Mídia Sem Máscara
| 08 Maio 2009
Internacional - Oriente Médio
Essa foi uma conferência sobre direitos humanos aberta por um ditador genocida. Uma reunião sobre racismo na qual Elie Wiesel, o [conhecido autor] sobrevivente do Holocausto, foi agredido por membros da delegação iraniana nos corredores da ONU como sendo um "ZioNazi''.
Eu havia sido avisado, antes da "Conferência de Revisão de Durban'' em Genebra, que os judeus não deveriam caminhar pelas redondezas das Nações Unidas (ONU) sozinhos, mas em pares, para sua própria segurança. Esse foi um conselho que ignorei, e estou grato porque saí de Durban II sem arranhões. O mesmo não pode ser dito sobre a reputação do Conselho dos Direitos Humanos da ONU.
Chegamos a Genebra com certo temor. Esperávamos as cenas horríveis que havíamos testemunhado na Conferência Durban I, em 2001, quando manifestações anti-semitas ferozes do lado de fora da conferência espelhavam a bílis derramada sobre Israel no interior da ONU. Mesmo assim, estávamos determinados. Desta vez, prometemos solenemente, não seríamos pegos de surpresa, e não subestimaríamos as tentativas odiosas de apresentar Israel como bode expiatório, por parte de alguns dos piores abusadores dos direitos humanos.
Os países que compõem o Conselho dos Direitos Humanos da ONU demonstraram mais uma vez que preferem vociferar contra Israel ao invés de abordar os reais abusos que estão ocorrendo em seus próprios quintais. Na Durban II, voltamos a luz para essas nações e o clarão foi testemunhado pelo mundo inteiro. Em Genebra, ativistas dos direitos humanos, estudantes e aqueles cujas reivindicações estavam sendo ignoradas, inclusive refugiados de Darfur, levantaram-se e disseram: Chega!
Antes da abertura da conferência, o presidente da Suíça encontrou-se com Mahmoud Ahmadinejad, o presidente do Irã, mencionando a liberdade de expressão como justificativa. Isso fez com que Alan Dershowitz, o conhecido defensor das liberdades civis, comentasse: "Se Hitler ainda fosse chanceler da Alemanha, ele seria bem-vindo à Suíça''.
Tendo isso como pano de fundo, encenamos nossa própria abertura de Durban II: um protesto silencioso, liderado por estudantes. Eles caminharam em direção ao Palais Des Nations [Palácio das Nações] com esparadrapo sobre suas bocas para refletir o silêncio da ONU com relação a questões como a violenta opressão das mulheres, o genocídio em Darfur, que reclama uma vida a cada oito minutos, a opressão dos estudantes, minorias e gays no Irã - e tudo por causa do enfoque obsessivo sobre Israel.
Essa foi uma conferência sobre direitos humanos aberta por um ditador genocida. Uma reunião sobre racismo na qual Elie Wiesel, o [conhecido autor] sobrevivente do Holocausto, foi agredido por membros da delegação iraniana nos corredores da ONU como sendo um "ZioNazi''. O comentário de um jornalista que conheci e que estava cobrindo Durban II foram: "Não seria possível inventar uma coisa dessas''.
Durban II - uma conferência para revisão - jamais conseguiria remover as manchas de Durban I. O processo de Durban foi um desvio de atenção
Os esforços dos ativistas anti-Durban e a retirada em massa dos diplomatas, em virtude do violento discurso racista de Ahmadinejad, marcaram o evento como um divisor de águas. A lição de Durban II é a seguinte: as palavras "Nunca Mais!'' têm significado para nós. Há muitas nações que merecem sanções - Israel não é uma delas. Não permaneceremos inertes enquanto atrocidades são cometidas por regimes hipócritas e despóticos, e Israel é selecionado para levar a culpa.
Que os países que seqüestraram a luta contra o racismo fiquem avisados: estamos prontos para Durban III.
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Original em inglês, do The Jerusalem Post: http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1239710793996&pagename=JPArticle%2FShowFull
* O autor é diretor da StandWithUs
Publicado na revista Notícias de Israel - http://www.Beth-Shalom.com.br
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