sábado, 23 de fevereiro de 2008

Chefe do mensalão investe contra a mídia.

Sábado, 23 de Fevereiro de 2008

Chefe do mensalão investe contra a mídia.
Coturno Noturno

José Dirceu, segundo o Estadão, está atacando a "ditadura da mídia", que, segundo ele, não conseguiu derrubar o reitor da UNB, que foi mantido pela maioria dos professores. O chefe da quadrilha do mensalão, conforme acusação do Procurador Geral da República, ainda disse: "Espero que este fato assinale o começo de uma resposta à ditadura da mídia que aos poucos foi se impondo e hoje já reina absoluta e ao denuncismo irresponsável que tomou conta do pais".

Em primeiro lugar, José Dirceu, que começou a sua carreira em diretórios acadêmicos, sabe muito bem como funciona o assembleísmo de uma universidade. O Reitor, eleito pelo voto direto de um colégio eleitoral que inclui uma maioria de professores, devolve cada voto recebido na forma de verbas para grupos de pesquisas, novos laboratórios, viagens a congressos e eventos, alocação de horas e, especialmente, jabás através das fundações, a grande maioria delas sob constante investigação do Ministério Público Federal. É por isso que os professores da UNB, grande parte deles cúmplices ou comparsas do Reitor, votaram contra o seu afastamento.

É óbvio que o que impera na UNB é um toma-lá-dá-cá espúrio, que só poderia ser apoiado por alguém da laia de um José Dirceu. Vamos aos números dos cartões corporativos, comparados com o segundo maior usuário no Ministério da Educação, a Universidade Federal de São Paulo?

A UNB gastou R$ 1,2 milhões com cartões corporativos em 2007. A Federal de São Paulo gastou R$ 290 mil. Desta valor, R$ 888 mil foram torrados pela Fundação, que tem sabe quantos cartões à disposição? 202 cartões corporativos! Enquanto isso, na Federal de São Paulo, o número total é de 40 cartões.

José Dirceu sabe muito bem como está moldada a máquina da corrupção petista dentro da universidade pública, onde funciona o assembleísmo movido a benesses arrancadas ilegalmente dos cofres públicos. José Dirceu deveria perguntar quantos daqueles eleitores que decidiram manter o Reitor corrupto possuem um cartão corporativo ou fazem parte da sua gestão. Mas José Dirceu prefere, e sempre foi assim, defender a corrupção dos companheiros do que a transparência da mídia. É o lixo mais podre que o Brasil já enterrou, mas que insiste em feder quando bate o vento norte.

Postado por Coronel às 08:26:00

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