segunda-feira, 25 de maio de 2009

URGE UMA ALIANÇA ENTRE PRODUTORES DO CAMPO LATNO-AMERICANOS

Papéis avulsos – Heitor de Paola


Alejandro Peña Esclusa

Os produtores do campo da América Latina estão sob ataque. As agressões se manifestam de diversas maneiras, porém têm uma mesma origem: o Socialismo do Século XXI e seus aliados, aglutinados em torno do Foro de São Paulo.

Na Venezuela, agricultores e criadores de gado são vítimas de quatro açoites: o controle de preços, que os obriga a vender seus produtos abaixo do custo de produção a guerrilha colombiana, que extorque e seqüestra os produtores com o beneplácito do governo de Chávez, aliado das FARC as invasões das terras mais produtivas, auspiciadas pelo partido do governo e a insegurança jurídica, posto que o chavismo pretende acabar com a propriedade privada, quer seja através das expropriações, quer através do desconhecimento dos títulos de propriedade.

No Brasil, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) invade terrenos e fazendas, com o respaldo do Partido dos Trabalhadores (PT) e da malfadada “teologia da libertação”. Embora Lula diga que respeita a propriedade, João Pedro Stédile, líder dos Sem-Terra, atua impunemente no Brasil, com o apoio das autoridades.

Na Argentina, o aumento desproporcionado das retenções (tarifas das exportações) e as proibições à exportação de certos produtos, asfixiam os produtores, particularmente os menores, em que pese que o governo dos Kirchner se ufane de defender os pobres.

Na Bolívia, a propriedade da terra está ameaçada pela nova Constituição Política do Estado (CPE) e uma reforma agrária coletivista de corte marxista que, somada a uma concepção racista, praticamente despoja os proprietários de raça branca ou mestiça de suas terras, por não pertencer a “etnias originárias”. Além disso, a promulgação de decretos e resoluções como o Decreto Supremo nº 29.480, proíbem certas exportações e sufocam o produtor.

No resto das nações latino-americanas, os produtores do campo sofrem ameaças e ataques parecidos, porém o objetivo é o mesmo: destruir o setor agropecuário privado e substituí-lo por cooperativas marxistas e revolucionárias, dependentes do oficialismo.

Até agora os setores do campo cuidam de se defender dos ataques exclusivamente dentro do território nacional, sem se dar conta de que se trata de uma ofensiva regional que tem a mesma origem e os mesmos atores.

Se os produtores agropecuários da América Latina se juntassem para discutir suas particularidades, descobririam que as ações contra eles são quase idênticas, o que lhes permitiria desenhar uma estratégia exitosa de defesa continental, frente a um inimigo que também é de caráter continental.

Tradução: Graça Salgueiro


http://www.heitordepaola.com/publicacoes_materia.asp?id_artigo=899

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