terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Os novos donos do ponto. Mensagem para as Forças Armadas - Parte II

Brasil acima de tudo

23 de fevereiro de 2009

Por Geraldo Almendra (*)

"Todos os povos um dia passam pela encruzilhada de terem que escolher entre dois caminhos: o da honra e o da desonra. O povo brasileiro escolheu o segundo caminho e hoje é um povo sem honra e sem caráter. Não tem as qualidades humanas indispensáveis para ser qualificado como nação, não passando, portanto, de uma massa estúpida a caminho do mais negro e desonroso destino que pode atingir um povo.” (Otacílio Guimarães)

Em todos esses anos de desgoverno petista os escândalos se sucederam. A cada nova descoberta de falcatruas no poder público com seus cúmplices da iniciativa privada, assistimos movimentos de “abafa”, seja por parte da base corrupta de apoio ao desgoverno petista – agora absolutamente pública –, seja com a ajuda do Poder Judiciário, afundado em uma burocracia corporativista e prevaricadora, que acabou se tornando o maior protetor das “gangs dos quarentas” – e dos criminosos de colarinho branco e seus cúmplices. A Constituição do país somente é absolutamente respeitada nos mínimos detalhes quando se trata de defender os meliantes atores e cúmplices do projeto de poder perpétuo do petismo.

Temos acompanhado o silêncio da cumplicidade da academia, da comunidade de artistas, da imprensa comprada com verbas públicas e de outros grupos sociais por pura e simples covardia.

Quase ninguém dessa turma se revolta com as absolutas demonstrações de falta de dignidade e honra dessa gente desprezível da política prostituída que se encastela no poder público para roubar os contribuintes. Os jornalistas que se atrevem a criticar o caos da corrupção e da prostituição da política no país são marcados, perseguidos e processados. Outros assumem sua ideologia socialista ou simplesmente se calam.

A defesa da ética e da moralidade como princípios compulsórios para quem exerce um cargo público de forma permanente, ou temporária por força dos votos dos cidadãos, já é um valor em extinção no país.

Não foi suficiente a denúncia formal do Procurador Geral da República para colocar qualquer um dos 40 meliantes denunciados no escândalo do mensalão na cadeia para cumprir as justas penas pelos seus atos criminosos. Todos os denunciados, graças ao corporativismo sórdido, a ostensiva prevaricação reinante dentro do poder público, assim como ao tráfico de influência, estão livres, leves e soltos, rindo de nossas caras. Seus processos andam a passos de tartaruga até que o “ultimo recurso” seja utilizado conforme ordens do STF. Ou seja, nossa “Justiça” parece não desejar que nenhum desses meliantes vá para a cadeia, talvez pelo risco de alguém denunciar o chefe oculto.

O que acabamos descobrindo é que vivemos em uma sociedade com um fosso moral e ético sem fundo, causado pela falência educacional e cultural promovida pelas oligarquias políticas prostituídas, depois que o país foi entregue aos civis, após um regime militar que nos elevou à condição de potência econômica com promissoras estruturas de base para, no futuro, sermos um símbolo para o mundo. Infelizmente tudo foi devidamente corroído por uma canalha civil apátrida que se apoderou do poder para transformar o país em um paraíso da corrupção e da prevaricação.

Com a confissão de um senador do PMDB sobre o espírito de corpo corrupto do seu partido fica mais fácil entender porque chegamos ao fosso da degradação moral e ética dentro do poder público e nas relações público-privadas. Outro prestigiado senador confirma e estende para todos os partidos políticos a mesma qualificação.

Os partidos políticos viraram agrupamentos de interesses voltados para a conquista do poder e enriquecimento ilícito através de sistemáticas agressões aos códigos legais, e aos princípios éticos e morais que deveriam ser compulsoriamente seus guias de conduta. A luta pela justiça social em toda a sua amplitude deixou de ser objetivo dos políticos quando eleitos; contrariamente, se entregam à corrupção e à prevaricação, e deixam de cumprir seus compromissos de campanha que somente servem para iludir o imbecil coletivo.

Será que depois dessa confissão pública de que o Parlamento é um antro de corruptos, a sociedade ainda vai eleger algum dos políticos mais bem remunerados do mundo, mas, também, corruptos e prevaricadores, para outro mandato? Até quando nossa sociedade vai permitir que esses canalhas continuem nos fazendo de palhaços? Vamos assinar o recibo de definitivamente estúpidos, de uma sociedade sem honra e medíocre?

Esse partido – PMDB –, pelas contundentes declarações dos dois senadores, sempre se associou aos outros partidos com o único objetivo de prostituir o poder público, para a graça e glória de muitos dos seus representantes, que fizeram fortuna com a desgraça do povo brasileiro. A massa imbecilizada pelos donos do poder apresenta um vazio cultural tão acentuado que impede sua consciência crítica de perceber o quanto está sendo feito de otário quando trabalha para construir um castelo para um canalha, ladrão do seu dinheiro.

O poder público depois do regime militar se degenerou nas mãos de gente desqualificada, imoral e aética, verdadeiros vermes da desgraça social do país.

Os novos picaretas do Congresso mais corrupto e prevaricador de nossa história tomaram conta do país como novos representantes das oligarquias políticas prostituídas, incluindo a nova burguesia petista, representante no nosso país de uma nova ordem socialista em curso para dominar os países da América do Sul.

Com o petismo, contrariando a expectativa da sociedade do resgate moral e ético prometido, a política prostituída se alastrou e se consolidou como um instrumento da definitiva degradação moral e ética do Parlamento.

Durante os desgovernos civis a economia foi empurrada com a barriga de crise em crise e o dinheiro público foi utilizado para fazer as oligarquias políticas prostituídas e seus cúmplices e lacaios ficarem cada vez mais ricos; a educação e a cultura perderam os benefícios dos grandes investimentos durante o regime militar e entraram em decadência contínua; a saúde pública, o saneamento e a segurança pública se tornaram exemplos de tudo o que não se deve fazer em uma gestão do poder público.

Com as duas últimas reportagens da Revista Veja, a primeira com a entrevista do Senador Jarbas Vasconcelos, e a desta semana mostrando as entranhas da deliquência na esfera pública, detalhando como os corruptos ficam milionários na política, a sociedade terá que escolher definitivamente, como diz o Otacílio, o caminho da honra da revolta ou da desonra da subordinação aos corruptos, aceitando como fato consumado o projeto de poder perpétuo do petismo.




(*) Geraldo Almendra, Economista e Professor de Matemática, Petrópolis

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