Mídia Sem Máscara
| 11 Maio 2009
Artigos - Conservadorismo
Vês como quase tudo o que era antes facultativo (eras tu quem decidia) agora é “proibido” ou “obrigatório”?
Pode ser que esta seja a primeira vez em que lês um artigo meu ou de outro amigo escritor liberal-conservador, desde o meu blog ou do gentil sítio que o hospeda neste momento. Pode ser também que já nos tenhas lido com certa freqüência, contudo, sem ir além da reflexão. Pois foi especialmente pensando em ti que escrevo as palavras adiante.
Vivemos em um país cujas belezas naturais nos convida diariamente a gozar os prazeres da vida com certa intensidade. Um país tão grande, decerto, nos inspira uma sensação de liberdade que tende a nos colocar em uma certa “zona de conforto”, cuja conseqüência primeira é largarmos para depois certas preocupações tais como a nossa espiritualidade ou, digamos aqui, certos problemas cuja intervenção de nossa parte parece situar-se, no plano da eficácia, em algo muito distante.
Porém, esta “distração”, chamemo-la assim, com coisas que dizem respeito ao nosso futuro e, portanto, ao projeto do que queremos fazer de nossas vidas, a cada dia cede lugar necessariamente a preocupações de curto prazo, até mesmo diárias. Estas preocupações de curto e curtíssimo prazo, porém, quase sempre não fazem parte de nossas escolhas, propriamente, mas das que as fizeram uma horda de burocratas de carteirinha em nosso lugar. Em suma: eles estão conduzindo as nossas vidas; estão vivendo as nossas vidas; estão seqüestrando-as para os seus próprios projetos pessoais.
A cada lei, medida provisória, decreto ou portaria publicada, gradativamente vamos entregando parte de nossas vidas e abdicando dos nossos sonhos para uma meia dúzia que as viva e sonhe em abundância.
Esta sensação de liberdade ainda remanescente em nosso país está com os seus dias contados, pois já falta pouca coisa com que o estado possa pensar em intervir, e fazendo assim, trocar o que tu pensavas em fazer pelo que ELE pensa em fazer.
Distraído e inerte, pensas ainda gozar de liberdade no tanto que te interesse beber um chope no fim de semana. Se este for o teu único projeto de vida, não tenho nada a te dizer. Porém, se queres algo mais dela, começa a raciocinar nos fatos que seguem adiante, e que o estado já toma conta da tua vida e nem te dás conta, por acostumado.
De início, já pensaste sobre qual seria a idade ideal para alguém se aposentar? 65 anos? 70 anos? Pois uma pessoa cônscia de sua liberdade dirá: “- pretendo me aposentar quando eu quiser!” Vês? Ela disse que pretende planejar a sua vida e por meio da poupança e dos investimentos em um plano de previdência privada, ela mesma definirá o dia de parar as atividades para gozar plenamente a vida. Porém, no cenário atual, é o estado quem dita, unilateralmente, quando as pessoas podem se aposentar, praticamente ignorante da expectativa de vida que cada ser humano mais ou menos aproxima para si, de acordo com a sua saúde e a penosidade da profissão que exerce.
Mais: que crime pode cometer alguém que decidiu não ter de escolher quem o vá roubar? Estou falando, claro, das eleições. Porque um cidadão tem de necessariamente ficar proibido de tirar passaporte, prestar concurso público, e até mesmo obter um empréstimo? Lembro-me de uma vez em que um amigo meu, servidor público federal, encontrava-se enfermo e não votou, acarretando-lhe a suspensão do seu salário por ordem do T.R.E., que não computou a sua justificativa. Não é um absurdo?
Olha também pro teu cinto de segurança: o estado te obriga a usá-lo com base numa estatística. É pensando em uma maioria que se salva por tê-lo usado na ocasião do acidente que ele te obriga a usar o cinto, assim como também é desprezando uma minoria que se salva JUSTAMENTE por não tê-lo usado. Não te compete mais julgar por ti próprio sobre a conveniência de usá-lo, de modo que, caso te envolvas em um sinistro, podes muito bem encaixar-te no infeliz grupo dos que TERIAM se salvado, caso não o utilizassem. Porém, isto não é um problema do estado. Ele não está interessado nem na tua vida, nem na tua liberdade, mas nos custos com a rede pública hospitalar. Tu és propriedade dele!
