quarta-feira, 28 de maio de 2008

Foro de São Paulo

Terça-feira, Maio 27, 2008

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Foro de São Paulo

Em três dias de reunião, com a participação de 844 delegados de 35 países da América Latina e Caribe — ademais de convidados de outras partes do mundo —, o XIV Encontro do Foro de São Paulo, realizado de quinta a domingo passado em Montevidéu,f oi concluído com a aprovação de uma firme e contundente Declaração Final.

O documento confirmou que a entidade que reúne as esquerdas na América Latina e Caribe tem mesmo o compromisso com o socialismo Fabiano patrocinado pela Oligarquia Financeira Transnacional.

A declaração destaca a convergência dos diversos processos de integração (Mercosul, Comunidade Andina, Caricom, Alba-TCP) e saúda a assinatura do Tratado Constitutivo da União Sul-americana de Nações (Unasul) na ultima sexta-feira, em Brasília.

O Foro também dá apoio ao Banco do Sul e a proposta de criação do Conselho Sul-americano de Defesa.

Rumo ao socialismo

O documento assinala: a integração "sem ser cópia de modelos geocêntricos, reflete a realidade da região e é uma alternativa à globalização neoliberal".

O texto aponta para o chamado de que “seguiremos reafirmando nossa inquebrantável vontade de luta para conquistar a definitiva libertação de nossos povos e pelo socialismo”.

Os movimentos e organizações sociais "ganham cada vez mais espaço através de suas lutas contra as políticas neoliberais".

Os 13 no poder

O documento comemora a chegada ao poder de 13 partidos “de esquerda e progressistas”:

"Não vivemos uma época de mudanças, mas uma mudança de época" e o momento político da América Latina e do Caribe "se caracteriza pelo contínuo avanço das forças de esquerda e forças sociais progressistas".

A lista dos treze países — nas quais partidos membros do Foro participam em distintos níveis — contém Uruguai, Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Cuba, Equador, Guatemala, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Republica Dominicana e Venezuela.

Os participantes advertiram, no entanto, sobre as campanhas realizadas pelos Estados Unidos e por partidos de direita contra esses Governos.

Discurso de Ortega

O discurso de encerramento coube ao presidente nicaragüense Daniel Ortega, que pronunciou um vigoroso e contundente discurso antiimperialista.

Nele, o presidente nicaragüense prestou suas condolências às Farc pela morte de seu líder Manuel Marulanda, o Tirofijo, recordando de suas reuniões com o líder insurgente na zona de San Vicente de Caguan, no governo de Pastrana.

Ortega denunciou as falsas qualificações de “terrorismo” por parte dos Estados Unidos e da União Européia e lembrou que os povos da América Latina bem sabem o que é terrorismo, tendo em vista a política de agressões pelo imperialismo norte-americano.

Mais luta ainda

Ortega afirmou que a nova realidade política regional "é uma grande satisfação", acrescentando, no entanto, que isso não indica que já se para descansar, mas sim que é preciso "redobrar a capacidade de luta".

Ortega foi além e disse que os Governos "do norte, como os EUA e a Europa, praticam um terrorismo não só quando fazem uso da força militar contra os povos da região, mas (que) praticaram um terrorismo sistemático com suas políticas econômicas e com o afã de enriquecimento e exploração".

No documento final do Foro de São Paulo está escrito que: "o avanço dos projetos progressistas na América Latina e no Caribe está sendo enfrentado pelos EUA e pelas direitas nacionais, pelas empresas transnacionais e de forma muito significativa pelas grandes empresas midiáticas que sistematicamente realizam campanhas de desinformação".

Mentirinha desmantelada

O Secretário Executivo do Foro, o brasileiro petista Valter Pomar, armou uma coletiva de imprensa para assegurar que as FARC não pertenciam ao Foro de São Paulo.

O pesquisador venezuelano Alejandro Peña Esclusa enviou às Forças democráticas e à mídia uruguaios as provas que demonstram o contrário.

Segundo ele, as FARC não só continuam pertencendo ao FSP, como formam parte da direção.

Representação brasileira

No Foro de São Paulo, o PCdoB esteve representado por José Reinaldo Carvalho, secretário de Relações Internacionais, e por Ronaldo Carmona, da Comissão de Relações Internacionais do partido.

Também a União da Juventude Socisliata esteve presente na reunião de juventude do Foro, através de Ticiana Álvares, responsável por solidariedade internacional da organização juvenil.

A belíssima deputada federal comunista Manuela D’Ávila participou na sexta-feira de uma reunião dos parlamentares dos Partidos membros do Foro.

Já José Reinaldo participou no sábado, em nome do partido, da mesa de abertura do Encontro, que debateu a situação política internacional.

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