Quinta-feira, 5 de Fevereiro de 2009
Blog do Clausewitz
Dilma é estrela de publicidade oficial em inglês
"O atual número da revista norte-americana Foreign Affairs traz 10 páginas de anúncio sobre o Brasil nos quais o princípio constitucional que veta a aparição de autoridades em publicidade oficial foi totalmente esquecido. Financiado pelo BNDES, Petrobras, Embratur e um grupo de entidades e empresas privadas, a propaganda traz fotos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de Henrique Meirelles, mas tem como estrela a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresentada como provável candidata às eleições presidenciais de 2010.
O texto lembra que Dilma também é presidente do Conselho de Administração da Petrobras e cita frases da ministra sobre o programa de biocombustíveis do governo Lula. O titular da pasta de Minas e Energia, Edson Lobão, é a única outra autoridade federal a aparecer no anúncio, que fala de maneira extremamente elogiosa do ex-presidente tucano, Fernando Henrique Cardoso.
“Os bancos brasileiros são sólidos e lucrativos graças à estabilidade criada pelo antecessor de Lula, Fernando Henrique Cardoso. De maio de
Meirelles participa com a defesa das políticas fiscal e monetária “conservadoras” que, segundo ele, deram ao país recursos para enfrentar a atual crise econômica. Mas nas dez páginas, o caso mais gritante do desrespeito à regra que proíbe promoção pessoal por meio de publicidade oficial é o anúncio da Embratur. Em uma página, a peça traz uma foto da presidente da estatal, Jeanine Pires, e um texto em forma de entrevista, que tem como última pergunta a seguinte pérola: “Que legado você gostaria de deixar para o turismo brasileiro?”.
A Constituição de 1988 instituiu o princípio da impessoalidade na administração pública e é claríssima em relação aos limites da propaganda feita com dinheiro do contribuinte. Seu artigo 37, parágrafo 1º, diz o seguinte:
A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Será que o princípio não vale para propaganda em inglês?..."
Fonte: Claudia Trevisan / Estadão
Um único comentário meu:
► Continuo sem tempo, mas deixo aos amigos visitantes alguns trechos de um Brasil difícil de ser engolido... não fosse a jornalista citada na fonte, ficaríamos sem saber dessa pérola construída com algum quinhão de nossa contribuição diária ao fisco... como estamos no Brasil de Lula, Meirelles e Dilma, o noticioso terá sua segunda, terceira e quem sabe quarta edições, até que se cumpra a finalidade pela qual foi gestada... resta saber o público alvo da revista, que poderá ser acessada aqui... descobriu? ela é o instrumento de mídia do tendencioso council of foreign relations, que prega entre outras coisas a América única, sem fronteiras, nos moldes da URSAL... centro de força ou fiel da balança
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