27 de fevereiro de 2009 | N° 15892
Zero Hora
Os três americanos que foram mantidos reféns pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) durante cinco anos e dividiram o cativeiro com a ex-candidata à presidência colombiana Íngrid Betancourt escreveram suas memórias sobre a experiência. E não pouparam críticas à companheira famosa.
O livro sobre os 1.967 dias de sequestro dos homens que prestavam serviços para militares dos EUA na Colômbia é uma narrativa emocionante sobre sobrevivência, na qual descrevem a dor e a perseverança, o tempo passado na selva, as longas marchas, os riscos de um ataque do exército colombiano e o resgate. A revelação mais provocante de Out of Captivity (Fora do Cativeiro), porém, trata de Íngrid, sequestrada em 2002.
Íngrid é descrita como arrogante e egocêntrica. Segundo os ex-colegas de cativeiro, ela costumava roubar comida de outros reféns e esconder livros. Ela teria ainda colocado a vida do trio em risco quando disse aos guerrilheiros que os americanos eram agentes da CIA.
– Eu a vi tentar tomar o controle do campo com uma arrogância que estava fora de controle. Alguns dos guerrilheiros nos tratavam melhor do que ela – afirmou Keith Stansell, um dos autores do livro, libertado em julho de 2008 com seus colegas Thomas Howes e Marc Gonsalves, além de Íngrid e outros 11 colombianos.
Íngrid não se manifestou. Alegou que está escrevendo seu próprio livro e não dará declarações até concluí-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário