sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

28/02 - O problema é sempre nos números.

28/02 - O problema é sempre nos números.

A verdade sufocada

Por Conde Loppeux de ls Villanueva

Curiosa é a tentativa das viúvas de Stálin e de Fidel Castro de reverberar números sociais, quando é a fraude das estatísticas cubanas. Pior são os comunistas acusarem a direita de ter apoiado regimes autoritários, invalidando as críticas contra as ditaduras de esquerda. No entanto, de números, os comunistas são bem entendidos: de genocídios, torturas, deportações em massa, prisões, campos de concentração, entre outros, superam todas as calamidades humanas da história. Aliás, eles não somente ganham nesses quesitos, como também ganham no de misérias: raramente um sistema matou tanto de fome populações inteiras como as chamadas “economias planificadas”! Na Rússia foram quase dez milhões; na China, trinta milhões; na Coréia do Norte, dois milhões. E em termos proporcionais, mataram mais gente do que a peste: só no Camboja, 25% da população foi exterminada.

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Mais curiosa é a tentativa de desqualificar os críticos dos regimes comunistas, fazendo as comparaçãoes com as ditaduras de direita. Até nisso os cínicos vigaristas perdem na pose. Pinochet, Salazar, Franco e todas as ditaduras latino-americanas somadas não chegam aos pés da ditadura cubana, por exemplo. E aí, quando são desmascarados, reagem: - Ahhhhhhh! Mas todas as ditaduras são iguais e não é possível comparar. Não é?! Uma ditadura em que morrem 400 pessoas, moralmente falando, jamais pode ser comparada a outra que mata centenas de milhares ou milhões. É o caso da ditadura brasileira, na qual os cretinos enchem a boca de nojo, quando defendem o regime de Fidel Castro, que matou em semanas, o que o regime militar não matou em 20 anos!

Que poderão dizer então da demonização de Salazar, Pinochet e Franco? Qualquer pessoa ou historiador honesto sabe que esses regimes foram uma reação ao caos políticos e social que o bolchevismo criou na Europa e na América Latina. Um pouco antes da guerra civil espanhola, os comunistas, anarquistas e nacionalistas da esquerda queimavam conventos e igrejas centenárias, destruíam o patrimônio histórico, estupravam freiras e católicas leigas, fuzilavam padres, assassinavam políticos de direita e instalavam polícias políticas no mesmo modelo da Tcheka soviética. Barcelona foi o palco das piores investidas do “terror vermelho” e quando Franco tomou a cidade, milhares de catalães saíram às ruas, eufóricos, com a expulsão dos comunistas. Salazar, ao instaurar o Estado Novo, reprimiu com violência as mesmas manifestações terroristas dos comunistas e anarquistas portugueses, com seu ódio niilista à sociedade e seu sonho totalitário de destruir a vida civil.

O mesmo princípio se aplica a Pinochet. Salvador Allende violou a Constituição chilena, aceitava armas de Cuba para insuflar terrorismo e guerrilha e confiscou propriedades, indústrias e terras, gerando uma brutal crise de desabastecimento no país. Inclusive, impôs um sistema de racionamento e controle de comida, para subjugar a população chilena, carente de víveres de primeira necessidade. O governo Allende não somente ameaçava as liberdades civis e políticas no país, como ameaçava a soberania do Congresso Nacional e do judiciário, violando e desrespeitando várias de suas leis e sentenças. Um pouco antes do levante militar que derrubou seu governo, a inflação, que em 1970, era de 50% ao ano, explodiu na estratosférica margem de 300%! O Chile, que era um dos maiores produtores de trigo do mundo, teve uma queda de 50% da produção, durante todo o governo Allende e poucos dias antes do dia 11 de setembro de 1973, simplesmente ameaçava esgotar a produção. O que Salazar, Franco e Pinochet fizeram nada mais foi do que guerra justa, de empunhar a espada contra quem merecia se sangrar com ela. Houve muito abuso de poder e muitas arbitrariedades, além da revogação das liberdades individuais, o que é condenável. Porém, no estado de miséria, anarquia, violência e subversão criada pelos comunistas, as instituições democráticas entraram em crise. E se não houvesse uma força bruta para reprimi-los, sem dúvida, as ditaduras não seriam autoritárias, mas totalitárias.

Um comunista médio costuma choramingar os terroristas e assassinos mortos pelas ditaduras de direita. Ao mesmo tempo, defende o regime comunista que deporta, oprime e aniquila milhões de inocentes. Um cidadão assim tem um alto grau de sociopatia. É claro que ele relativiza os números! É claro que ele relativiza as vítimas de cada ditadura! As ditaduras de direita, no geral, mataram muito mais terroristas e bandidos do que outra coisa. E se há algo que mais matou comunistas na história humana, foram as próprias ditaduras comunistas, vide os expurgos de Moscou, na época de Stálin, no Leste Europeu, na Ásia ou mesmo em Cuba.

Com algumas exceções, os ditadores de direita morreram pobres. Salazar foi sepultado numa vila de interior de Portugal. Os generais brasileiros, e mesmo Francisco Franco, morreram com seus soldos de soldados. Enquanto isso, em plena democracia, os ex-terroristas, assaltantes de bancos, guerrilheiros e bandidos de esquerda exigem indenizações milionárias e fazem esquemas monstruosos de corrupção e enriquecimento ilícito. Eles exigem indenização do contribuinte porque não instauraram a ditadura criminosa deles. O terrorista e assaltante de banco é indenizado porque foi reprimido pelo crime que fez.

Interessante notar a tendência das esquerdas mundiais em caluniar a memória de Augusto Pinochet, já que há uma campanha de difamação ligando-o ao tráfico de drogas ou mesmo à corrupção em seu governo. Todavia, por mais falsas ou verdadeiras que sejam essas acusações, nada é parecido com o envolvimento criminoso das esquerdas latino-americanas com as Farcs da Colômbia e seu fiel patrocinador de armas, o coronel Hugo Chavez da Venezuela. As mesmíssimas Farcs que abastecem o mercado brasileiro com sua sucursal criminosa, o PCC, e demais grupos do crime organizado na América Latina. A mesmíssima Venezuela que abastece o mercado de drogas na Europa e nos Eua, através de seus aeroportos clandestinos. E quem se lembra do infame processo do General Uchoa, o famoso “herói” da guerra de Angola, fuzilado por Fidel Castro? O militar foi executado por supostamente participar do narcotráfico. Porém, as más línguas dizem que o próprio Fidel Castro fez sua queima de arquivo, para não ver seu nome envolvido. Essa é a esquerda moralista e santarrona!

Por outro lado, nem nas estatísticas sociais, os socialistas ganham. Salazar, Franco, Pinochet e mesmo o regime militar brasileiro deixaram economias ricas, estáveis, ou na melhor das hipóteses, elevaram o padrão de vida de seus povos. Fizeram algo melhor: criaram condições propícias ou mesmo restabeleceram a institucionalidade do Estado de Direito e abriram portas para a democracia. O que Cuba pode oferecer de exemplos para o mundo? Um país caindo aos pedaços, uma economia esclerosada, um padrão de vida baixíssimo. O que a Coréia do Norte pode oferecer de exemplos para sua irmã, a Coréia do Sul? Um país indigente e esfomeado, refém de um psicopata autocrático e hereditário. O que a China pode oferecer do regime comunista? Repressão política, execuções sumárias, censura às liberdades civis e políticas e a miséria de 900 milhões de seus cidadãos. E tudo leva a crer que com a morte de Fidel Castro, a democracia raramente terá volta em Cuba. Os 100 milhões de cadáveres criados pelos socialistas não são meras coincidências estatísticas!

Isso me faz recordar de um russo, quando soube da contra-revolução de 1964, que salvou o Brasil dos comunistas. Ele me disse: - O povo devia colocar o retrato dos generais brasileiros na parede! Para quem viveu no regime comunista, Salazar, Franco Pinochet e os generais brasileiros são perfeitamente aceitáveis. São até moralmente superiores. São maus menores contra um mal maior. É visivelmente imoral condenar a ditadura de direita e aprovar o comunismo, com sua coleção de genocídios. Não há nenhuma envergadura de princípios para comparar um e outro. E é perfeitamente explicável a reação de uma direita contra uma esquerda revolucionária e violenta. Quem vai chorar trezentos terroristas mortos, quando se salvou milhões de inocentes da sanha deles? A direita fez um mal menor, para salvar um bem maior: a civilização e a democracia.

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