Quarta-feira, Julho 23, 2008
Grampos da PF autorizados pela Justiça confirmam negociação de US$ 260 milhões para facilitar fusão Oi/BrT
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Por Jorge Serrão
BrOI, BrOI, BrOI... Ficará cada vez mais difícil para o desgoverno Lula alegar que não houve tráfico de influência na arrastada operação de fusão da Oi (antiga Telemar) com a Brasil Telecom, que se arrasta desde abril. Relatórios da Polícia Federal, com base em gravações feitas em março, confirmam que um grupo de lobistas, integrado pelo ex-deputado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT, teria exigido US$ 260 milhões para interferir a favor de Daniel Valente Dantas na criação da supertele (BrT + Oi).
Além do relatório oficial, um importante pacote de documentos achado na Operação Satyagraha é uma gravação de gente poderosa do Palácio do Planalto com o pessoal do CADE (sistema de cuida da defesa da concorrência e avalia fusões de empresas). A ação do desgoverno é para que houvesse facilidades para a fusão entre a Oi e a Brasil Telecom. Seria a prova de tráfico de influência na criação da super tele praticamente monopolista – o que seria um flagrante crime contra a concorrência.
A compra da BrT pela Oi – a custo estimado de R$ 13 bilhões - ainda depende de mudanças no PGO (Plano Geral de Outorgas), que regulamenta o setor de telefonia. Pelas regras em vigor, concessionárias de telefonia fixa não podem atuar em duas das três áreas em que o País foi dividido na época da privatização do sistema Telebrás, em 1998. Se a compra for fechada, a supertele terá 49,8% de seu capital controlado pelo desgoverno - por meio do BNDES e dos fundos de pensão de empresas estatais.
A compra da BrT pela Oi envolve, diretamente, mais de uma dezena de empresas, bancos, fundos de investimento e fundos de pensão de estatais que possuem participação acionária nas duas operadoras. Alguns têm participação em ambas, como é o caso do Opportunity, de Daniel Dantas, do Citibank e dos fundos de pensão de estatais.
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