Sábado, Maio 24, 2008
Unasul vai homologar empréstimos externos para financiar mega-obras que interessam à oligarquia global
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Por Jorge Serrão
A União de Nações Sul-Americanas (Unasul), criada ontem em Brasília, é mais uma criação do poder globalitário dos banqueiros “socialistas fabianos” que financiam, por debaixo dos panos, as aventuras pretensamente socialistas (na verdade Capitalistas de Estado) para manter a América Latina uma colônia de exploração integrada. O próximo passo da Unasul, que interessa aos banqueiros internacionais, é a integração financeira e energética. A criação de uma moeda comum latino-americana, gerida por um banco central privado, será o próximo monstrengo em gestação.
O primeiro passo para a integração financeira já foi dado desde o dia 9 de novembro do ano passado, em Buenos Aires, quando 7 países do continente assinaram a ata constitutiva do “Banco Del Sul”. Com US$ 7 bilhões de capital inicial, na prática, o banco será mais um mecanismo de falsa promoção do desenvolvimento dos países atrasados usando empréstimos externos para financiar mega-obras. Na verdade, a Unasul será a avalista para que os recursos obtidos, a juros altos, pelos países dos continentes sejam usados financiar projetos que interessam àqueles poderes globais que os exploram.
Outra jogada danosa por trás do Banco Del Sul que a tal Unasul vai institucionalizar: os banqueiros internacionais serão os aplicadores do dinheiro que os países colocarão no Banco do Sul. Exatamente o mesmo dinheiro que os 12 países da Unasul vão tomar emprestado para tocar seus projetos. A proposta de criação do banco está no obscuro plano do Acordo Multilateral de Investimentos defendido pelos banqueiros europeus, desde o ano 2000. O tal AMI acabou não vingando na diplomacia. Mas acabou instituído na prática da globalização.
Já o primeiro sinal da pretensa integração energética será dado com a abertura de financiamento pelo Banco do Sul para a construção do polêmico gasoduto ligando a Venezuela à Argentina. A mega-obra, de violentíssimos impactos ambientais sobre o Brasil, interessa à Oligarquia Financeira Transnacional que controla os negócios mundiais do setor energético.
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