segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Tarso Genro e a polícia dos Castros

Domingo, 8 de Fevereiro de 2009

Movimento da Ordem Vigilia Contra a Corrupção

PF TREINARÁ AGENTES DA ILHA POR QUATRO MESES

Uma observação antes de você começar a ler o texto de Vasconcelos Quadros, do Jornal do Brasil:

O jornalista desconsidera totalmente o fato, de que, sob a batuta do petista Tarso Genro, parte da PF virou do avesso. Para um desgoverno pipocado de ex-guerrilheiros, ficou bem engraçado o raciocínio de Vasconcelos: a “aproximação entre as polícias rompe uma velha rixa entre os órgãos de inteligência brasileiros e cubanos”.

A alegação dada para esse estranho convênio é que Cuba está se abrindo (?) para a democracia, e portanto, está sujeita aos crimes financeiros, lavagem de dinheiro ao tráfico de drogas e demais atividades ilícitas. Veja que barbaridade: democracia é corrupção!

Quando se usa da mentira para justificar uma ação, pode acreditar que a porcaria é grande. Cuba conhece muito bem a corrupção: aquela que nasce na raiz da repressão, da degradação e da mentira. Mas eles querem aprender mais com o Lula da Silva. Leia sobre a corrupção em Cuba, aqui, um excelente texto de Hilda Molina, de 29/01/2009.

Só nos resta perguntar: E nós, o Brasil, o que temos a aprender com a polícia política cubana? O Chávez também já fez convênios com eles, em 2008. Por Gaúcho/Gabriela

EIS O TEXTO DO JORNAL DO BRASIL

Adversários ferrenhos nos anos de chumbo, os órgãos de inteligência do Brasil e de Cuba estão se aproximando e vão celebrar nos próximos dias um histórico acordo de cooperação. A Polícia Federal, que antes fichava os brasileiros que iam fazer curso de guerrilha nas terras de Fidel Castro, decidiu agora abrir a Academia Nacional de Polícia, em Brasília, para policiais cubanos. O primeiro grupo deverá vir ao país ainda no primeiro semestre e passará quatro meses na academia aprendendo as mesmas técnicas destinadas a agentes e delegados federais brasileiros.

O acordo seria celebrado na próxima terça-feira em Havana, numa reunião entre o ministro da Justiça, Tarso Genro, e o diretor-geral da Polícia Federal, Luiz Fernando Corrêa, mas acabou sendo adiado por alterações na agenda de autoridades cubanas e também por causa da polêmica gerada em torno da concessão de asilo político ao ativista italiano Cesare Battisti.

A iniciativa do acordo, segundo fontes da Polícia Federal, partiu da ministra da Justiça cubana, Maria Esther González, e faz parte da abertura iniciada no país pelo governo de Raul Castro. A parceria, além disso, cai como uma luva ao governo brasileiro e funciona como resposta a uma das preocupações da diplomacia: a de que a Venezuela do presidente Hugo Chávez se torne o principal protagonista do processo de cooperação internacional com Cuba. Embora com foco mais concentrado na política, o país desenvolveu um forte serviço de inteligência e isso pode interessar aos órgãos policiais brasileiros como a PF e a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A reciprocidade, segundo fontes da PF, seria a longa experiência que a Polícia Federal desenvolveu nos últimos anos no combate aos crimes financeiro, lavagem de dinheiro, ao tráfico de drogas e demais atividades ilícitas que sempre acompanham o desenvolvimento dos países que começam a se abrir à democracia. O entendimento começará por algo que tem sido comum à PF: a abertura de sua academia às polícias estrangeiras, como fez no ano passado aos países africanos de língua portuguesa. Cerca de 50 policiais e agentes estrangeiros já participaram do curso de formação policial em Brasília.


Rixa antiga
A aproximação rompe uma velha rixa entre os órgãos de inteligência brasileiros e cubanos, que há pouco mais de duas décadas viviam às turras, um espionando o outro por causa das respectivas ditaduras. Durante o regime militar brasileiro, dezenas de ativistas políticos ligados às organizações que optaram pela luta armada foram cursar guerrilha em Cuba. Um dos principais foi o Movimento de Liberação Popular (Molipo), na época dirigido pelo então ministro da Casa Civil e ex-deputado José Dirceu, o único do chamado grupo de cuba, que escapou com vida da vigilância coordenada pelos órgãos de inteligência da ditadura militar.

Por causa da perseguição, Dirceu se viu obrigado a viver cinco anos clandestino. Com a anistia, em 1979, ele voltou à Cuba e refez a operação plástica que mudou sua fisionomia para transformá-lo em guerrilheiro. O regime militar acusou Cuba de patrocinar, com dinheiro, as tentativas de guerrilha no Brasil. Entre 1968 e 1976, a Polícia Federal funcionava como uma espécie de apêndice dos órgãos de inteligência e repressão, fichando e prendendo ativistas políticos que se opunham ao governo militar, papel que abandonou a partir da redemocratização. - Jornal do Brasil - Vasconcelos Quadros

2/08/2009 09:26:00 PM

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