quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Diferenças entre o tetrahidrocanabinol e o tetranitrato de pentaeritrol...

Quinta-feira, 19 de Fevereiro de 2009

Blog do Clausewitz

Maconha: é hora de legalizar?

"Por que um grupo cada vez maior de políticos e intelectuais – entre eles o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – defende a legalização do consumo pessoal de maconha.

Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.

Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.

Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.

A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.

Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade. Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”"

Fonte: Época

Um único comentário meu:

► Amigo, você sabe quais as diferenças entre o tetrahidrocanabinol e o tetranitrato de pentaeritrol? só há uma diferença... o primeiro explode para dentro e o outro para fora, ou para dentro, se o usuário tiver uma garganta adequada a receber volumes grandes... no mais, só semelhanças, começando que as duas substâncias foram feitas para destruir... a discussão bem fundamentada pela revista Época, apresenta logicamente a defesa do uso do entorpecente maconha, que é o tetrahidrocanabinol ou THC, em função de que "intelectuais" do odor e textura de Fernando Henrique Cardoso, estão agora encampando a dinâmica da liberação consentida, pois não consentida já domina as rodas dos chiques e poderosos há muito tempo, não se resumindo somente ao povão e à nossa juventude mal conduzida... a segunda substância, o tetranitrato de pentaeritrol é o nosso famoso TNT, explosivo de emprego militar na sua essência e civil, com controle de venda subordinado a órgãos de fiscalização militares... o TNT geralmente é usado por grupos criminosos, quando desviado de paióis militares ou comprado de forma clandestina, devido ao seu poder de destruição, ainda de elevada capacidade... ai temos outra semelhança, que é a que vou usar para fundamentar a necessidade de nossa sociedade reagir quanto à essa "inocente" tentativa de descriminalização da maconha ou THC... o uso da droga em larga escala favorecerá, queiramos ou não o narco-tráfico, pois dificilmente grandes empresas do ramo do tabaco irão se prestar a mudarem suas linhas de produção, o que incentivará à importação, que elevará o preço usualmente praticado no submundo do tráfico, tendo como consequência o aparecimento do tráfico dentro da legalização criminosa... continuaremos então a alimentar o ciclo vicioso do narco-tráfico que se vale do TNT, em suas ações de guerrilha, como as praticadas pelo sendero luminoso e FARC, para manterem-se na clandestinidade e para poderem atender o mercado negro do THC e outras armas de destruição social... solução? criminalizar o usuário com penas pesadas e aplicar apenamento perpétuo a traficantes... em Bangu ou nas prisões de segurança máxima onde os chefes continuam a ordenarem a execução de agentes do Estado que os desafiam? não, no meio da Amazônia e com guerra eletrônica para os globalstars da vida... custos dessa iniciativa? uma sociedade sadia em 40 anos... antes disso, intelectuais do porte excremental de FHC ainda estarão por ai vendendo a auto-destruição...

Clausewitz

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