terça-feira, 15 de julho de 2008

FED tenta conter novo risco de crash nos EUA: bancos de investimentos falindo, bolsas caindo e juros subindo

Segunda-feira, Julho 14, 2008

FED tenta conter novo risco de crash nos EUA: bancos de investimentos falindo, bolsas caindo e juros subindo

Edição de Segunda-feira do Alerta Total http://www.alertatotal.blogspot.com

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Por Jorge Serrão

Desde sexta-feira passada, autoridades monetárias e financeiras norte-americanas operam em estado de Alerta de Crash (risco de quebradeira sistêmica). Os presidentes dos principais bancos centrais estão em pânico com o risco de fuga de dinheiro pelo mundo afora. A previsão é de fortes baixas nos mercados de ações a partir de hoje. Para piorar, uma série de bancos de investimentos já experimentam a beira do abismo. O Federal Reserve (banco central privado dos EUA) tenta intervir. Mas não se sabe se vai debelar a crise.

O pior caso, no momento, é do Lehman Brothers. Mas o UBS ou Merrill Lynch também não vão bem. A liquidação de títulos do tesouro dos EUA e o aumento maciço, ao mesmo tempo, dos preços do petróleo e do ouro mostram que o jogo acabou para os bancos centrais. Numa conjuntura dessas, imagina o que pode acontecer com um fundo como o Opportunity – cujos investidores viraram alvo de investigação da Polícia e do Ministério Público Federal.

A advertência sobre esse crash da economia dos EUA, desde sexta-feira passada e que pode se agravar a partir de hoje partiu do engenheiro Walter Eichelburg. Investidor em Viena, o especialista adverte: “Os juros precisarão subir agora e por toda parte”. Também prevê uma enorme elevação dos preços (dependendo do país, de 10 a 35%). Eichelburg ressalta que a escalada inflacionária foi provocada pelo aumento continuado do preço do petróleo (o atual padrão monetário) e vai refletir na nova subida dos juros.

O engenheiro alerta que o centro da nova crise é sem dúvida alguma os EUA, mas chegará novamente a vez da Europa. Eichelburg sustenta que o sistema financeiro norte-americano estaria tecnicamente falido. O engenheiro denuncia que o primeiro dos grandes bancos nos EUA a entrar em colapso em 11 de julho foi IndyMac. Motivo foi uma corrida de saques a este banco, depois que foram anunciadas “dificuldades”. O banco foi assumido pela seguradora de depósitos dos EUA – FDIC.

Agora, Eichelburg prevê a quebradeira dos dois maiores bancos imobiliários dos EUA. Fannie Mae e Freddie são instituições financeiras metade estatais (GSE = Government Sponsored Enterprise). Eichelburg observou que na sexta-feira, 11 de julho, as ações deste dois maiores bancos hipotecários do planeta caíram temporariamente até 50%, embora elas já tenham se desvalorizado maciçamente nos dias anteriores. O engenheiro lembra que os dois bancos são os maiores credores dos subprimes – cujo calote foi o estopim da recente crise norte-americana.

O engenheiro Walter Eichelburg desenha o caos: “Um crash total dos derivativos e dos bancos é possível a qualquer momento. Isto pode arrasar dentro de poucos dias a maioria dos bancos”. E vai mais além na análise: “A economia real dos EUA está desmoronando, tudo que tem a ver com consumo e crédito para consumo. As bolhas imobiliárias da Espanha e Grã-Bretanha implodiram, conseqüentemente estão em queda o sistema financeiro e a economia. As bolhas no leste europeu já explodem também, como no Báltico. A economia no resto da Europa e no Japão desmorona”.

O cenário pintado por Walter Eichelburg pode ser ainda pior: “Quando o pânico se alastrar, não se pode fazer mais muita coisa. O 11 de julho foi um aperitivo. Não será mais praticável forçar uma fase de “calmantes” como após a crise do Bear Stearns em Março de 2007. Fannie & Freddie são de um calibre bem maior. O capital foge por hora do dinheiro e de títulos. No momento principalmente para o petróleo, depois para o ouro. Mostra disso é a nova reação (títulos públicos) à queda das bolsas”.

O engenheiro desmascara o comentário econômico atual: “Juntamente com isso não se sustentam mais as atuais mentiras sobre a inflação. Qualquer um percebe o atual rápido aumento dos preços. É uma questão de tempo até o povo perceber que ele precisa fugir do dinheiro e dos títulos. Haverá provavelmente ainda no verão de 2008 (julho, agosto) tantos acontecimentos (falência de bancos, crash das bolsas), que então cada um percebe que a crise o atinge agora diretamente – com perdas reais de patrimônio”.

A fonte

O alerta do engenheiro, em forma de artigo, está no site http://www.inacreditavel.com.br/

Caso suas previsões catastróficas se confirmem no curto prazo, a coisa pode ficar ainda mais horrível para países mal desenvolvidos como o Brasil.

E vai sobrar, claro, para emergentes como Rússia, China e Índia.

Contendo a crise

O congresso norte-americano recebeu uma proposta para liberar 300 bilhões de verdinhas para as agências hipotecárias.

De imediato duas delas, já contam com US$ 2,8 bilhões.

Mas tudo indica que será necessário injetar mais dinheiro para conter a crise...

Exportando crise

Mary Anastásia O'Grady, que assina a coluna The Americas do The Wall Street Journal, reclama que o BC dos EUA está "exportando inflação para o resto do mundo" à medida que o preço das commodities, atrelado ao dólar, está subindo às alturas.

"Os países latino-americanos que atrelaram suas moedas ao dólar agora estão descobrindo que este padrão monetário está afundando".

Sorte nossa que temos aqui o sábio Lula e o genial presidente Henrique Meirelles para nos salvar...

Bastidores fervendo

A fabricação dessa crise econômica norte-americana esconde uma disputa pela hegemonia mundial entre os EUA e a velha rival Inglaterra, cuja família real lidera a nobreza européia que comanda a Oligarquia Financeira Transnacional.

Neste conflito de bastidores políticos e econômicos, o poder absoluto do mundo está em jogo.

A batalha é entre tiranossauros-rex da globalização.

É a luta entre o poder do Estado Nacional e o patriotismo contra o globalitarismo.

Quem vencerá? Eis a questão.

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