Mídia Sem Máscara
| 08 Maio 2009
Artigos - Cultura
O conceito de “campo de concentração” está muito bem demarcado historicamente. Basta ler um Soljenitsyne ou François Furet para se compreender a magnitude do erro e do embuste político.
Um dos aspectos mais enigmáticos da História (contemporânea) de Cabo Verde é a narrativa construída à volta do chamado “campo de concentração” do Tarrafal.
Simpósios “internacionais”, poemas libertários, floreios de circunstância: tudo é convocado para justificar o estelionato, na tentativa de agradar o “establishment” e impor, é claro, uma certa visão do mundo.
Para começar: aquilo não era, nem nunca foi, um “campo de concentração”. Só um ignorante pode afirmar o contrário. O conceito de “campo de concentração” está muito bem demarcado historicamente. Basta ler um Soljenitsyne ou François Furet para se compreender a magnitude do erro e do embuste político.
Tarrafal foi apenas uma prisão. Assim como Caxias, em Portugal, foi uma prisão. Ninguém vai dizer que houve um “campo de concentração” (!!!)
Acontece que, após
Milagre: os historiadores e os “homens da cultura” de Cabo Verde nunca falam disso! É um tabu. É o segredo mais bem guardado da “Atlântida” ideológica. Censura...
Agora imaginem lá uma coisa: se Salazar estivesse vivo, algum português de bom senso convidaria o velho Professor, em plena democracia, para proferir palestras sobre Peniche ou Caxias, celebrando a liberdade e os direitos sagrados da pessoa humana?!
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Casimiro de Pina é jurista, natural da República de Cabo Verde, colaborador de vários jornais do seu País - Terra Nova, Expresso das Ilhas e Liberal - das revistas jurídicas Direito e Cidadania e Boletim da Ordem dos Advogados. No momento faz curso de pós-graduação em ciências jurídicas em Macau.
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