A todo instante assistes a programas televisivos que te doutrinam a economizar água e eletricidade e a selecionar o lixo. Estes programas tratam a água como se ela fosse petróleo, um recurso não renovável, o que é falso, pois, depois de usada, retorna à natureza. Esta doutrinação de hoje serão as leis e decretos de amanhã. Amanhã bem cedo, diga-se. Porém, nem passa pela tua cabeça que estás a COMPRAR a água que passa pela tua torneira, assim como a eletricidade que passa pelo teu contador e também os serviços de recolhimento de lixo.
Em um ambiente de liberdade plena, isto é, em uma sociedade em que as pessoas adquirissem tais confortos de empresas privadas operando em regime de liberdade de mercado (sem monopólios) as pessoas teriam a consciência de que esta água é sua PROPRIEDADE, assim como CONTRATAM o fornecimento de eletricidade e o recolhimento de lixo. Para estas pessoas, não importa de onde vem a água, a luz ou para onde vai o lixo. Importa-se-lhes, sim, o QUANTO vão PAGAR por estes bens! Pois, tanto quanto mais raros, mais caros tornar-se-ão, e quanto mais caros, maiores serão os cuidados quanto aos desperdícios, assim como também maiores os incentivos para que os produtores invistam na produção e na oferta destes bens.
Se, por sua vez, o lixo for valioso, que os interessados em busca de lucro os garimpem onde estiver, e isto pode incluir até mesmo pagar aos moradores para que selecionem o lixo e assim facilitem o seu trabalho. Simples assim. Vês como trabalhas de graça para o estado, mesmo pagando caro por serviços de péssima qualidade? Quando eu era criança, muitas vezes ganhei bons trocados vendendo os jornais e garrafas da nossa casa. Agora querem me obrigar a dá-los de graça...bonito...
Pensa então que agora já não podes nem beber nem fumar, porque há restrições, multas e prisões de toda sorte. Pensa também no caso mais grave de entregares o teu filho querido à escola para que ela o eduque não segundo as tuas convicções morais, econômicas e religiosas, mas segundo as do estado.
Vês como quase tudo o que era antes facultativo (eras tu quem decidia) agora é “proibido” ou “obrigatório”?
Até aqui só prestei contas de coisas amenas. Pensa, contudo, que o MST está mais forte do que nunca, invadindo terras, dizimando-as como nuvens de gafanhotos, seqüestrando e matando pessoas, e tudo isto com milhões e milhões pagos por ti. Lembra que os arrozeiros de Roraima – não os despreze pelo só fato de morarem tão longe – não foram desapropriados de suas terras, mas sim EXPROPRIADOS (pois só lhes foi concedida indenização pelas benfeitorias, avaliadas de forma subestimada unilateralmente pelo estado), ou seja, expulsos e banidos como se fossem cães de rua. Imagina que também agora inventaram que qualquer lugar pode ser objeto de EXPROPRIAÇÃO, de CONFISCO, caso meramente se alegue que algum dia descendentes de africanos moraram ali. Toma tenência também de que, daqui a pouco, estará para ser votada uma lei que, se aprovada, vai te botar na cadeia por simplesmente crer que homossexualismo não é bom.
Assustado? Pois, paremos por aqui, por hora. A lista é interminável.
Pois, por favor, toma um comportamento sério. O rumo para o qual estamos seguindo não sofrerá alteração enquanto te mantiveres silente e isolado. Convida teus amigos e familiares para discutir sobre este estado de coisas. Pega este artigo e o lê para eles. Pega todos os artigos que tens encontrado no site em que viste este artigo e o lê e discute semanalmente. A primeiríssima coisa que todos temos a fazer é nos darmos conta de que estamos todos juntos no mesmo barco, e que precisamos nos apoiar para uma mudança de senso comum. Com o tempo, cada grupo irá encontrar coragem, apoio e criatividade para executar ações que ponham um basta a tantos desmandos.
Por ocasião do contra-golpe militar de
Pois, necessitamos retomar este espírito de congraçamento. Perde a vergonha, a timidez e arranja já um encontro de amigos para este fim de semana. Aproveita para entrar em contato comigo, contando dos sucessos. Conto contigo!
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