata-se, evidentemente, de um desagravo que se faz à, vá lá, educadora, mas antes de comentá-lo é necessário tecer algumas considerações sobre a própria revista Brasileiros.

A publicação é um dos mais evidentes exemplares de jornalismo chapa branca dos meios de comunicação brasileiros. Não por acaso integra sua diretoria de redação o ex-secretário de imprensa de Lula, o petista histórico Ricardo Kotscho. Por acaso ainda menor, dos oito anunciantes que a publicação ostenta em suas 100 páginas, quatro são do governo, a saber: o Ministério da Educação, a Infraero, a Caixa Econômica e o Banco do Brasil.

Responde por um anúncio de página dupla a empresa de telefonia Oi, aquele bilionário imbróglio que reuniu na mesma mamata Daniel Dantas, Lulinha, José Dirceu e Luiz Gushiken. O sexto anúncio, bem menor, é da Associação Paulista de Medicina, uma entidade classista, e o sétimo e o oitavo, respectivamente de uma empresa jornalística e de uma churrascaria nas proximidades da redação de Brasileiros, têm todo o cheiro de permutas.

Enfim, o fato de a revista estampar na capa Maria Vitória Benevides neste exato momento deixa claro o corporativismo mafioso que está por trás de personagens e publicações semelhantes, como a revista Piauí e a Caros Amigos, que se dedicam exclusivamente ao proselitismo esquerdista, travestido de jornalismo investigativo, e à ação entre amigos que é dar prestígio às figuras de esquerda dos meios jornalísticos, artísticos e acadêmicos, por meio de um colunismo social com textos mais extensos, que se pretende jornalismo cultural ou de opinião.

Por que corporativismo? Porque Maria Vitória Benevides acaba de trombar com a Folha de S. Paulo no episódio do célebre editorial de 17 de fevereiro, que chamou o regime militar de 1964 de “ditabranda”. Diante do protesto histérico que dirigiu ao jornal por isso, Benevides (bem como Flávio Konder Comparato) foi chamada de “cínica e hipócrita”, o que é, de fato, pois sua suposta atuação no âmbito dos direitos dos cidadãos limita-se àqueles com quem compartilha a ideologia política.

Maria Vitória Benevides é simpatizante da ditadura cubana e do socialismo bolivariano chavista. Além disso, é uma estelionatária intelectual de marca, de vez que transformou sua atuação no campo científico ou pedagógico em militância política. Benevides é uma das criadoras da chamada “Educação em Direitos Humanos” que nada mais é do que esvaziar a pedagogia de seus conteúdos educacionais, substituindo-os pela propaganda política.

Nas palavras da encomiástica reportagem de Brasileiros, “um ensino que tenha como preocupação central o fortalecimento de um espírito democrático, uma cultura de paz, de tolerância coma diversidade e o exercício da cidadania”. Em suma, a “pedagogia do oprimido”, um ensino politicamente correto...

Ora, uma revista mensal – particularmente uma revista mensal bancada com o dinheiro público – dedicar sua reportagem de capa ao desagravo de Maria Vitória Benevides deixa bem claro o comportamento da "intelekitualidade" esquerdista nacional: mexeu com um, mexeu com toda a patota, que sai incontinenti em defesa do par que se considerou ultrajado.

Não bastasse o abaixo-assinado com cerca de 3,5 mil assinaturas e o ato público feitos em solidariedade à professora diante da redação da Folha, que contou com cerca de 300 participantes, soma-se agora a capa de uma revista mensal, que visa dar a Benevides uma importância maior do que de fato tem. A reação é, evidentemente, desproporcional à relevância dos fatos, mas por isso mesmo serve para mostrar o ânimo e o poder de fogo da corporação acadêmica petista.

http://observatoriodepiratininga.blogspot.com

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