Segunda-feira, Julho 28, 2008
Alerta Total
Problema do Guardião do Grampo
O rigor seletivo do sistema que gerencia as escutas telefônicas, legais ou não, que grassa pelo Brasil afora, acaba de gerar um problema legal, porque pegou um sujeito que nada tinha de criminoso.
Um gerente de banco encontrou um amigo (pediatra) que não via há anos e trocaram os telefones.
Logo em seguida, o pediatra, galhofeiro, lembrando do belo carro do amigo, resolveu brincar com ele pelo celular:
“Pô, tu ta roubando à beça naquele banco...”.
As palavras bastaram para que o gerente fosse “selecionado” pelo sistema da Polícia e virasse alvo de uma investigação, que só descobriu por acaso.
Grampeagem
O gerente desconfiou do mal funcionamento de seu telefone celular, inclusive da conta elevada, sem que ele fizesse ligações, e resolveu reclamar com a operadora, pedindo uma auditoria.
Depois de muita insistência, o gerente de banco soube que estava sendo monitorado, por confirmação da empresa de telefonia.
Como descobriu que era investigado por “suposto” desfalque no banco em que atuava há 22 anos, o gerente tomou a decisão de processar a Polícia Federal e a empresa de telefonia pelo constrangimento do grampo indevido que sofreu, sem ser um bandido comum ou um político corrupto.
Guardião maluco
O programa The Guardian, utilizado pela PF, checa 10 mil chamadas por minuto.
Trabalha com a detecção imediata de palavras-chave que permitem a seleção de uma conversa telefônica para ser auditada.
Alcatel, Motorola e Royce desenvolvem o sistema, em parceria com a chinesa Huawei.
Por enquanto, o sofisticado sistema de bisbilhotagem só tem dificuldades para monitorar sistemas voip, como o Skype.
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