Segunda-feira, Julho 28, 2008
Alerta Total
Defensores do crime
O Ministério Público Estadual de São Paulo desarticulou o "departamento jurídico" do Primeiro Comando da Capital (PCC).
Foram presas seis pessoas, incluindo as advogadas Alessandra Moller e Patrícia Galindo de Godoy, apontadas como assessoras diretas da cúpula da facção.
As duas agiam a mando de Orlando Mota Júnior, o Macarrão, que nos últimos anos passou a exercer o papel de "diretor jurídico" da organização, apesar de estar preso na Penitenciária de Presidente Venceslau 2, no interior paulista.
Orientação jurídica
Escutas telefônicas feitas com autorização da Justiça revelaram que a cúpula do PCC contava com 20 advogados.
Os defensores estavam divididos em dois grupos - o da capital paulista, subordinado a Patrícia, e o do interior do Estado, coordenado por Alessandra.
A última palavra cabia a Macarrão, que repassava as ordens por meio de centrais telefônicas clandestinas.
Durante diversas teleconferências interceptadas pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São José dos Campos, as duas aparecem orientando seus clientes sobre como evitar grampos telefônicos e como ocultar o dinheiro do tráfico.
Reestruturação
A operação Prima Donna foi desencadeada após quase seis meses de investigações sobre um plano de reestruturação operacional do PCC.
Um dos pilares dessa reformulação era o fortalecimento do "departamento jurídico".
O objetivo da facção era aprimorar o recrutamento de pessoas para a defesa do PCC, que havia sido descentralizado desde a ida de Marco Camacho, o Marcola, líder máximo da organização, para o Regime Disciplinar Diferenciado (RDD).
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