Quinta-feira, 6 de Março de 2008
Coturno Noturno
Depois de torrar o dinheiro público em viagens inúteis e politiqueiras, correndo mundo em busca de uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU, Lula foge das suas responsabilidades de líder da maior nação do continente, no momento mais crítico da América Latina. Lava as mãos e se exime de participar da reunião do Grupo do Rio, que começa amanhã, na República Dominicana, para não se indispor com os seus belicosos companheiros do Foro de São Paulo - Rafael Correa, Hugo Chávez e Daniel Ortega -, que querem transformar o encontro num ato de condenação ou até de declaração de guerra à Colômbia. A covardia de Lula é flagrante. O seu rabo preso com os bolivarianos pintados para guerra é vergonhoso. A sua falta de protagonismo é uma mancha de medo na história do Brasil. Que compromissos anteriormente assumidos com esta gente envolvida até os olhos com a narcoguerrilha das FARC coloca Lula a visitar favelas e promover o seu PAC, em vez de estar lá, onde todos os líderes regionais estão, erguendo a voz pela paz na América Latina e exercendo a neutralidade que sempre caracterizou a diplomacia brasileira? O que Lula deve para estes protagonistas da guerra, ao ponto de ficar num silêncio contrangedor quando um deles, Rafael Correa, veio aqui dentro do Palácio do Planalto negar a ele o papel de mediador no conflito? Está com medo de quê, o Presidente Lula? Quem ordenou que ele ficasse aqui, com o rabo no meio das pernas, enquanto o mundo inteiro pousa seus olhos sobre esta reunião do Grupo do Rio, que ocorrerá sob a mais terrível ameaça à paz continental? Foi o Foro de São Paulo, que um dia fundou junto com Fidel Castro? Muito em breve, saberemos porque Lula está lavando ou sujando as mãos. Tomara que não seja com o sangue de um povo onde impera a democracia.
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