Mídia Sem Máscara
Fábio Lins Leite | 07 Setembro 2010
Artigos - Conservadorismo
O que detém a oposição à candidata da situação senão precisamente o temor servil, covarde e incompatível com uma nação independente?
Escrevo em pleno dia da independência do Brasil. Um dia que tem sido esvaziado de seu valor e simbologia cívicas nos últimos anos, reduzido a mero feriadão. Este 7 de setembro de 2010 nasce sob a tenebrosa perspectiva de traição da que talvez seja a frase mais marcante do nosso Hino de Independência - alguém lembra dele? Estará sendo tocado em algum lugar, numa repartição pública ao menos, além do meu computador? Caso já tenha esquecido, a letra do hino está reproduzida no fim do artigo.
A frase a que me refiro é "Longe vá temor servil", isto é, vá para longe de cada um de nós brasileiros o medo gerado pela covardia diante dos poderesos que se apresentam como nossos bondosos senhores e pedem a nossa servilidade em troca. Realmente, o que detém a oposição à candidata da situação senão precisamente o temor servil, covarde e incompatível com uma nação independente? E esse maldito temor servil não se restringe apenas a esta passageira conjuntura eleitoral. A covardia de espírito dos dependentes se apresenta no medo pusilânime de bradar em alta voz idéias que contradigam ou se oponham ao politicamente correto, à hegemonia da opressão que se disfarça sob uma grotesca máscara que parodia o interesse social do bem-comum. São PNHDs, conselhos de imprensa, campanhas de marketing cirurgicamente melosas que constituem o novo "astuto ardil" engedrado para enganar almas enfraquecidas pelo "temor servil".
Quanta sabedoria do poeta do hino, Evaristo da Veiga, ao diagnosticar que essas "benfeitorias" não passam de grilhões forjados da perfídia. E quanto aos Comandos Vermelhos, PCCs, FARCs, MSTs, Vias Campesinas e demais para-militares da subversão constituídos exatamente para serem as "ímpias falanges que apresentam face hostil", dupla, triplamente mais ímpias na medida em que algumas delas não hesitam cometer e promover iniqüidades em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo. E tudo isto com o fim exatamente de deixar os homens e mulheres de bem do Brasil inoculados com o vírus debilitante do temor servil, tão hediondo quanto útil aos inimigos da nossa pátria, da nossa independência, *nossos inimigos*.
Que neste dia tão importante para a alma de nosso país cantemos, mesmo que no recesso de nosso lar, e mais importante em nosso coração, este verso exorcizante que repudia todas estas fealdades que ora oprimem nosso país, e que sejam eles a temer o nosso cântico, a nossa marcha que deles zomba, pois nossos peitos e nossos braços são as muralhas intransponíveis do Brasil.
Longe vá o temor servil!
Hino da Independência do Brasil
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Evaristo Ferreira da Veiga
Dom Pedro I
Fabio Lins Leite é analista de negócios, professor de inglês.
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